23.8 C
Campo Grande
HomeNotíciasAcordo Mercosul–UE exclui saúde pública de compras governamentais

Acordo Mercosul–UE exclui saúde pública de compras governamentais

Em uma vitória da diplomacia brasileira, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia manteve o uso das compras governamentais (compras pelo Estado) como instrumento de ajuda à indústria nacional. O Brasil conseguiu excluir do texto final do acordo, firmado nesta sexta-feira (6), as compras realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Acordo Mercosul–UE exclui saúde pública de compras governamentaisAcordo Mercosul–UE exclui saúde pública de compras governamentais

Com a exclusão, o governo brasileiro não poderá comprar de outros países bens destinados ao SUS. Para as demais compras governamentais, o capítulo referente ao item permite que empresas estrangeiras participem de licitações no Brasil, mas com margem de preferência para os produtos e os serviços nacionais e com políticas de incentivo a micro e pequenas empresas e à agricultura familiar.

Notícias relacionadas:

  • Acordo UE/Mercosul deve aumentar comércio do Brasil em R$ 94 bilhões.
  • Dia histórico e estratégico, afirma Alckmin sobre acordo Mercosul-UE .
  • Acordo Mercosul-UE: os destaques das negociações 2023-2024.

O formato final do acordo manteve o reconhecimento das compras governamentais como um “instrumento para o desenvolvimento econômico e industrial”. Ao longo do ano, o Brasil pediu a revisão do texto anterior, o que atrasou as negociações, mas encerrou-se com vitória da diplomacia brasileira.

No mesmo capítulo sobre as compras governamentais, o acordo manteve a possibilidade de que o governo faça encomendas tecnológicas como uma política de fomento à inovação. O texto eliminou as restrições temporais (restrições de prazo) aos offsets tecnológicos e comerciais – aquisição de produtos que se vinculam a contratos de desenvolvimento e de compensação comercial, industrial ou tecnológica.

Durante as negociações, o Brasil alegou a necessidade de retirar o SUS do acordo Mercosul–UE para induzir uma política nacional de industrialização da saúde. Segundo o governo brasileiro, a pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia acentuaram a necessidade de o setor de saúde reduzir a dependência de insumos da China e da Índia.

 

Fonte: Agência Brasil

Comentários do Facebook
- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img