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Modo de fazer Queijo Minas Artesanal se torna patrimônio cultural imaterial da humanidade

Título foi concedido pela Unesco, nesta quarta-feira (4), em Assunção, no Paraguai. Queijo Minas Artesanal ganhou reconhecimento nesta quarta-feira (4)
Reprodução/TV Globo
O Queijo Minas Artesanal se tornou Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O título foi concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), nesta quarta-feira (4), em Assunção, no Paraguai. O preparo dele já é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2008.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacionalo (Iphan) apresentou a candidatura para a Unesco em março de 2023, a partir de um requerimento da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo).
Em uma rede social, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), comemorou a vítória.
“É nosso e tá conquistando o mundo inteiro! Os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal agora é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela @UNESCO! Uma tradição dos nossos produtores de queijo que há mais de 300 anos nos enche de orgulho e gera emprego e renda pros mineiros”.
A produção do Queijo Minas Artesanal é totalmente manual
Reprodução/TV Globo
A produção
A produção do Queijo Minas Artesanal é feita com leite cru, é reproduzida há três séculos e é uma importante atividade econômica para a agricultura familiar em várias regiões de Minas oerais.
A forma de fazer a iguara é toda manual, sem nenhum processo mecânico, como uma forma de preservar o sabor de produção desenvolvido por pequenos produtores rurais do estado, como o produtor rural Delmar Luís de Macedo, que faz, em média 20 queijos por dia, tudo sozinho, em um processo que dura quase um mês.
“Tem que ser feito dentro da propriedade, o leite não pode sair da propriedade, o leite não pode ser esquentado, não pode ter alteração nenhuma, é o leite cru, pingo e coalho. O pingo é como se fosse o DNA de cada propriedade, é o segundo sorinho que a gente põe, é um fermento natural”, explica.
O segredo está na qualidade do leite. Como vai ser usado in natura, é preciso testar.
“O primeiro esguicho você joga fora e o outro você já põe aqui dentro, e você balança, que você vai ver a qualidade”.
Queijo Minas Artesanal ganha título da Unesco
Reprodução/TV Globo
Depois da ordenha, o leite recebe o pingo e o coalho. A mistura descansa por 40 minutos e, somente depois, vai para a fábrica, onde o queijo ganha forma, recebe o sal e vai para a maturação, que dura 22 dias.
O Brasil já tinha seis patrimônios culturais na lista da Unesco. O queijo minas é o primeiro alimento entre eles, reconhecimento de uma tradição com mais de 300 anos.
“É um passo fundamental para fortalecer a salvaguarda desse bem cultural, desses modos de fazer, desse conhecimento, acima de tudo a história, em segundo lugar essa identificação da territorialidade e também as características específicas e particulares que essa tradição carrega”, disse o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Para os mais de nove mil produtores mineiros, é a valorização do trabalho de toda uma vida.
“Uma grande conquista, o resultado de um trabalho secular, que já vem de pai para filho, várias gerações”, destaca o presidente da Amiqueijo, José Ricardo Ozólio.
“É aquele sentimento que pode viver da roça, que pode produzir, que ele pode ter uma vida digna aqui na propriedade rural. Hoje as pessoas vão fazer o queijo e vamos sentir orgulho, é como se fosse um filho”, completa Delmar.
Modo de fazer do Queijo Minas Artesanal foi reconhecido pela Unesco
Reprodução/TV Globo
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Fonte:

g1 > Turismo e Viagem

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