Preço alto do café tem atraído a atenção de criminosos; produtores têm investido em rondas particulares. Com saca de café acima dos R$ 2,5 mil, produtores investem em segurança particular
Com a saca do café sendo negociada acima dos R$ 2,5 mil, cafeicultores do Sul de Minas estão preocupados com furtos e roubos. Por isso, eles estão investindo em mais segurança com as rondas particulares.
“Eu não durmo porque eu acordo a noite toda esperando qual horário que eu vou ser (roubada) de novo”.
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O relato é da cafeicultora Alessandra Peloso, que já foi roubada três vezes na propriedade dela que fica em Ilicínea (MG) e recentemente sofreu uma outra tentativa.
“Eles tentaram cortar a cerca em três lugares, passaram por três propriedades. Não aguento mais. Não aguento. É triste demais. E cada sensação que você chega no local, que você vê arrombado, que você vê furtado, que pessoa tentou roubar o que você está produzindo o ano inteiro, que você não dorme, que você faz tudo, então é a sensação mais horrível do mundo”, disse a cafeicultora.
Com saca de café acima dos R$ 2,5 mil, produtores investem em segurança particular para evitar furtos e roubos em MG
Reprodução EPTV
Apesar dos esforços das forças de segurança, ainda é preciso mais. E aí, um serviço ganha destaque, o da Ronda Particular.
O agente de segurança Alexandre Freitas trabalha na área há três anos e conta com uma parceira. O valor do serviço é de R$ 330 por noite.
“Meu celular toca direto, e-mails chegando para querer contratar nossos serviços, mas infelizmente não dá para abraçar tudo. Muito perigoso na época de panha. O pessoal vem mesmo para querer levar e eles vêm na maldade”, disse Freitas.
O policial militar aposentado fez cursos específicos para o trabalho conforme a recomendação da PM. Além disso, tem os registros necessários para o uso de armas de fogo.
“À noite eu faço ronda, um patrulhamento com motocicleta. O carro fica parado num ponto estratégico, onde eu tenho um outro agente que trabalha comigo. Ela trabalha comigo no final de semana devido às festas locais, o fluxo de pessoas aumenta bastante, então a probabilidade de invasão aqui na propriedade é grande”, disse o agente de segurança.
Produtores investem em segurança particular para evitar furtos e roubos em MG
Reprodução EPTV
Ele conta que trabalha em contato direto com as equipes de plantão para que, caso seja preciso, acione a Polícia Militar.
“Nós temos contato direto com o policiamento ostensivo aqui, com a viatura de plantão, eu tenho contato deles, e tenho contato direto com o batalhão. Então, qualquer intercorrência, assim, em grande proporção, a gente entra em contato com eles, eles vem dar apoio para nós imediatamente”, explicou o agente de segurança.
Como nem todos os produtores têm condições de contratar o serviço, o Sindicato Rural de Boa Esperança recomenda a parceria entre cafeicultores vizinhos para a aquisição de equipamentos que possam aumentar a segurança.
“É a união dos produtores para investirmos em segurança monitorada, né? Câmeras de segurança, de preferência câmeras que têm inteligência para leitura de placas de veículos, né? E também que os produtores de regiões, de bairros rurais, possam ter seus grupos de WhatsApp, que podem gerar uma rede de vizinhança segura”, disse o presidente do Sindicato Rural de Boa Esperança, Henrique Pacheco.
Investimento que a também cafeicultora Giovanna Lamaita já fez há alguns anos, depois que o vizinho dela foi roubado. Foram instaladas 16 câmeras na propriedade e ela ainda toma outros cuidados.
“A fazenda não guarda café, não armazena café. Tudo que é limpo sai da fazenda no mesmo dia, quase imediatamente, em horários diferentes. A gente procura trazer pessoas que já trabalharam conosco, que são da cidade, de preferência daqui, de Boa Esperança, que já prestam serviço há muitos anos”, disse a produtora.
Com saca de café acima dos R$ 2,5 mil, produtores investem em segurança particular para evitar furtos e roubos em MG
Reprodução EPTV
Para tentar coibir a ação de bandidos, a Polícia Militar realiza a “Operação Agrogerais Segura” que aumenta o patrulhamento em áreas da zona rural dos municípios do Sul de Minas.
“Nós vamos ter reuniões com a comunidade rural, com os produtores, quem mora na zona rural. Nós vamos ter um aumento significativo no patrulhamento na zona rural e nós vamos ter também grandes operações sendo lançadas”, disse a tenente-coronel da Polícia Militar, Bianca Grossi.
O trabalho contra a criminalidade também é feito pela Polícia Civil, que está à frente de ações como a “Operação Campo Seguro”.
Em caso de roubos, a orientação é não reagir, é investir na prevenção.
“O produtor pode simplesmente, eu queria visita da Polícia Militar aqui na minha propriedade para conversar comigo, para analisar, para me dar ideias do que eu posso fazer para melhorar a segurança. Então pode chamar que a Polícia Militar está à disposição para melhorar a segurança no campo”, disse a tenente-coronel da PM.
Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas
Com a saca do café sendo negociada acima dos R$ 2,5 mil, cafeicultores do Sul de Minas estão preocupados com furtos e roubos. Por isso, eles estão investindo em mais segurança com as rondas particulares.
“Eu não durmo porque eu acordo a noite toda esperando qual horário que eu vou ser (roubada) de novo”.
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O relato é da cafeicultora Alessandra Peloso, que já foi roubada três vezes na propriedade dela que fica em Ilicínea (MG) e recentemente sofreu uma outra tentativa.
“Eles tentaram cortar a cerca em três lugares, passaram por três propriedades. Não aguento mais. Não aguento. É triste demais. E cada sensação que você chega no local, que você vê arrombado, que você vê furtado, que pessoa tentou roubar o que você está produzindo o ano inteiro, que você não dorme, que você faz tudo, então é a sensação mais horrível do mundo”, disse a cafeicultora.
Com saca de café acima dos R$ 2,5 mil, produtores investem em segurança particular para evitar furtos e roubos em MG
Reprodução EPTV
Apesar dos esforços das forças de segurança, ainda é preciso mais. E aí, um serviço ganha destaque, o da Ronda Particular.
O agente de segurança Alexandre Freitas trabalha na área há três anos e conta com uma parceira. O valor do serviço é de R$ 330 por noite.
“Meu celular toca direto, e-mails chegando para querer contratar nossos serviços, mas infelizmente não dá para abraçar tudo. Muito perigoso na época de panha. O pessoal vem mesmo para querer levar e eles vêm na maldade”, disse Freitas.
O policial militar aposentado fez cursos específicos para o trabalho conforme a recomendação da PM. Além disso, tem os registros necessários para o uso de armas de fogo.
“À noite eu faço ronda, um patrulhamento com motocicleta. O carro fica parado num ponto estratégico, onde eu tenho um outro agente que trabalha comigo. Ela trabalha comigo no final de semana devido às festas locais, o fluxo de pessoas aumenta bastante, então a probabilidade de invasão aqui na propriedade é grande”, disse o agente de segurança.
Produtores investem em segurança particular para evitar furtos e roubos em MG
Reprodução EPTV
Ele conta que trabalha em contato direto com as equipes de plantão para que, caso seja preciso, acione a Polícia Militar.
“Nós temos contato direto com o policiamento ostensivo aqui, com a viatura de plantão, eu tenho contato deles, e tenho contato direto com o batalhão. Então, qualquer intercorrência, assim, em grande proporção, a gente entra em contato com eles, eles vem dar apoio para nós imediatamente”, explicou o agente de segurança.
Como nem todos os produtores têm condições de contratar o serviço, o Sindicato Rural de Boa Esperança recomenda a parceria entre cafeicultores vizinhos para a aquisição de equipamentos que possam aumentar a segurança.
“É a união dos produtores para investirmos em segurança monitorada, né? Câmeras de segurança, de preferência câmeras que têm inteligência para leitura de placas de veículos, né? E também que os produtores de regiões, de bairros rurais, possam ter seus grupos de WhatsApp, que podem gerar uma rede de vizinhança segura”, disse o presidente do Sindicato Rural de Boa Esperança, Henrique Pacheco.
Investimento que a também cafeicultora Giovanna Lamaita já fez há alguns anos, depois que o vizinho dela foi roubado. Foram instaladas 16 câmeras na propriedade e ela ainda toma outros cuidados.
“A fazenda não guarda café, não armazena café. Tudo que é limpo sai da fazenda no mesmo dia, quase imediatamente, em horários diferentes. A gente procura trazer pessoas que já trabalharam conosco, que são da cidade, de preferência daqui, de Boa Esperança, que já prestam serviço há muitos anos”, disse a produtora.
Com saca de café acima dos R$ 2,5 mil, produtores investem em segurança particular para evitar furtos e roubos em MG
Reprodução EPTV
Para tentar coibir a ação de bandidos, a Polícia Militar realiza a “Operação Agrogerais Segura” que aumenta o patrulhamento em áreas da zona rural dos municípios do Sul de Minas.
“Nós vamos ter reuniões com a comunidade rural, com os produtores, quem mora na zona rural. Nós vamos ter um aumento significativo no patrulhamento na zona rural e nós vamos ter também grandes operações sendo lançadas”, disse a tenente-coronel da Polícia Militar, Bianca Grossi.
O trabalho contra a criminalidade também é feito pela Polícia Civil, que está à frente de ações como a “Operação Campo Seguro”.
Em caso de roubos, a orientação é não reagir, é investir na prevenção.
“O produtor pode simplesmente, eu queria visita da Polícia Militar aqui na minha propriedade para conversar comigo, para analisar, para me dar ideias do que eu posso fazer para melhorar a segurança. Então pode chamar que a Polícia Militar está à disposição para melhorar a segurança no campo”, disse a tenente-coronel da PM.
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