Latam já admite aumento, Azul não confirma nem nega. Gol está em período de silêncio e responde por meio da associação do setor. Pista do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos
Sidnei Barros/Prefeitura de Guarulhos
As principais companhias aéreas do país devem aumentar nas próximas semanas o preço das passagens. A alta segue o curso de subida do preço dos combustíveis no mercado internacional, resultado do encarecimento das commodities desde a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O g1 procurou a Latam, Gol e Azul para confirmar a intenção de reajuste nos preços.
Latam
Avião da Latam estacionado no Aeroporto Internacional de Macapá
Maksuel Martins/GEA/Divulgação
Em nota, a Latam admitiu que os preços de combustíveis têm impacto relevante no custo de operação e o atual cenário demanda que a passagem fique mais cara.
“É inegável o impacto nos custos das companhias aéreas, em função da alta do preço do querosene da aviação (QAV) que, infelizmente, diante da imposição desse novo cenário de crise sem precedência e previsibilidade, afetará o aumento no preço das passagens”, diz nota da Latam.
Gol
Avião Gol Noronha
Ana Clara Marinho
A Gol não pode responder aos questionamentos da reportagem porque está em “período de silêncio”. Trata-se de uma exigência legal para empresas de capital aberto nos dias anteriores à divulgação de seus resultados trimestrais. A companhia publicará o balanço na próxima segunda-feira.
A Gol se posiciona, contudo, como associada da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A entidade divulgou nota no último dia 8, dizendo que o conflito “pressiona ainda mais o já elevado preço do QAV, que em 2021 alcançou seu maior patamar, acumulando alta de 76,2%”.
Segundo a Abear, o combustível responde por mais de um terço dos custos do setor, que têm uma parcela superior a 50% indexada pelo dólar.
“Diante desse cenário, a Abear informa que o consequente encarecimento do QAV nos curto e médio prazos poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos, incluindo o foco na expansão de mercados regionais, num setor que acumula prejuízo de R$ 37,4 bilhões de 2016 até o terceiro trimestre de 2021, impactando também o transporte de cargas e toda a cadeia produtiva do turismo”, diz a nota.
Azul
Avião aeronave Azul Aeroporto de Uberaba voo Belo Horizonte
André Santos/Prefeitura de Uberaba
A Azul enviou longa nota ao g1, em que não confirma nem nega um possível aumento do preço das passagens.
A empresa lamenta a guerra e diz que, além das irreparáveis perdas humanas, o conflito também traz “consequências devastadoras para todos os setores da economia no mundo”.
“A continuidade desse cenário poderá adiar uma retomada mais vigorosa da oferta de voos no país, assim como a inclusão de novas cidades e novas rotas e frequências entre aeroportos que já contam com serviço aéreo”, diz o texto.
Sidnei Barros/Prefeitura de Guarulhos
As principais companhias aéreas do país devem aumentar nas próximas semanas o preço das passagens. A alta segue o curso de subida do preço dos combustíveis no mercado internacional, resultado do encarecimento das commodities desde a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O g1 procurou a Latam, Gol e Azul para confirmar a intenção de reajuste nos preços.
Latam
Avião da Latam estacionado no Aeroporto Internacional de Macapá
Maksuel Martins/GEA/Divulgação
Em nota, a Latam admitiu que os preços de combustíveis têm impacto relevante no custo de operação e o atual cenário demanda que a passagem fique mais cara.
“É inegável o impacto nos custos das companhias aéreas, em função da alta do preço do querosene da aviação (QAV) que, infelizmente, diante da imposição desse novo cenário de crise sem precedência e previsibilidade, afetará o aumento no preço das passagens”, diz nota da Latam.
Gol
Avião Gol Noronha
Ana Clara Marinho
A Gol não pode responder aos questionamentos da reportagem porque está em “período de silêncio”. Trata-se de uma exigência legal para empresas de capital aberto nos dias anteriores à divulgação de seus resultados trimestrais. A companhia publicará o balanço na próxima segunda-feira.
A Gol se posiciona, contudo, como associada da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A entidade divulgou nota no último dia 8, dizendo que o conflito “pressiona ainda mais o já elevado preço do QAV, que em 2021 alcançou seu maior patamar, acumulando alta de 76,2%”.
Segundo a Abear, o combustível responde por mais de um terço dos custos do setor, que têm uma parcela superior a 50% indexada pelo dólar.
“Diante desse cenário, a Abear informa que o consequente encarecimento do QAV nos curto e médio prazos poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos, incluindo o foco na expansão de mercados regionais, num setor que acumula prejuízo de R$ 37,4 bilhões de 2016 até o terceiro trimestre de 2021, impactando também o transporte de cargas e toda a cadeia produtiva do turismo”, diz a nota.
Azul
Avião aeronave Azul Aeroporto de Uberaba voo Belo Horizonte
André Santos/Prefeitura de Uberaba
A Azul enviou longa nota ao g1, em que não confirma nem nega um possível aumento do preço das passagens.
A empresa lamenta a guerra e diz que, além das irreparáveis perdas humanas, o conflito também traz “consequências devastadoras para todos os setores da economia no mundo”.
“A continuidade desse cenário poderá adiar uma retomada mais vigorosa da oferta de voos no país, assim como a inclusão de novas cidades e novas rotas e frequências entre aeroportos que já contam com serviço aéreo”, diz o texto.
g1 > Turismo e Viagem
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