Também foi lançado o programa ‘Arroz da Gente’, que prevê empréstimos a juros baixos e acompanhamento técnico para pequenos agricultores do Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste. O Sul produz, hoje, 85% do arroz no país. Arroz: governo firma acordo com produtores e indústria para monitorar preço e abastecimento do alimento
Reprodução/Freepik
O governo federal firmou um acordo com produtores e indústria do arroz para monitorar o abastecimento e os preços do grão no Brasil. Além disso, lançou um programa para incentivar a produção do grão por parte de agricultores familiares (veja abaixo).
O acordo com o setor produtivo foi firmado na noite de quarta-feira (3), na presença dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
➡️Agricultores e indústria se comprometeram em manter uma oferta regular de arroz e preços justos ao longo da cadeia – até chegar ao consumidor – além de manutenção de estoques nos centros consumidores e alternativas que favoreçam o abastecimento em regiões mais vulneráveis, explicou Andressa Silva, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).
Em contrapartida, o governo se comprometeu a não realizar leilões para importar o grão, embora a medida provisória que autoriza a operação ainda esteja vigente até setembro.
Em maio e junho, o governo tentou, sem êxito, trazer arroz de outros países após enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, estado que responde por 70% da produção. Na época, o RS já tinha colhido 80% da safra e associações afirmavam que não havia necessidade de trazer o produto de fora (entenda aqui).
“O Senado Federal prorrogou, por mais 60 dias, a medida provisória que autoriza o governo a fazer leilão. Então, está mantida ainda essa possibilidade. Claro que num diálogo, no compromisso que nós estamos firmando, nós esperamos que não seja necessário o governo utilizar deste mecanismo”, disse o presidente da Conab, em vídeo publicado nas suas redes sociais, após o acordo com o setor.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, disse que a abertura de diálogo com o governo federal deu a oportunidade para o setor esclarecer pontos sobre o mercado de arroz.
“Colocamos os grandes riscos que seria para o setor se continuássemos insistindo com a ideia de uma grande importação de arroz ou a continuidade dos leilões. Isto poderia trazer uma insegurança ao setor e inclusive uma ameaça ao tamanho da área plantada de arroz para a próxima safra”, disse.
“Também vamos orientar os produtores no sentido de abastecer a indústria e, consequentemente, trazer tranquilidade com relação aos consumidores, fazendo esse acompanhamento de preços do mercado e também garantir o abastecimento, trazendo uma normalidade ao funcionamento do mercado”, acrescentou.
Como vai funcionar o monitoramento?
Na reunião, ficou decidido que a Câmara Setorial do Arroz vai criar um grupo de trabalho para monitorar o comportamento do mercado do grão, com a participação da Conab.
A Câmara Setorial do Arroz é um órgão consultivo do Ministério da Agricultura formado por entidades representativas do setor privado.
Semanalmente, a Conab fará um levantamento de preços e, onde for identificada alta de preços do produto, a Companhia vai comunicar a Câmara Setorial, que fará a mobilização do setor de produção e da indústria para abastecer esses locais.
Além disso, o governo diz que o Mapa, o MDA e a Conab vão atuar em parceria com o setor para levar arroz a preços acessíveis ao consumidor brasileiro.
“Onde for identificado um aumento do preço do arroz, será feita uma ação para controlar”, disse o presidente da Conab.
‘Arroz da Gente’
Na quinta-feira (4), o governo federal também lançou o programa “Arroz da Gente”, uma das ações do Plano Safra deste ano, que é a principal política de financiamento público da agropecuária.
Segundo o governo, a medida contará com crédito a juros menores, acompanhamento técnico, garantia de comercialização, além de facilitação de acesso a pequenas máquinas, colheitadeiras e silos secadores de pequeno porte. A ideia, segundo a Conab, é zerar a colheita manual.
A expectativa é de que essa ação atenda 10 mil famílias e, inicialmente, 200 municípios de 14 estados do Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste, regiões com pouca produção de arroz. O Sul responde por 85% da produção nacional.
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O governo federal firmou um acordo com produtores e indústria do arroz para monitorar o abastecimento e os preços do grão no Brasil. Além disso, lançou um programa para incentivar a produção do grão por parte de agricultores familiares (veja abaixo).
O acordo com o setor produtivo foi firmado na noite de quarta-feira (3), na presença dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
➡️Agricultores e indústria se comprometeram em manter uma oferta regular de arroz e preços justos ao longo da cadeia – até chegar ao consumidor – além de manutenção de estoques nos centros consumidores e alternativas que favoreçam o abastecimento em regiões mais vulneráveis, explicou Andressa Silva, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).
Em contrapartida, o governo se comprometeu a não realizar leilões para importar o grão, embora a medida provisória que autoriza a operação ainda esteja vigente até setembro.
Em maio e junho, o governo tentou, sem êxito, trazer arroz de outros países após enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, estado que responde por 70% da produção. Na época, o RS já tinha colhido 80% da safra e associações afirmavam que não havia necessidade de trazer o produto de fora (entenda aqui).
“O Senado Federal prorrogou, por mais 60 dias, a medida provisória que autoriza o governo a fazer leilão. Então, está mantida ainda essa possibilidade. Claro que num diálogo, no compromisso que nós estamos firmando, nós esperamos que não seja necessário o governo utilizar deste mecanismo”, disse o presidente da Conab, em vídeo publicado nas suas redes sociais, após o acordo com o setor.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, disse que a abertura de diálogo com o governo federal deu a oportunidade para o setor esclarecer pontos sobre o mercado de arroz.
“Colocamos os grandes riscos que seria para o setor se continuássemos insistindo com a ideia de uma grande importação de arroz ou a continuidade dos leilões. Isto poderia trazer uma insegurança ao setor e inclusive uma ameaça ao tamanho da área plantada de arroz para a próxima safra”, disse.
“Também vamos orientar os produtores no sentido de abastecer a indústria e, consequentemente, trazer tranquilidade com relação aos consumidores, fazendo esse acompanhamento de preços do mercado e também garantir o abastecimento, trazendo uma normalidade ao funcionamento do mercado”, acrescentou.
Como vai funcionar o monitoramento?
Na reunião, ficou decidido que a Câmara Setorial do Arroz vai criar um grupo de trabalho para monitorar o comportamento do mercado do grão, com a participação da Conab.
A Câmara Setorial do Arroz é um órgão consultivo do Ministério da Agricultura formado por entidades representativas do setor privado.
Semanalmente, a Conab fará um levantamento de preços e, onde for identificada alta de preços do produto, a Companhia vai comunicar a Câmara Setorial, que fará a mobilização do setor de produção e da indústria para abastecer esses locais.
Além disso, o governo diz que o Mapa, o MDA e a Conab vão atuar em parceria com o setor para levar arroz a preços acessíveis ao consumidor brasileiro.
“Onde for identificado um aumento do preço do arroz, será feita uma ação para controlar”, disse o presidente da Conab.
‘Arroz da Gente’
Na quinta-feira (4), o governo federal também lançou o programa “Arroz da Gente”, uma das ações do Plano Safra deste ano, que é a principal política de financiamento público da agropecuária.
Segundo o governo, a medida contará com crédito a juros menores, acompanhamento técnico, garantia de comercialização, além de facilitação de acesso a pequenas máquinas, colheitadeiras e silos secadores de pequeno porte. A ideia, segundo a Conab, é zerar a colheita manual.
A expectativa é de que essa ação atenda 10 mil famílias e, inicialmente, 200 municípios de 14 estados do Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste, regiões com pouca produção de arroz. O Sul responde por 85% da produção nacional.
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