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Quase metade da vegetação do Cerrado é natural, aponta pesquisa


Mapeamento realizado em parceria da Embrapa com o Inpe demonstrou que cerca de 29% da área do bioma é usada em pastagens. Cerrado Brasileiro.
Globo Repórter
Quase 29% da área do Cerrado brasileiro é usada em pastagens, apontou o mapeamento TerraClass Cerrado 2018, divulgado nesta terça-feira (15). O bioma possui ainda 49,4% da sua vegetação natural primária e 4,7% vegetação natural florestal secundária, segundo o estudo.
Os dados foram produzidos em uma parceria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e foram disponibilizados no GeoPortal TerraClass.
O TerraClass é um projeto que começou em 2008, com foco em áreas desflorestadas na região da Amazônia Legal. Agora, com informações também do Cerrado, a plataforma tem como objetivo fornecer dados oficiais sobre o uso e cobertura da terra referentes a este bioma, sem focar no desmatamento.
Segundo a Embrapa, a ferramenta assume um papel estratégico no projeto “Gestão Integrada da Paisagem no Bioma Cerrado”, conhecido como FIP Paisagens Rurais e apoiado pelo Programa de Investimento Florestal (FIP – Forest Investment Program), que por sua vez visa fortalecer a adoção de práticas de conservação e recomposição da vegetação nativa, além de práticas agropecuárias de baixa emissão de carbono no Cerrado.
A expectativa da coleta de dados, que acontece bienalmente, é de identificar, delimitar, mapear e analisar as mudanças do uso e cobertura da terra, e da paisagem, em 10 bacias hidrográficas definidas para a implementação das ações de recuperação de áreas degradadas nas propriedades rurais aderentes ao FIP Paisagens Rurais, de acordo com a Embrapa.
Além dos dados divulgados nesta terça-feira, estão previstas outras duas amostras com os anos base de 2020 e 2022, com o apoio também da Embrapa Cerrados, Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Senar.
Mapeamento TerraClass está disponível no GeoPortal.
Divulgação / Ministério da Agricultura.
Em relação a agricultura, o estudo a divide em diversas subcategorias, uma delas foi adotada pela primeira vez. Se trata da agricultura temporária de um e de mais de um ciclo produtivo por ano agrícola, que se refere às áreas usadas para a produção de mais de um alimento, possibilitando ao produtor obter duas safras e não apenas uma no mesmo ano agrícola.
De acordo com o estudo, em 2018, 77% destas atividades ocorreram sobre áreas já consolidadas de agricultura, 14% sobre pastagens e 5% sobre áreas naturais de 2013.
A pesquisa também constatou que 76% da área destinada à agricultura se manteve como área consolidada e estável, entre 2013 e 2018.
Para João Adrien, diretor de Regularização Ambiental do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o TerraClass é importante para “planejar políticas públicas, entender onde são as áreas de maior restauração ambiental e como o governo pode disponibilizar crédito e gerar incentivos para essa restauração. Ao mesmo tempo, também ajuda o país a mensurar suas emissões de carbono”.
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Fonte:

G1 > AGRO

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