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‘Dolorosamente quente’: conheça Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo

Recordista chega a ser 4 vezes mais caras que outras, e é fruto de dez anos de trabalho do agricultor Ed Currie. Sabia que as pimentas têm uma escala de ardência? Confira na reportagem. Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo.
Wikimedia Commons/ Magnolia677
“Dolorosamente quente, com tons doces e frutados e notas de canela e chocolate. Pode ser usado para apimentar molhos, salsas ou em combate”. Sentiu o drama?
A descrição é do próprio agricultor que criou a Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo. Ele se chama Ed Currie e vive nos Estados Unidos.
Mas quem garante esse posto é o próprio Guinness World Record. A pimenta entrou para o livro dos recordes em 2013, após testes feitos pela Winthrop University, que fica na Carolina do Sul, Estados Unidos.
Nesses estudos, a Carolina Reaper atingiu 1,64 milhão na escala de Scoville, uma tabela que mede o grau de ardência das pimentas (veja abaixo).
Para se ter ideia da potência da recordista, a pimenta malagueta, que é muito ardida, pode alcançar até 175 mil unidades nessa escala de medida, bem menos que a Reaper.
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g1
Conheça a Carolina Reaper 🌶️
De onde vem esse nome?
Carolina é uma referência ao estado em que ela foi desenvolvida, a Carolina do Sul, nos Estados Unidos. “Reaper” quer dizer “ceifador”. Lembra da figura da morte com uma foice? É isso aí.
Como ela surgiu?
A pimenta mais ardida do mundo é resultado do cruzamento de duas variedades, a Sweet Habanero e a Naga Viper. Foram dez anos de trabalho até alcançar esse resultado.
O especialista em pimentas Nelo Linguanotto explica que existe uma demanda por pimentas cada vez mais picantes.
“Já até criaram uma pimenta mais forte que a Carolina Reaper, mas em laboratório. Não conseguiram replicar em plantações”, revela.
A Carolina Reaper é vendida no Brasil?
Pimentas Carolina Reaper colhidas em West Valley City, Utah, nos Estados Unidos.
Dale Thurber/Wikimedia Commons
Sim. O produtor de pimentas Rildo Cazé, de Maringá (PR), importou sementes de Carolina Reaper dos Estados Unidos há dez anos.
Ele vende a pimenta in natura, mas também em molhos, conservas e pastas.
O produtor contou que o quilo de Carolina Reaper custa R$ 150,00 – é quatro vezes mais que outras pimentas, como a malagueta e a dedo-de-moça.
O produtor conta que a Carolina Reaper é a pimenta mais vendida. Mas, na comparação com outras variedades, o cultivo é mais difícil:
“Precisa ter cuidado, ela é muito perigosa. É melhor usar luva e máscara, porque essa pimenta exala um gás que queima a pele”, explica Cazé.
Ele explica que a pimenta é produzida em todo o país.
Qual o maior recorde com essa pimenta?
Em dezembro de 2021, o americano Gregory Foster bateu o recorde ao comer três pimentas Carolina Reaper em 8,7 segundos em San Diego, Estados Unidos.
Em novembro de 2022, o canadense Mike Jack comeu 50 pimentas dessa variedade em 6 minutos e 49 segundos. O desafio foi cumprido em Ontario, no Canadá.
Esperamos que eles estejam bem!
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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