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Entenda se todo vinho envelhece bem e por quantos anos pode ficar no barril

Na Serra Gaúcha, o g1 também explica as diferenças entre a fermentação do tinto e do branco, e o como o clima ajuda no sabor e na qualidade da bebida. Aprenda na série ‘De onde vem o que eu como’. De onde vem o vinho
🍷 Cada vinho é um universo à parte: uns que envelhecem bem e outros que podem “morrer” dentro da garrafa se não forem apreciados logo.
Esse é um dos aprendizados que a série “De vem o que eu como” (no caso, “bebo”) trouxe da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, principal região produtora da bebida no Brasil. A reportagem no VÍDEO ACIMA mostra curiosidades como:
🍇 como os agricultores sabem a hora certa de colher a uva;
🌡️ a fermentação de cada tipo de vinho;
👅 que substância é responsável pela secura que o tinto dá no paladar;
🛢️ por que tem vinho que envelhece no barril (ou barrica, que é nome técnico).
Casos de trabalho análogo à escravidão
As gravações desta reportagem foram feitas no início de fevereiro, duas semanas antes de virem a público situações de trabalho análogo à escravidão durante a safra da uva no RS. A vinícola que o g1 visitou não está envolvida nesta denúncia.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton contrataram os serviços da empresa Fênix Serviços Administrativos, que submeteu 207 trabalhadores a jornadas exaustivas e até agressões físicas.
Na ocasião, as vinícolas afirmaram desconhecer as condições desses trabalhadores, pagaram indenizações e se comprometeram a fiscalizar os seus fornecedores, de acordo com o MTE.
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O g1 entrou em contato com as três vinícolas para saber o que tem sido feito de lá para cá; veja a seguir.
Aurora
“Assumimos o compromisso de não terceirizar mais mão de obra no período de safra em nossas instalações”, destacou a empresa.
Além disso, a Aurora informou que fez uma parceria com a Escola de Negócios da PUC-PR para revisar as suas normas de governança, “especialmente nos processos que regulam as relações com colaboradores, parceiros e terceirizados.”
“No mês de abril, iniciamos o novo programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA) junto aos mais de 1,1 mil viticultores cooperados, com treinamentos e rotinas de conscientização às leis trabalhistas vigentes e às boas práticas de trabalho preconizadas por organismos de regulamentação nacionais e internacionais”.
“Até o fim do ano, antes do início da colheita da safra 2024, uma auditoria independente será realizada para garantir que a cadeia produtiva esteja de acordo com as condições preconizadas.”
Garibaldi
A Cooperativa Vinícola Garibaldi disse que está aprofundando o seu sistema de compliance. Compliance é um conjunto de regras de uma empresa que precisam estar em conformidade com as normas que regem o seu setor de atuação e com as legislações federais, estaduais, etc.
Segundo a Garibaldi, isso tem sido feito com assessoramento especializado e reuniões com os produtores de uva da associação, funcionários e fornecedores.
Além disso, a vinícola aderiu a um programa de compliance do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que fará auditorias na organização.
A Garibaldi informou ainda que criou o Garibaldi Ok, um braço da cooperativa para atender as demandas formalizadas frente ao Ministério Público do Trabalho.
“Também houve o realinhamento e reapresentação do Código de Cultura de forma a intensificar as práticas de divulgação em canais internos e externos das nossas políticas de conduta (Código de Cultura e Canal de Denúncia)”, disse a cooperativa.
Salton
A Salton informou que, em março, promoveu um encontro com os seus fornecedores, com palestras sobre trabalho degradante, violação dos direitos humanos e monitoramento da cadeia produtiva.
No final de maio, a empresa também promoveu o evento Ciclos & Vinhas, onde um dos temas se tratava de “contratação correta de mão de obra sazonal”.
“O evento segue a orientação do TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] de promover a conscientização dos produtores de uva parceiros ou associados, abordando boas práticas e cumprimento de legislação sobre direitos trabalhistas e direitos humanos”, destacou.
A vinícola informou ainda que elaborou um plano de monitoramento continuado de todos os “trabalhadores (próprios ou terceiros) que atuam na empresa de alguma forma. Além disso, ampliou a contratação de assessorias jurídicas”.
A empresa disse também que ampliou a divulgação do seu Canal de Ética e teve um contato inicial para adesão ao Pacto para a Erradicação do Trabalho Escravo.
Créditos ‘De onde vem o que eu como’:
Coordenação editorial: Luciana de Oliveira
Edição e finalização: Marih Oliveira
Narração: Marih Oliveira
Reportagem: Paula Salati e Marcos Serra Lima
Produção e Roteiro: Paula Salati
Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli
Coordenação de arte: Guilherme Gomes
Direção de arte e ilustrações: Luisa Rivas, Vitoria Coelho, e Veronica Medeiros
Fotografia: Marcos Serra Lima
Motion: Vitória Coelho
Videira na Serra Gaúcha, em fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Parreiras no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
No centro de Bento Gonçalves (RS), há um chafariz em homenagem aos vinhos – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS) – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Videira no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Barris de fermentação de vinho – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Vinho tinto durante a fermentação – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Tonéis de fermentação do vinho tinto – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Entrada de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul – fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
Videiras na Serra Gaúcha em fevereiro de 2023.
Marcos Serra Lima/g1
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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