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Covid: voos cancelados causam caos global no período das festas


Avanço da ômicron em meio à necessidade de isolar tripulantes potencialmente infectados tem levado a milhares de atrasos ou cancelamentos, a maioria deles em aeroportos dos EUA e da China. Passageira no aeroporto americano de LaGuardia, em 24 de dezembro; necessidade de isolar tripulantes por conta da covid-19 tem forçado cancelamento de voos, principalmente na China e nos EUA
Getty Images
A semana começou com mais uma leva de voos internacionais sendo cancelados por motivos relacionados à pandemia de covid-19 e ao avanço da variante ômicron, provocando um caos aéreo que atrapalha o período festivo de milhares de pessoas. Em alguns lugares, o mau tempo também teve um papel importante.
Mais de 2,5 mil voos foram cancelados nesta segunda-feira (27/12), segundo o levantamento do site FlightAware. O maior número de cancelamentos envolve voos com origem ou destino nos EUA e na China.
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No Brasil, o site identificou 116 atrasos e 2 cancelamentos no domingo (26), e 29 atrasos e um cancelamento até o início da tarde desta segunda-feira.
Segundo as companhias aéreas, os cancelamentos se devem à necessidade de isolar tripulantes que tenham testado positivo para covid-19 ou que precisem fazer quarentena por terem entrado em contato com passageiros infectados.
E há casos como o de Hong Kong, que decidiu vetar todos os voos da companhia Korean Air, da Coreia do Sul, por duas semanas, depois de terem sido identificados casos positivos de covid-19 entre passageiros.
No total, mais de 8,3 mil voos deixaram de decolar durante o fim de semana natalino, iniciado na sexta-feira. Outras dezenas de milhares foram atrasados.
Embora o número de cancelamentos seja uma porcentagem pequena do total de um período de pico nas viagens, é um número superior do que costumava ser registrado em anos comuns, pré-covid-19 – e em um momento em que muitas pessoas estavam ansiosas para rever familiares e amigos.
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O número de casos de covid-19 tem aumentado por conta da variante ômicron, que parece ser, segundo análises preliminares, mais contagiosa, embora seus sintomas pareçam (também segundo análises preliminares) mais leves, sobretudo em pessoas com esquema vacinal completo ou com doses de reforço. Tudo isso, porém, precisará ser confirmado ou refutado por mais estudos.
Segundo o levantamento do FlightAware, a maioria dos cancelamentos desta segunda-feira são de companhias aéreas chinesas – só a China Eastern cancelou mais de 420 voos e a Air China, mais de 190.
Entre os aeroportos mais afetados estão os de Pequim e Xangai – que, somados, tiveram mais de 300 cancelamentos.
As autoridades chinesas não comentaram o tema, mas o país registrou seu maior número de infecções diárias de covid-19 em 21 meses. Na cidade de Xi’an, mais de 13 milhões de moradores foram colocados em quarentena a partir de domingo, para conter a alta de casos.
Nos EUA, as companhias mais afetadas são JetBlue e United, sendo o aeroporto de Seattle-Tacoma um dos mais prejudicados.
Na semana passada, a United advertiu que um aumento nos casos da variante ômicron já vinha tendo “um impacto direto em nossos tripulantes e nas pessoas que conduzem nossas operações”, uma vez que muitos funcionários são forçados a ficar em isolamento após entrarem em contato com pessoas infectadas.
Uma passageira que ficou retida no aeroporto de Detroit disse à agência Reuters que estava cercada de outros passageiros irritados, frustrados e cansados.
Além disso, problemas climáticos também têm prejudicado o tráfego aéreo e terrestre americano. Fortes nevascas atrasaram voos e impediram a circulação em rodovias no Estado de Washington, por exemplo.
E ao menos três navios de cruzeiro tiveram de voltar a seus portos de origem depois de casos de covid-19 terem sido detectados a bordo.
A ômicron já é considerada a variante dominante nos EUA.
Anthony Fauci, médico que chefia a força-tarefa anti-covid nos EUA, advertiu que o número de casos de doença está crescendo e “tende a crescer muito mais”, o que pode “potencialmente sobrecarregar hospitais, particularmente em regiões em que há uma proporção maior de pessoas não vacinadas”.

Fonte:

g1 > Turismo e Viagem

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