China suspendeu importação de produtos brasileiros no último sábado (4). Economista acredita que posição da OIE pode reverter posição do país. Mal da vaca louca é confirmado no Brasil (imagem ilustrativa)
Juliana Amorim/Unsplash/Divulgação
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) informou, nesta segunda-feira (6), que os dois casos atípicos do mal da vaca louca, registrados em frigoríficos de Belo Horizonte e de Nova Canaã do Norte (MT), não representam risco para a cadeia de produção bovina do país.
A conclusão foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Os informes foram apresentados pelo Serviço Veterinário Oficial do Brasil. Os casos ocorreram de forma independente e isolada e foram confirmados pelo laboratório de referência internacional da OIE, localizado no Canadá, na última sexta-feira (3)”, disse o Mapa em nota.
O registro dos dois casos provocou a suspensão das exportações para a China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil.
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“A medida, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos”, afirmou o Mapa.
O economista Paulo Pacheco acredita que a posição da OIE pode fazer com que a China volte atrás.
“É uma importante resposta sanitária para que a China avalie retomar a compra do produto brasileiro, suspensa desde a confirmação dos casos em animais encontrados no Brasil”, disse ele.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a China segue como principal destino da carne brasileira. No mês de julho, o volume total de exportação foi de 91.144 toneladas, com crescimento de 11,2%.
“As receitas tiveram alta de 19,1% somaram US$ 525,5 milhões. Quando se observa o período de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020”, disse a Abiec.
Os dois casos confirmados neste sábado foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada.
“Estes são o quarto e quinto casos de EEB [Encefalopatia Espongiforme Bovina] atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica” informou o ministério.
Segundo o Mapa, a EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados.
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Editoria de Arte/G1
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