Jamille Baretta disputou o título de “miss pecuária” com outras 24 candidatas na Colômbia. Essa é a 4ª vitória no Brasil. Brasileira eleita ‘Rainha Mundial da Pecuária’ fala sobre testes práticos do concurso
Ser considerada bonita não basta para ganhar um concurso de beleza. Pelo menos não para conquistar o título de “Rainha Internacional da Pecuária”, competição que acontece anualmente na Colômbia.
Nessa disputa os atributos físicos têm um peso de apenas 30% na nota. Para conquistar os outros 70%, as candidatas precisam entender sobre agropecuária, demonstrar simpatia e promover a cultura dos seus países de origem.
Jamille Baretta, brasileira que venceu a edição deste ano, por exemplo, teve que passar por testes práticos de conhecimentos pecuários como: o exame de palpação retal em vacas – feita para detectar gestações – e ordenha.
“Basicamente, introduzimos o braço no reto da vaca para identificar se ela está em fase de gestação. Usamos uma luva de plástico e o veterinário foi explicando como introduzir a mão, onde estava o útero e como fazia para sentir a palpitação”.
Jamille Baretta foi eleita a “Rainha Internacional da Pecuária” de 2024
Arquivo Pessoal
“Foi a primeira vez que eu tive um contato assim com animais porque a minha parte favorita é mexer com plantas (…) Ficamos com um pouco de medo por ser um animal de grande porte. Muita gente não teria coragem”, conta a “miss”, que já possui formação técnica no setor agrícola.
➡️ Essa é a quarta vez que o Brasil vence o concurso, que acontece desde 1961, sendo o país com mais vitórias. A disputa aconteceu no mês de junho em Monteria, no estado de Córdona, e contou com 25 candidatas.
Durante a competição, Jamille e as outras competidoras também tiveram que ajudar criadores a alimentar bezerros e a fazer análise de solo.
“Eles nos levaram ao pasto para mostrar onde os bovinos se alimentavam e explicaram como faziam para que o pasto se formasse novamente. Eu fiz um adendo sobre o solo, que tinha argila, o que possibilita essa recuperação rápida do pasto”, lembra a brasileira.
Análise de solo e ordenha de vacas são alguns dos testes que as candidatas a “miss pecuária” foram submetidas
Arquivo Pessoal
Diferente de outras competições, a “Reina Internacional de la Ganadería” tem como objetivo escolher uma embaixadora que promova o setor agropecuário em eventos. Isso explica o fato das candidatas terem que passar por tantos testes.
“Foi o melhor que eu já participei porque valoriza não só a beleza, mas também o estudo. Eles querem alguém capaz (…) Realmente você tem que estudar sobre o agro, produção de carne e leite”, completa.
🌱 Experiência rural
Apesar da complexidade das atividades, Jamille afirma que “tirou de letra”, já que cresceu em um ambiente rural e é técnica em agropecuária e piscicultura.
Devidamente vestida como uma miss, com a coroa na cabeça, a jovem contou ao g1 que veio de uma família humilde de Alta Floresta, interior do Mato Grosso, mas sempre teve o sonho de ser modelo. Para participar de concursos e investir na carreira, ela chegou a vender bolo de pote na rua.
O convite para participar do concurso “Reina Internacional de la Ganadería” – tradução para Rainha Internacional da Pecuária – surgiu 20 dias antes do início da competição.
Mattheus Alencar, que é diretor da seletiva brasileira do concurso, foi o responsável pelo convite. Ele conheceu Jamille através de outro concurso beleza, o Miss Teen Global Beauty International, no qual ela ficou em 4º lugar.
“Escolhi a Jamille porque o concurso exalta a beleza, mas também a questão técnicas e conhecimentos da agropecuária (…) e, por ela já ter essa experiência, ser veterana em concursos, sempre vi muito potencial nela”, conta Mattheus.
“Acho que o Brasil, por ser um dos maiores exportadores em relação a pecuária, faz com que se destaque e que as candidatas tenham esse conhecimento”.
Jamille Beretta e as outras candidatas desfilaram por 12 km durante a ‘Parada Folclórica de Córdoba’
Arquivo Pessoal
💃 Desfile de 12 quilômetros à coroa de ouro
Apesar de ter conhecimentos prévios sobre agropecuária e desfiles, Jamille admitiu que foi difícil conseguir o título de “Rainha da Pecuária”. É que, além dos testes e desfiles, as candidatas tiveram que participar de uma festa tradicional da Colômbia: a ‘Parada Folclórica de Córdoba’.
“Elas [as candidatas] tiveram que desfilar com roupas típicas de lá. É surreal! São 12 quilômetros, dançando. Eu cronometrei, deu 5h38 dançando sem parar. O destaque da Jamille é que ela não perdia a alegria, diferente de outras candidatas, que demonstravam cansaço”.
Há menos de um mês como a nova “rainha”, Jamille exibe com alegria a coroa de ouro e a faixa que conquistou.
Na competição, ela também ganhou outras e uma agenda, repleta de compromissos internacionais voltados ao agronegócio para participar.
Para conquistar o título de “miss”, Jamille Baretta passou por testes de conhecimentos pecuários
Reinado de la Ganadería/ Reprodução
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Nessa disputa os atributos físicos têm um peso de apenas 30% na nota. Para conquistar os outros 70%, as candidatas precisam entender sobre agropecuária, demonstrar simpatia e promover a cultura dos seus países de origem.
Jamille Baretta, brasileira que venceu a edição deste ano, por exemplo, teve que passar por testes práticos de conhecimentos pecuários como: o exame de palpação retal em vacas – feita para detectar gestações – e ordenha.
“Basicamente, introduzimos o braço no reto da vaca para identificar se ela está em fase de gestação. Usamos uma luva de plástico e o veterinário foi explicando como introduzir a mão, onde estava o útero e como fazia para sentir a palpitação”.
Jamille Baretta foi eleita a “Rainha Internacional da Pecuária” de 2024
Arquivo Pessoal
“Foi a primeira vez que eu tive um contato assim com animais porque a minha parte favorita é mexer com plantas (…) Ficamos com um pouco de medo por ser um animal de grande porte. Muita gente não teria coragem”, conta a “miss”, que já possui formação técnica no setor agrícola.
➡️ Essa é a quarta vez que o Brasil vence o concurso, que acontece desde 1961, sendo o país com mais vitórias. A disputa aconteceu no mês de junho em Monteria, no estado de Córdona, e contou com 25 candidatas.
Durante a competição, Jamille e as outras competidoras também tiveram que ajudar criadores a alimentar bezerros e a fazer análise de solo.
“Eles nos levaram ao pasto para mostrar onde os bovinos se alimentavam e explicaram como faziam para que o pasto se formasse novamente. Eu fiz um adendo sobre o solo, que tinha argila, o que possibilita essa recuperação rápida do pasto”, lembra a brasileira.
Análise de solo e ordenha de vacas são alguns dos testes que as candidatas a “miss pecuária” foram submetidas
Arquivo Pessoal
Diferente de outras competições, a “Reina Internacional de la Ganadería” tem como objetivo escolher uma embaixadora que promova o setor agropecuário em eventos. Isso explica o fato das candidatas terem que passar por tantos testes.
“Foi o melhor que eu já participei porque valoriza não só a beleza, mas também o estudo. Eles querem alguém capaz (…) Realmente você tem que estudar sobre o agro, produção de carne e leite”, completa.
🌱 Experiência rural
Apesar da complexidade das atividades, Jamille afirma que “tirou de letra”, já que cresceu em um ambiente rural e é técnica em agropecuária e piscicultura.
Devidamente vestida como uma miss, com a coroa na cabeça, a jovem contou ao g1 que veio de uma família humilde de Alta Floresta, interior do Mato Grosso, mas sempre teve o sonho de ser modelo. Para participar de concursos e investir na carreira, ela chegou a vender bolo de pote na rua.
O convite para participar do concurso “Reina Internacional de la Ganadería” – tradução para Rainha Internacional da Pecuária – surgiu 20 dias antes do início da competição.
Mattheus Alencar, que é diretor da seletiva brasileira do concurso, foi o responsável pelo convite. Ele conheceu Jamille através de outro concurso beleza, o Miss Teen Global Beauty International, no qual ela ficou em 4º lugar.
“Escolhi a Jamille porque o concurso exalta a beleza, mas também a questão técnicas e conhecimentos da agropecuária (…) e, por ela já ter essa experiência, ser veterana em concursos, sempre vi muito potencial nela”, conta Mattheus.
“Acho que o Brasil, por ser um dos maiores exportadores em relação a pecuária, faz com que se destaque e que as candidatas tenham esse conhecimento”.
Jamille Beretta e as outras candidatas desfilaram por 12 km durante a ‘Parada Folclórica de Córdoba’
Arquivo Pessoal
💃 Desfile de 12 quilômetros à coroa de ouro
Apesar de ter conhecimentos prévios sobre agropecuária e desfiles, Jamille admitiu que foi difícil conseguir o título de “Rainha da Pecuária”. É que, além dos testes e desfiles, as candidatas tiveram que participar de uma festa tradicional da Colômbia: a ‘Parada Folclórica de Córdoba’.
“Elas [as candidatas] tiveram que desfilar com roupas típicas de lá. É surreal! São 12 quilômetros, dançando. Eu cronometrei, deu 5h38 dançando sem parar. O destaque da Jamille é que ela não perdia a alegria, diferente de outras candidatas, que demonstravam cansaço”.
Há menos de um mês como a nova “rainha”, Jamille exibe com alegria a coroa de ouro e a faixa que conquistou.
Na competição, ela também ganhou outras e uma agenda, repleta de compromissos internacionais voltados ao agronegócio para participar.
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