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Laranja, cana e milho têm queda de produtividade e fazem PIB do agro cair; entenda

Altas temperaturas, seca e incêndios provocaram prejuízos em safras importantes. Na comparação com o mesmo período de 2023, perda do PIB foi de 0,8%. Vista aérea mostra incêndio em uma plantação de cana-de-açúcar perto da cidade de Dumont, interior de SP (24 de agosto)
Joel Silva/Reuters
As quedas na produtividade do milho, da cana-de-açúcar e da laranja fizeram o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de agronegócios cair 0,8% na comparação ao mesmo período do ano passado, divulgou nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os três tipos de plantio tiveram uma queda na estimativa de produção anual, sendo de:
-14,9% para a laranja,
-1,2% para a cana-de-açúcar
e -11,9% para o milho.
Com as perdas das três safras consideradas importantes no trimestre, nem mesmo o bom desempenho de outras culturas foi suficiente para que o setor fechasse o período com números positivos. O algodão, por exemplo, teve alta de 14,5%, o trigo, de 5,3% e o café, de 0,3%.
O setor também enfrentou queda na comparação com o trimestre anterior, de 0,9%. No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2024, a agropecuária teve queda de 3,5%.
Queda na produtividade
🍊Laranja: O calor, a seca e a incidência da doença greening nas lavouras de laranja prejudicaram a safra da fruta. Em agosto, os estoques da bebida já estavam tecnicamente zerados, apontou a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) em entrevista ao g1 na ocasião.
As ondas de calor afetaram o cultivo em seu período de florada, quando a quantidade de frutas que vão surgir é definida. Além do calor, as chuvas foram abaixo da média no período, prejudicando o desenvolvimento.
🌱Cana-de-açúcar: Desde o início do ano, o setor vem sofrendo queda nas estimativas da produção, por causa do calor e da seca. Entre julho e agosto, as lavouras também sofreram com os incêndios que se espalharam nos principais estados produtores. Ainda em agosto, a previsão da safra caiu 12%.
A seca deixa a planta de cana mais fina, rachada e reduz a sua quantidade de açúcar, ficando imprópria para a produção de açúcar e etanol, explicou em entrevista ao g1 em setembro José Guilherme Nogueira, CEO da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).
Já o fogo, além da destruição, gera risco de aparecimento de fungos e bactérias na lavoura, o que inviabiliza o uso da planta para a produção de açúcar e etanol.
🌽Milho: o cultivo também foi afetado pelo clima durante o seu desenvolvimento, aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Durante a primeira safra, as altas temperaturas e chuvas irregulares impactaram importantes regiões produtoras, como Minas Gerais. Já na segunda colheita, o tempo seco e quente em março e abril, somando a ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo em Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná.
Houve também uma redução na área destinada ao cultivo do grão.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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