A alimentação é a base do desenvolvimento saudável de qualquer animal e, por isso, desempenha um papel crucial no potencial produtivo dentro da atividade pecuária. Nesse sentido, adequar a dieta às necessidades de cada animal é imprescindível, equilibrando saúde, desempenho, custos e impacto ambiental.
Seja lidando com bovinos, equinos, ovinos, aves ou outras espécies, é essencial que o produtor rural considere a evolução que a pecuária possui ano após ano. A busca contínua por inovação e aprendizado não apenas fortalece a eficiência da operação, mas também promove o bem-estar dos animais e a sustentabilidade do negócio.
Pensando nisso, confira a seguir orientações valiosas para cuidar da nutrição do seu rebanho.
Dicas gerais para uma alimentação eficiente
1. Avaliação das necessidades nutricionais: Avalie precisamente as necessidades nutricionais de cada categoria animal, considerando fatores como idade, peso, estágio fisiológico, nível de atividade e propósito, como produção de leite ou carne.
2. Formulação de dietas balanceadas: Utilize recursos como tabelas de composição de alimentos e consulte profissionais especializados para formular dietas balanceadas que atendam às exigências nutricionais específicas de cada espécie e categoria animal.
3. Utilização de ingredientes locais e alternativos: Dê preferência a ingredientes locais e alternativos na formulação das dietas, visando reduzir custos e promover a sustentabilidade ambiental.
4. Monitoramento e ajustes: Estabeleça um programa de monitoramento nutricional regular para avaliar a eficácia das dietas e realizar ajustes conforme necessário, garantindo o atendimento contínuo às necessidades dos animais.
5. Ênfase no bem-estar animal: Priorize a saúde e conforto dos animais ao planejar as estratégias nutricionais, oferecendo condições adequadas, como água limpa e fresca sempre à disposição. Vamos falar mais sobre a alimentação das criações mais comuns?
Bovinos
Quando falamos de alimento a ser fornecido às vacas e bois, a quantidade de proteínas e carboidratos é extremamente importante. Uma das principais fontes de energia a esses ruminantes estão presentes no capim, no feno e nas rações para auxiliar no ganho de peso. Outras alternativas incluem frutas e grãos, como cevada, trigo e farelo de soja.
Para alcançar o peso ideal para o abate, o gado deve ser alimentado com milho, sorgo, farelo de soja, farelo de algodão, caroço de algodão e outras fontes alternativas como como farelo de amendoim e farelo de girassol. Quando atingem esse patamar, é recomendado a ureia, que pode ser ofertada como fonte única de suplemento de nitrogênio. Ela não causa efeitos colaterais ao desenvolvimento do anima e proporciona economia ao criador.
Quanto às vitaminas, é importante garantir a ingestão adequada das vitaminas A, D e E, que podem ser fornecidas por meio de alimentos verdes, suplementos comerciais (núcleo mineral) e através da exposição adequada ao sol.
Suínos
De filhote à adulto, cada etapa de vida dos suínos exige um tipo de alimentação. A fase creche, até os 70 dias de vida, é iniciada assim que o desmame acaba. O leitão é separado da mãe e deve se adaptar à alimentação sólida. Por isso, é recomendado o fornecimento de alimentos de fácil digestão, como rações que contenham farinha de peixe, soro de leite, leite em pó, levedura e proteicos de soja.
Já a fase crescimento, até os 110 dias de vida, deve ser dedicada ao ganho de peso do animal. Neste período, é preciso oferecer rações que, além de alto teor proteico, contenham também conteúdo energético, podendo ser farelos triturados ou peletizados. O cuidador também pode recorrer à ração líquida, que se torna mais palatáveis aos animais e auxiliam no ganho de peso.
Já na fase de terminação, quando o porco é preparado para o abate, necessita de maior índice nutricional para a engorda, de acordo com o mercado que será comercializado. Aqui todas as características influenciam, como sexo, reprodução, peso e demais especificações genéticas. Assim, ofereça rações balanceadas e de boa qualidade. Alguns exemplos são as compostas por milho, sorgo, triguilho, cascas, bagaços e sementes.
Equinos
A alimentação dos cavalos deve ser equilibrada, indo de pastagens de alta qualidade a feno e rações concentradas. Os cavalos têm o hábito natural de pastar regularmente, preferindo forragens de altura média, como Kikuyu, Coast-cross e Pangola. Esteja atento à presença de oxalato em certas pastagens e evite o excesso de fibra, pois níveis elevados desses componentes podem levar o equino a distúrbios digestivos como diarreia e cólicas intestinais. Cereais, como milho e aveia, óleos vegetais e gordura animal também podem ser usados como alternativas energéticas.
A falta adequada de nutrientes pode acarretar problemas de saúde, como deformidades ósseas, afetando a capacidade reprodutiva do animal. Durante o último terço da gestação, por exemplo, a vitamina A desempenha um papel crucial no desenvolvimento saudável do feto. Portanto, garantir a ingestão adequada de sal mineral também é essencial, pois otimiza a absorção de vitaminas e nutrientes essenciais.
Ovinos
Para garantir uma alimentação adequada para ovelhas e carneiros, capim picado e cana-de-açúcar são opções volumosas viáveis. Entre os capins recomendados estão as espécies Cynodon e Panicum, além de Pangola e Rhodes. Já a silagem de milho e de capim são métodos eficazes de conservação de forragem, fornecendo energia, embora possam exigir suplementação proteica – assim como a cana-de-açúcar.
O feno, versátil e estável, é uma opção para pequenos e grandes produtores, enquanto o feijão guandu e a palma forrageira são alternativas nutritivas para períodos de seca. Quanto aos alimentos concentrados, o milho e o farelo de soja são fontes comuns de energia e proteína, respectivamente.
Subprodutos como a polpa cítrica, ajudam na suplementação de cálcio, além do caroço de algodão, que também pode ser utilizado, porém, em teor moderado. Esse subproduto têxtil é uma ótima opção energética, rica em proteína e fibra, no entanto, não deve ser oferecida a machos reprodutores, pois pode levá-los a infertilidade.
Aves
Para garantir a nutrição adequada das galinhas, é fundamental oferecer uma dieta diversificada, incluindo rações balanceadas e alimentos naturais como forrageiras, hortaliças e frutas. As rações fornecem os nutrientes necessários, e podem ser compostas por milho, farelo de soja, suplementos minerais e vitamínicos, como calcário calcítico, farinha de ostras, fosfato bicálcico e sal. Isso é muito importante, pois caso a galinha tenha deficiência de cálcio, retirará o necessário de seus ossos para produzir ovos, ocasionando lesões ósseas graves.
Recomenda-se disponibilizar ração à vontade, especialmente para as fases de crescimento e engorda. Além disso, complementar a dieta com alimentos naturais enriquece a nutrição das galinhas e pode ajudar a reduzir custos com insumos externos. Exemplos desses alimentos incluem abóbora, rabanete, cenoura, banana, acerola, manga, caju, mamão, melancia, e até mesmo restos de grãos e vegetais da alimentação humana.
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