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Bioeconomia na Amazônia: cultivo consciente de açaí transforma simplicidade em prosperidade no Amazonas

Globo Repórter desta sexta-feira (11) revelou que é possível ganhar dinheiro com a floresta em pé. Um exemplo é Codajás, que tem parte da economia movimentada pela venda sustentável de açaí; assista à integra. Bioeconomia: cultivo consciente de açaí transforma simplicidade em prosperidade
Na semana em que é realizada a Cúpula da Amazônia em Belém, no Pará, o Globo Repórter falou nesta sexta-feira (11) sobre bioeconomia e mostrou soluções que estão abrindo caminho para bons negócios, como a cadeia produtiva do açaí no Amazonas.
A fruta é conhecida como “ouro negro” e movimenta a economia de Codajás (AM) – região conhecida como a “terra do açaí”. Pelas águas do Rio Solimões, o açaí chega das mãos de pequenos e grandes produtores aos mercados mais distantes.
Nos últimos anos, a fruta caiu no gosto de muita gente no Brasil e mundo afora.
“Da nossa família são 10 lá em casa. (…) Vivo da colheita do açaí, mas eu planto de tudo, banana, jerimum, abacaxi”, afirmou o agricultor, Antônio Araújo.
Agora, no porto, o vai e vem de barcos não para, mas nem sempre foi assim, afirmou a comerciante Edineia Rodrigues.
“Não tinha para quem vender, não tinha mercado. Depois, foi começando a aparecer as fábricas e as empresas, aí o negócio foi andando”, contou.
Assim como tantas outras pessoas da região, Edineia e Antônio são a própria bioeconomia.
É o que explicou o empresário Francisco de Jesus Ferreira: “Bio é ‘vida’. Economia ligada com a vida, eu entendo que as pessoas conseguem produzir sem desmatar. E, o mais importante, com sustentabilidade”.
Jornada ESG
Sustentabilidade é palavra-chave na produção do açaí amazônico; entenda a preocupação
“Sustentabilidade” é a palavra-chave. Empresas do mundo todo estão de olho no ESG (sigla em inglês: Environmental, Social, Governance), que surgiu de um pacto global para integrar fatores ambientais, sociais e de governança corporativa aos seus produtos.
Levando em consideração as práticas estabelecidas pelo ESG, Francisco compra açaí fresco e revende poupa congelada.
“O nosso maior mercado hoje é o Rio de Janeiro, mas a gente vende, também, para o Brasil todo. E estamos começando a vender para o exterior, Estados Unidos, Ásia, Europa. Ainda estamos engatinhando, mas já temos boas perspectivas de crescimento”, contou o empresário.
O segredo do sucesso? Transformar simplicidade em prosperidade. Para isso, é preciso atender as exigências e boas práticas da bioeconomia – o cuidado com o meio ambiente é fundamental.
‘Açaí dá mais dinheiro que gado’
‘Açaí dá mais dinheiro que gado’, diz produtor
Entre a fábrica e o porto, o empresário está sempre se atualizando. Filho de professora e de um trabalhador rural, foi em casa que aprendeu uma grande lição.
“Açaí dá mais dinheiro que a criação de gado. Meu pai foi um visionário nesse sentido de dizer que, se investisse na produção não só de açaí, mas de outras culturas daqui da região, a gente teria dias melhores. E o mundo hoje está clamando por alimentos naturais, orgânicos, saudáveis e nutritivos. O açaí representa tudo isso”, disse Francisco.
“Para produzir, você não precisa fazer derrubada [de floresta], você consegue conviver perfeitamente na floresta. Basta, claro, que você faça o manejo ideal. Você gera emprego”, completou.
E o avanço não para: já são duas fábricas, uma em Codajás, e outra em Belém (PA). Quando acaba a safra no Pará, ele vem para o Amazonas. Assim, tem produção de açaí ano todo.
Origem e modernização
Produção de açaí reúne tradição e modernidade no Amazonas
Ele conhece bem a produção das pessoas na região, por isso, valoriza o trabalho bem-feito.
“Antes de eu ser empresário, eu sou ribeirinho, do Pará, nasci e me criei no interior andando de canoa. Sei subir no pé de açaí, sou apaixonado. Me formei em agronomia em 1988, quando o açaí não tinha, ainda, ganhado o mercado. Falava em açaí, os colegas da faculdade até riam de mim”, relembrou.
Francisco, em uma de suas fábricas.
Reprodução/Grep
Com o tempo, chegou o dia em que ele teve que ouvir os conselhos de outra geração da família. A ideia de automatizar as fábricas partiu do filho.
“Trabalhamos no nosso projeto, passamos uns três anos trabalhando. E, hoje, nossa fábrica é toda automatizada. Ficamos felizes em desenvolver o setor, porque a gente não quer só o nosso desenvolvimento, nós queremos o desenvolvimento de todos. Temos que pensar na sociedade como um todo”, destacou.
Veja a íntegra do Globo Repórter abaixo:
Globo Repórter – Bioeconomia da Amazônia – 11/08/2023
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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