Bloqueio do governo cortou mais de R$ 240 milhões do Ministério da Agricultura, tirando recursos da Embrapa e da regularização fundiária. Corte no orçamento da Embrapa pega pesquisadores de surpresa
Um corte de verbas dentro do governo do presidente Jair Bolsonaro, que atinge o Ministério da Agricultura, deixou descontente a ministra Tereza Cristina, que disse nesta quinta-feira (17) que vai “brigar até o último momento” contra reduções no orçamento para pesquisas da Embrapa e da regularização fundiária.
“Já estou trabalhando, não estou feliz com isso também”, disse a ministra em evento online, ao ser confrontada com informação sobre os cortes de recursos, que poderão atingir também áreas como Educação, para impulsionar o programa de obras Pró-Brasil.
“Vamos brigar até o último momento (contra o corte), sou pequenininha, sou velhinha, mas eu brigo duro”, declarou, bem humorada.
Ela disse que o país precisa “priorizar e melhorar a qualidade dos gastos” e que “não é justo tirar dinheiro da agricultura”.
Tereza Cristina, ministra da Agricultura, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes
Valeter Campanato/Ag.Brasil
Antes de completar o raciocínio, ela ponderou que gostaria de saber se o programa de obras poderá beneficiar o seu setor, por meio de melhorias na infraestrutura de escoamento de safras.
“Estamos discutindo isso dentro do governo e também colocando isso aos senadores e deputados que apoiam o agronegócio, porque a Embrapa não pode ficar sem recursos… pesquisa e regularização fundiária, que é um dos temas que o governo está colocando como prioridade, precisamos de recurso para dar continuidade a esses programas”, afirmou.
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