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Mais de 81 mil produtores rurais do Brasil acionaram seguro ou Proagro por seca


Prejuízos nas lavouras de milho e de soja, devido à estiagem que afeta algumas regiões do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo, motivaram acionamentos, diz Ministério da Agricultura. Estiagem iniciou quando as lavouras de milho estavam em fase de floração, período sensível à falta de umidade no solo
Epagri/Cepa
Em meio aos impactos do fenômeno climático La Niña, que reduziu as chuvas e elevou temperaturas no Sul do país, mais de 81 mil produtores afetados pela seca acionaram seguro ou o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) nesta safra de verão até o dia 20 de janeiro, mostraram dados do governo federal.
No total, 42.541 apólices de seguro rural foram acionadas e 38.906 comunicados de perdas (COPs) realizados no Proagro, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em nota.
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O levantamento tem como base dados das seguradoras habilitadas no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do ministério e do Banco Central do Brasil, autarquia responsável pelo Proagro.
“Os destaques… são os prejuízos nas lavouras de milho e de soja, devido à estiagem que afeta parte de algumas regiões dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo”, disse a pasta.
A soja tem quase 37 mil acionamentos (32% das apólices sinistradas) e 22,2% da área contratada com seguro afetada, que equivale a 1,7 milhão de hectares que serão vistoriadas pelas seguradoras.
Na quarta-feira (26), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu em 4,2 milhões de toneladas sua projeção para a safra de soja do país em 2022, agora estimada em 135,8 milhões de toneladas e abaixo do recorde obtido na temporada anterior, em função da seca na região Sul.
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No milho, dos quase 39 mil acionamentos de Proagro, o cereal se destaca com mais de 26 mil comunicados de perdas (68,7% do total) e o Rio Grande do Sul, onde os produtores lideram a contratação do programa, representa 53,2% dos comunicados de perdas, atingindo 20.719 operações.
Outros cultivos também têm sido afetados, como o feijão, arroz, cana-de-açúcar, frutas e verduras, além da pecuária leiteira, conforme o levantamento.
“A seca ainda não cessou seus efeitos e as lavouras estão em período de colheita, o que deve alterar esses números no próximo levantamento ao final de fevereiro”, acrescentou o ministério.
No total, são R$ 5 bilhões em possíveis indenizações aos agricultores. Destes, R$ 2,3 bilhões estão em análise no Proagro e, nas seguradoras, o valor é da ordem de R$ 2,7 bilhões.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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