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Brasileiros que perderam voo após incêndio em aeroporto de Londres relatam perrengues

O maior aeroporto da Europa cancelou todos os voos após passar por um incêndio em uma estação de energia no início desta sexta-feira (21)
Ben e Gabriela (à esquerda) e Lorena (à direita) foram alguns dos turistas afetados por paralisação no aeroporto de Heathrow, em Londres
Arquivo pessoal
O aeroporto internacional de Heathrow, o principal de Londres (Inglaterra), o maior da Europa e um dos mais movimentados do mundo, cancelou todos os voos após passar por um incêndio em uma estação de energia nesta sexta-feira (21). A operação deve retornar no sábado (22).
De acordo com a administração do aeroporto, 1.357 voos estavam — 679 de chegada e 678 de saída — e 291 mil passageiros circulariam pelo Heathrow apenas nesta sexta.
Entre eles, estão as brasileiras Lorena de Souza, de 25 anos, e Gabriela Correa, de 29. Veja os relatos delas abaixo:
Diferença de R$ 20 mil entre passagens
Gabriela mora há três anos em Birmingham, cidade que fica a 2 horas de Londres, na Inglaterra. Ela é engenheira e estava planejando as suas férias há pelo menos 6 meses com o namorado inglês, Ben.
“A ideia era ser uma viagem barata”, conta. “Usamos milhas e compramos duas passagens de ida e volta do aeroporto de Heathrow, em Londres, para Miami (EUA) por 300 libras [cerca de R$ 2.000, em 21 de março]”.
O plano era passar dois dias em Miami e depois embarcar em um cruzeiro pelas Bahamas por seis dias. O passeio de barco custou 800 libras (cerca de R$ 6 mil) por pessoa.
O que ela não esperava é que a sua viagem caísse bem no dia em que os voos do maior aeroporto da Europa fossem paralisados, o que ela só soube pelo rádio quando já estava no caro, na metade do caminho para o aeroporto.
“Ficamos assustados, mas, no aplicativo da companhia, o voo estava confirmado para o horário normal (às 9h50). Então, seguimos”.
Incêndio que gerou apagão no aeroporto de Heathrow, em Londres, atinge estação de energia
Os planos só mudaram quando eles chegaram mais perto do aeroporto e viram as placas indicando que ele estava fechado. Então, decidiram voltar para casa.
“Tentamos obter mais informações com a British, mas eles não tinham orientações. Foi bastante frustrante”, desabafa.
Gabriela conta que o voo seguiu confirmado no aplicativo até 15 minutos antes do embarque — quando também não foi cancelado, mas adiado para as 12h.
No início da tarde, ela conseguiu contato com a companhia aérea inglesa, que a informou que, até quinta-feira (27), não seria possível realocá-los em um novo voo para Miami.
Mas, ao comunicar que precisaria viajar antes devido ao cruzeiro, que sairá de Miami neste domingo (23), a British a orientou a comprar um voo reembolsável com outra companhia, enquanto seguiriam tentando remanejar as suas passagens.
Foi então, no desespero, que Gabriela e Ben compraram passagens reembolsáveis só de ida da Air France saindo do aeroporto de Birmingham neste sábado (22). As duas passagens custaram 3.200 libras (cerca de R$ 24 mil), R$ 20 mil a mais do que o gasto anteriormente na ida e volta do casal.
Na tarde desta sexta, Gabriela foi informada pela British que ela e o namorado seriam realocados em um voo saindo de Heathrow no sábado (22). Mas, como a situação segue incerta, ela decidiu manter sua passagem da Air France até saber mais informações.
“O ideal seria ir pela British por Heathrow amanhã [sábado] e pegarmos o reembolso da passagem da Air France. Mas, por ora, estamos esperando a situação ficar mais tranquila”, conta.
Volta pra casa adiada
Lorena também mora na Inglaterra e estava de férias em Paris, na França, com a amiga Evini, quando soube que o voo que pegariam de volta para Londres, na tarde desta sexta, tinha sido cancelado.
“Recebemos um e-mail dizendo que o voo foi remarcado para o dia seguinte e para outro aeroporto”, conta.
Apesar de conseguir a passagem para o dia seguinte, ela vai precisar arcar com as despesas por ficar um dia a mais longe de casa.
Como não conseguiram prorrogar a reserva no hotel em que estavam hospedadas, elas precisaram encontrar outro, que custou 90 euros (cerca de R$ 560) para cada uma. Elas também perderam a passagem de ônibus entre Londres e Bournemouth, cidade em que moram na Inglaterra.
“Mandei e-mail pra companhia, mas ainda não tive resposta”, conta Lorena. “Não acredito que vou ser reembolsada por isso”.

Fonte:

g1 > Turismo e Viagem

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