Mexendo consideravelmente no exercício da educação estadual, a pandemia do novo coronavírus exigiu inovação nas formas de ensino. Na Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa, no município de Rio Brilhante, o diretor-adjunto, Marcus Vinicius da Costa, relata os maiores desafios existentes no exercício da prática no âmbito municipal. A instituição usa métodos para o aprendizado continuar.
Com quase 30 anos na ativa, Marcus Vinicius tem habilitação em Matemática, além de três especializações, sendo Psicopedagogia, Gestão Escolar e Ensino de Ciências. O profissional mudou-se para o município do interior do Estado em 1997, assumindo turmas por 11 anos consecutivos. Na rede estadual de ensino, tomou posse no primeiro cargo efetivo de sua carreira em 2003 e no segundo em 2013.
Eleito diretor-adjunto em 2008, depois em 2015 e novamente neste ano, o educador conhece muito bem a estrutura do ensino regional, que foi desafiada pela chegada da Covid-19. A principal mudança ocorreu no lado humano da coisa, que ainda deverá continuar por mais alguns meses.
“O que mais alterou e dificultou o nosso trabalho foi a ausência do contato presencial, tanto com alunos e seus responsáveis, quanto com professores e coordenação. Para suprir a necessidade de manter o vínculo com a escola, passamos a atender virtualmente por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens em todo horário possível o que fez com que todos nós nos disponibilizássemos em qualquer horário do dia ou da noite para o trabalho escolar”, diz Marcus Vinicius.
Essa nova rotina na vida dele e na de outros diretores contou muito com o aparato tecnológico. São computadores, celulares, entre outros aparelhos eletrônicos – meios auxiliares para impedir um colapso educacional – que levam o ensino até a casa de cada estudante e trazem a realização aos profissionais.
“Agora, com sete meses e meio de aulas remotas, temos a rotina de trabalho fluindo com mais segurança e estabilidade após termos aprendido com muitos erros e alguns acertos, além de estarmos melhor ambientados nos inúmeros recursos tecnológicos disponibilizados para esta forma de ensino e de aprendizagem”, diz ele.
Segundo o diretor-adjunto, o grande desafio é sustentar no aluno do ano 2020, impactado pelo maior problema global dos últimos anos, a vontade de aprender, pois existe o desânimo perante a tudo o que está acontecendo, misturado a fatores sociais e culturais, resistentes a adaptação.
“Um dos maiores desafios continua sendo apresentar motivos coerentes e persuasivos para a pergunta tão ouvida em sala de aula e agora tão presente nas mensagens: “Para quê estudar?!”. Muitos alunos e os responsáveis por eles desacreditam na eficácia das Atividades Pedagógicas Complementares e condenam como inútil esta forma de ensino. Porém, devemos enfatizar o desenvolvimento da disciplina e da responsabilidade no sentido de marcar e cumprir horários para estudar, a autonomia na busca do conhecimento e, consequentemente, a formação de autodidatas e a aprendizagem da utilização dos recursos midiáticos para o desenvolvimento de habilidades e competências e não apenas para entretenimento como era para a maioria de nossos alunos antes da pandemia”, descreve Marcus Vinicius, apresentando, por outro lado, o compromisso estabelecido com a educação neste período.
Para garantir o acesso à educação aos alunos e promover o apoio aos demais profissionais, a direção da Escola Fernando Corrêa da Costa visa descobrir a necessidade dos alunos. Conhecendo a dificuldade, a instituição os responsáveis por meio de redes sociais ou indo à casa do aluno e propõem recursos disponíveis na escola. Há também reuniões para organizar e discutir os problemas e as possíveis soluções.
Davi Nunes Souza, SAD
Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul