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Pesquisa com uvas em Jundiaí contribui para oferta de novas opções aos produtores


Acervo vivo é o maior do estado de São Paulo. Estudo com a fruta é feito desde 1900. Pesquisa com uvas em Jundiaí contribui para oferta de novas opções aos produtores
TV TEM/Reprodução
Parece um parreiral comum, mas não é. A cada três pés, é encontrada uma espécie diferente de uva. Este trabalho é feito no centro avançado de pesquisas de frutas do IAC, o instituto agronômico em Jundiaí (SP). A partir dele, são desenvolvidas novas variedades, que no futuro podem abastecer a mesa do brasileiro. Lá, os pés de uva são matéria de estudo desde 1900.
Mara Fernandes Moura é diretora do centro de pesquisas de frutas do IAC. Ela conta que já foram trazidas variedades da Europa, França, Alemanha, Itália, Portugal, América do Norte e dos Estados Unidos.
Uma dessas variedades, a espécie máximo, é usada para produzir vinho tinto.
Ela foi desenvolvida no centro a partir de um cruzamento da sirrah (europeia) com a seibel (francesa) e hoje é plantada em todo o circuito das frutas de São Paulo, pois se adaptou muito bem ao clima. Já a variedade madalena vem sendo muito cultivada na região de Jundiaí para produção de vinhos brancos.
O acervo vivo de parreiras de uva de Jundiaí é o maior do estado de São Paulo. São cerca de 420 variedades de uvas vindas de cidades brasileiras e também de fora do país. Todas elas são usadas como base para pesquisas de criação de novas espécies que podem interessar produtores rurais e também o consumidor.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 21/02/2021)
Pesquisa com uvas em Jundiaí contribui para oferta de novas opções aos produtores
Mara comenta que os porta-enxertos já foram enviados para o Haiti e para a Tailândia.
As telas servem para proteger a plantação, principalmente de pássaros que costumam atacar as frutas. Depois de todo esse trabalho no campo, cerca de três cachos de cada espécie são colhidos e levados ao laboratório para que uma nova parte do estudo comece. Momento em que cada detalhe tem um valor muito importante.
Patrícia Beatriz Marques, oficial de apoio à pesquisa, explica cada passo. Tem a fase de análise física e química, a medição dos cachos para identificar o comprimento e largura. Depois, a separação de 10 bagas de cada cacho. Das bagas é feito o suco. Cinco gramas de suco e o restante de água destilada. Para identificar o PH e teor de açúcar da fruta, é usado o phmetro.
Um trabalho desse leva tempo e exige muita dedicação, mas é o caminho para oferecer uvas saborosas ou vinhos de qualidade.
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Fonte:

G1 > AGRO

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