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Com mais de 100 variedades testadas, produtores apostam na produção de pitayas no Sul do ES

Originária da América Central, fruta se adaptou ao clima capixaba e virou alternativa de diversificação do cultivo agrícola em Presidente Kennedy, no Sul do estado. Pitaya: planta exótica se adapta no ES; conheça produção de Presidente Kennedy
Ao chegar na propriedade do Fernando Benevides, a 13 km do centro de Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo, já é possível ver a exuberância dos frutos produzidos no local. Pesquisador da pitaya há mais de seis anos, o produtor já testou mais de 100 variedades da fruta em sua propriedade e, agora, investe na produção de espécies híbridas.
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A pitaya é considerada uma fruta exótica, de origem na América Central. Mas se adaptou bem ao clima capixaba e despontou com uma opção rentável para a diversificação agrícola da região, que historicamente tem como carro-chefe a produção de leite.
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De acordo com o secretário de Agricultura de Presidente Kennedy, Nerivon Bayerl, o município enxergou essa possibilidade e ampliou o programa de incentivo à fruticultura juntamente com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
“Usamos a aptidão do produtor, como é o caso do Fernando com a pitaya. Ajudamos no trabalho de estruturação da propriedade, com o fornecimento de mourões, arames, assistência técnica, adubo, calcário, mudas, entre outros. Com isso, estamos atraindo mais produtores para o cultivo da pitaya”, explicou Nerivon.
Produto diverso e rentável
Na propriedade do Fernando Benevides são mais de 7 mil pés de pitaya. Desde o terceiro ano de produção, ele consegue colher até 30 toneladas da fruta. Entre pesquisas e testes, o produtor já teve até 100 variedades de pitaya, como a rosa, a amarela, a vermelha e a branca por dentro.
Pitaya produzida em Presidente Kennedy.
TV Gazeta
“A pitaya não tem uma cultura difícil, mas é preciso atenção com as suas variedades. Hoje, o pessoal vai atrás do sabor, da qualidade. A partir do momento que você escolher a variedade certa e tiver sabor, aí você vai ganhar o público. Eu cheguei a adquirir 106 variedades, descartei de 40 a 50. E agora já faço criações minhas mesmo, já tem uns 20 híbridos já”, falou Fernando.
E todo o conhecimento do Fernando foi decisivo para ele também influenciar Fabrício da Cruz a começar a produzir a fruta. No ano passado, Fabrício aproveitou um espaço ocioso em casa e hoje já tem mais de 700 pés plantados, com cinco variedades diferentes.
Quintal da casa do Fabrício da Cruz, produtor de pitaya em Presidente Kennedy, Espírito Santo.
TV Gazeta
Só com a primeira colheita deste ano, o novo produtor espera encher os carrinhos com 600 kg da fruta. “Pitaya tem dado bastante retorno, ela praticamente se paga no primeiro ano de produção. Essa daqui começou a produzir com sete meses. Depois já vou investir em um novo plantio”, contou Fabrício.
Com tanto trabalho envolvido, é preciso popularizar a fruta
A safra da pitaya vai de dezembro até abril. Em um único pé de pitaya, é possível ver várias etapas do crescimento, desde o botão floral até o fruto maduro.
Pitaya produzida em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo.
TV Gazeta
O engenheiro agrônomo Josélio Altoé explica que, apesar de ser de fácil cultivo, a pitaya demanda muito cuidado. Ele cita como exemplo o trabalho do Fernando.
“Todos os dias ele está dentro da lavoura, acompanha o desenvolvimento, a insolação. Em novembro e dezembro do ano passado, por exemplo, tivemos que usar protetor solar para o calor extremo não queimar as plantas. Então é um nível de acompanhamento que nem todo mundo quer”, pontuou.
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Para Josélio, o objetivo de tanto trabalho é que as pessoas conheçam as pitayas pelos nomes delas, pela cor, pelo sabor. “A demanda de frutos é pequena ainda porque o consumidor não conhece qual é o sabor da pitaya, as pessoas não sabem”, falou.
Fernando Benevides, produtor de pitaya em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo.
TV Gazeta
Fernando Benevides reitera a crença do engenheiro agrônomo. “Eu espero que o próprio produtor ajude a divulgar isso e não passe para o consumidor que o seu produto é só uma pitaya. Tem que ter o nome, para o consumidor ir atrás daquela variedade e comprar sabendo qual fruta é, qual sabor está levando para casa”, disse.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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