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Dia do pão francês: entenda como o cultivo do trigo foi adaptado ao clima brasileiro

Adaptação do grão ao calor foi feita após 40 anos de testes e melhoramento genético das plantas, em um projeto desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Pão francês se tornou alimento tradicional no país
Divulgação
O pãozinho faz parte da rotina de muitos brasileiros em diferentes estados, principalmente no café da manhã. Conhecido também como careca, filão ou até carioquinha, ele se tornou um alimento tradicional que emprega milhões de pessoas na produção do trigo, ingrediente essencial.
Grande parte do grão produzida no país se concentra na região Sul. Mas ele está conquistando também o cerrado. Nesta segunda-feira (21), é celebrado o Dia Nacional do Pão Francês.
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Cultivo de trigo avança no calor do cerrado brasileiro
Veja como o trigo se adaptou às temperaturas altas:
Clima tropical
Existem diversas variedades de trigo cultivados no Brasil
Embrapa Trigo/Divulgação
O trigo chegou ao país com Martim Afonso de Sousa, durante a primeira expedição colonizadora de Portugal em solo brasileiro, por volta de 1530. Sousa foi o primeiro dono da capitania de São Vicente, que hoje é parte do estado de São Paulo, e introduziu a cultura nas regiões de Itararé e Itapetininga.
Mas a atividade só encontrou abrigo firme no Sul do Brasil quando os imigrantes italianos começaram a chegar no país, entre 1880 e 1930.
Por ser uma cultura muito acostumada ao frio, o trigo acabou se limitando ao Paraná e ao Rio Grande do Sul. Mas após uma pesquisa agronômica, hoje o cereal está pronto para o calor do cerrado brasileiro.
O trigo foi adaptado ao clima tropical do Brasil após 40 anos de testes e melhoramento genético das plantas, em um projeto desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“Nós estimamos que existem mais de 2,5 milhões de hectares aptos para o trigo. Se a gente usasse 1 milhão de hectares, a gente conseguiria reduzir a despesa da balança comercial, aumentaria a produção (de 5,5 milhões de toneladas) para 8 milhões de toneladas, pelo menos”, explica o chefe-geral da Embrapa Trigo, Osvaldo Vieira.
Vieira aponta os estados de Minas Gerais e Goiás, o entorno do Distrito Federal (veja no vídeo abaixo do Globo Rural), e o sudoeste da Bahia como regiões com grande potencial para a expansão do trigo. Ele cita também experiências positivas no Ceará e em Pernambuco.
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Desde a década de 1970, os pesquisadores da Embrapa desenvolveram pelo menos 110 variedades de trigo para cultivo no campo.
O pesquisador explica que o hábito do consumidor fez com que os agrônomos precisassem criar esses diversos tipos de plantas.
“A indústria é exigente, e o consumidor tem hábitos. Ele gosta de um pão com casca crocante, mais dourado… fizemos muitas pesquisas para melhorar a qualidade do trigo”, conta.
“O consumidor final acha que trigo é trigo, mas existe um trigo para a produção de biscoitos, outro para massas… são pelo menos 4 tipos de farinha para atender ao mercado.”
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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