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Risco de ferir passageiros e tripulantes e até possível perda de controle do avião: o que levou EUA a suspender voos com 171 Boeings 737 Max 9

Aeronaves deverão ficar em solo até serem inspecionadas, determinou no sábado (6) a agência federal de aviação americana. Medida ocorre após porta ‘falsa’ ser ejetada de Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines. Serão inspecionados todos os Max 9 com a falsa porta. Porta falsa que foi ejetada em voo nos EUA
Reprodução/TV Globo
A agência federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) apontou risco à segurança de passageiros, tripulantes e do próprio avião para determinar, no sábado (6), a suspensão de voos de alguns Boeings 737 Max 9 até a realização de uma inspeção imediata obrigatória.
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Estão impactados pela medida as aeronaves desse mesmo modelo com uma porta “falsa” —desativada— na parte traseira. Isso acontece depois de uma porta “falsa” ter sido ejetada, em pleno voo, de um Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines, na sexta-feira (5), em Portland, no estado de Oregon.
Segundo a FAA, são obrigados a passar por inspeção “imediata” 171 aeronaves Boeing 737 Max 9 de companhias aéreas americanas ou estrangeiras que operem nos Estados Unidos e têm a porta “falsa”. É o caso, por exemplo, de Max 9 operados pela Copa Airlines, que usa esse modelo em rotas internacionais a partir de São Paulo.
Porta abre em voo, e avião faz pouso de emergência nos EUA
Em razão de a porta “falsa” ter sido ejetada, o avião da Alaska Airlines sofreu uma despressurização em voo quando estava em procedimento de subida, a 4.975 metros de altitude, e teve que fazer um pouso de emergência em Portland —cerca de 20 minutos depois de ter decolado do mesmo aeroporto. Havia 171 passageiros e seis tripulantes a bordo. A porta “falsa” estava ao lado de um assento vazio. Ninguém se feriu.
Ao justificar a suspensão, a FAA apontou o risco de outras aeronaves terem problemas na porta “falsa”, o que classificou de “condição insegura”.
Apontou ainda que a perda de porta de voo, caso se repetisse, poderia resultar em “ferimentos aos passageiros e tripulação, impacto da porta no avião e/ou perda de controle do avião” (veja abaixo fac-simile da determinação).
Trecho de norma da FAA que fala de risco aos passageiros, à tripulação e ao risco de perda de controle da aeronave
Reprodução
Alaska Airlines, a empresa envolvida no incidente de sexta, já anunciou a suspensão dos voos com Boeing 737 Max 9. A United também. A Copa —que faz voos para o Brasil com o Max 9— fez o mesmo, segundo anúncio publicado no site da companhia.
A inspeção nos Boeing 737 Max 9 leva de quatro a oito horas, segundo a FAA. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB) investiga o incidente.
As companhias aéreas brasileiras não adotam o Boeing 737 Max 9.
Avião fez pouso de emergência após porta abrir durante voo, nos EUA, em 6 de janeiro de 2024
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Por que esses aviões têm a porta ‘falsa’
O problema no voo da Alaska ocorreu em uma porta desativada na parte traseira do Boeing 737 Max 9.
Essa porta extra existe em todo 737 Max 9 para atender aos requisitos de evacuação de passageiros em caso de emergência —mas não necessariamente está apta a funcionar. A porta é adotada como saída de emergência por companhias aéreas que usam a configuração máxima do Max 9, com 220 passageiros.
No caso da Alaska Airlines, há menos assentos: 178, segundo o site da companhia. Na prática, o voo tem menos passageiros a bordo, o que dispensa usar essa saída de emergência —e ela então fica bloqueada. Só por fora é possível perceber se tratar de uma porta; do lado de dentro, ela se assemelha a uma janela.

Fonte:

g1 > Turismo e Viagem

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