Fêmeas armazenam ovos na boca e produtores induzem o sexo dos animais por meio de hormônios na ração. Município de Santa Fé do Sul é o principal polo de produção do peixe, movimentando R$ 1 bilhão por ano. Conheça a criação de tilápias no Brasil, um dos mercados em expansão no agro
O mercado de tilápias é um dos setores do agro em expansão que tem muitas curiosidades. As fêmeas, por exemplo, armazenam os ovos na boca após a fecundação e, nos criadouros, os produtores induzem o sexo dos animais por meio de hormônios colocados na ração.
O município de Santa Fé do Sul, no noroeste do estado de São Paulo, tornou-se referência na criação de tilápias. A região movimenta até R$ 1 bilhão por ano e cria mais de 4 mil empregos diretos.
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A família Amaral empreende no setor que está em expansão. O negócio existe desde 2005 e fornece ao mercado 27 mil toneladas de tilápia por dia, graças aos mais de 600 funcionários. Além disso, a empresa conta com uma fábrica de ração e um frigorífico.
No criadouro dos produtores, a pesca é feita de madrugada, para evitar o estresse dos peixes devido às temperaturas mais amenas, explica a agrônoma Sabrina Amaral. Este horário também facilita o transporte dos animais aos frigoríficos mais rapidamente, onde serão abatidos.
Para este tipo de produção, 70% dos custos são voltados para a ração, item usado, inclusive, para definir o sexo do animal.
Armazenagem dos ovos
O ciclo reprodutivo da tilápia acontece a cada 21 dias. Após os ovos serem fecundados pelos machos, a fêmea os armazena dentro da boca até o momento de eclosão, que é quando os filhotes quebram o ovo.
Cada fêmea é capaz de guardar de 800 a 1.200 ovos de uma só vez e, durante este período, elas ficam sem se alimentar.
Após 7 dias da fecundação, os piscicultores coletam os ovos da boca do animal e os levam para o laboratório. É nele que os filhotes irão nascer. Por isso, a qualidade da água é fundamental para o sucesso da criação, explica Ramon Amaral.
No laboratório, os ovos ficam em uma incubadora, que simula o ambiente da boca da mãe. Após as larvas se formarem, já podem começar a serem alimentadas.
Escolha de sexo
Nos primeiros 30 dias de vida das tilápias, elas ainda não têm o sexo formado e os piscicultores podem influenciar esse desenvolvimento por meio da ração.
Essa estratégia é usada no mundo todo para garantir o rendimento da criação, já que os machos engordam mais e mais rápido que as fêmeas, explica Eduardo Onaka, zootecnista do Instituto da Pesca.
Apesar de conhecida como “reversão sexual”, essa técnica não altera o sexo do peixe, já que no período em que pode ser aplicada, a tilápia não tem definido ainda se é fêmea ou macho.
Esta indução ocorre por meio da administração do hormônio masculinizante na ração e não traz nenhum risco para a saúde humana, segundo o especialista.
Importância da vacinação
Após as tilápias se desenvolverem, elas são imunizadas contra as bactérias mais comuns neste tipo de criação, a Streptococcus B e a Streptococcus iniae. Quando contaminadas, as doenças fazem o olho do animal saltitar e a barriga inchar.
Dentro do ciclo desta criação, o peixe vacinado tem um aproveitamento de 95% a 96%, enquanto o não vacinado tem apenas de 75% a 80%.
No empreendimento da família Almeida, todos os dias são vacinadas cerca de 125 mil tilápias.
Apenas após a etapa da imunização, os animais são vendidos e passam para a próxima fase do processo de produção: engordar e, então, o abate.
Saiba mais na reportagem completa no vídeo acima.
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O mercado de tilápias é um dos setores do agro em expansão que tem muitas curiosidades. As fêmeas, por exemplo, armazenam os ovos na boca após a fecundação e, nos criadouros, os produtores induzem o sexo dos animais por meio de hormônios colocados na ração.
O município de Santa Fé do Sul, no noroeste do estado de São Paulo, tornou-se referência na criação de tilápias. A região movimenta até R$ 1 bilhão por ano e cria mais de 4 mil empregos diretos.
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A família Amaral empreende no setor que está em expansão. O negócio existe desde 2005 e fornece ao mercado 27 mil toneladas de tilápia por dia, graças aos mais de 600 funcionários. Além disso, a empresa conta com uma fábrica de ração e um frigorífico.
No criadouro dos produtores, a pesca é feita de madrugada, para evitar o estresse dos peixes devido às temperaturas mais amenas, explica a agrônoma Sabrina Amaral. Este horário também facilita o transporte dos animais aos frigoríficos mais rapidamente, onde serão abatidos.
Para este tipo de produção, 70% dos custos são voltados para a ração, item usado, inclusive, para definir o sexo do animal.
Armazenagem dos ovos
O ciclo reprodutivo da tilápia acontece a cada 21 dias. Após os ovos serem fecundados pelos machos, a fêmea os armazena dentro da boca até o momento de eclosão, que é quando os filhotes quebram o ovo.
Cada fêmea é capaz de guardar de 800 a 1.200 ovos de uma só vez e, durante este período, elas ficam sem se alimentar.
Após 7 dias da fecundação, os piscicultores coletam os ovos da boca do animal e os levam para o laboratório. É nele que os filhotes irão nascer. Por isso, a qualidade da água é fundamental para o sucesso da criação, explica Ramon Amaral.
No laboratório, os ovos ficam em uma incubadora, que simula o ambiente da boca da mãe. Após as larvas se formarem, já podem começar a serem alimentadas.
Escolha de sexo
Nos primeiros 30 dias de vida das tilápias, elas ainda não têm o sexo formado e os piscicultores podem influenciar esse desenvolvimento por meio da ração.
Essa estratégia é usada no mundo todo para garantir o rendimento da criação, já que os machos engordam mais e mais rápido que as fêmeas, explica Eduardo Onaka, zootecnista do Instituto da Pesca.
Apesar de conhecida como “reversão sexual”, essa técnica não altera o sexo do peixe, já que no período em que pode ser aplicada, a tilápia não tem definido ainda se é fêmea ou macho.
Esta indução ocorre por meio da administração do hormônio masculinizante na ração e não traz nenhum risco para a saúde humana, segundo o especialista.
Importância da vacinação
Após as tilápias se desenvolverem, elas são imunizadas contra as bactérias mais comuns neste tipo de criação, a Streptococcus B e a Streptococcus iniae. Quando contaminadas, as doenças fazem o olho do animal saltitar e a barriga inchar.
Dentro do ciclo desta criação, o peixe vacinado tem um aproveitamento de 95% a 96%, enquanto o não vacinado tem apenas de 75% a 80%.
No empreendimento da família Almeida, todos os dias são vacinadas cerca de 125 mil tilápias.
Apenas após a etapa da imunização, os animais são vendidos e passam para a próxima fase do processo de produção: engordar e, então, o abate.
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