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Por que as carnes de frango e de porco estão mais caras? Entenda motivos dos avanços nas cotações

Esalq/USP de Piracicaba (SP) aponta que preços médios das carnes subiram em agosto pela demanda aquecida com fim das férias escolares e o Dia dos Pais. Desvalorização da carne de frango está relacionada ao aumento do poder de compra da população na primeira quinzena de junho.
Reprodução EPTV
Os preços médios das carnes de frango e de porco registraram altas no início de agosto, de acordo com levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP).
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Os avanços nas cotações na carne de frango, negociada no atacado nas regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto (SP) e Descalvado (SP), resultam da demanda aquecida e do aumento do poder de compra no início do mês com recebimento de salários, o fim das férias escolares e o Dia dos Pais, que têm ampliado a procura pela proteína, segundo pesquisadores do Cepea.
Levantamento do Cepea aponta que o preço médio do frango resfriado em São Paulo fechou em R$ 7,26 no dia 31 de julho deste ano. Nesta quinta-feira (8), o valor da proteína ficou em torno dos R$ 7,34, equivalente a variação mensal positiva de R$ 1,10%. -📝 Veja cotações aqui.
Os saldos das exportações da carne de frango também se mostraram positivos, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.
[…] Os embarques brasileiros de carne de frango (considerando-se os produtos in natura e industrializados) somaram 463,6 mil toneladas em julho, volume 6,4% superior ao de junho e 7,3% acima do de julho de 2023 – trata-se, ainda, do segundo melhor desempenho deste ano, destaca o Cepea.
Preços da carne suína e do frango registram alta no início de agosto, conforme levantamento da USP
Reprodução/TV TEM
Porco
O mercado brasileiro voltou a se aquecer neste início de agosto, depois de uma desaceleração nas negociações de suíno vivo na última semana de julho.
Os preços da proteína reagiram em grande parte das cinco regiões acompanhadas pelo Cepea, nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A cotação da carcaça de porco também se manteve firme, fechando entre R$ 11,68 e R$ 11,95 entre os dias 2 e 8 de agosto.
“Para a carne, agentes consultados pelo Cepea relatam melhora nas vendas, mas certa resistência por parte de compradores em aceitar os repasses dos aumentos do animal vivo aos cortes”, aponta o Centro de Estudos.
Preços da carne de porco
O Indicador Cepea/Esalq do quilo do suíno vivo fechou em R$ 8,05 no Posto de São Paulo no dia 8 de agosto, uma variação mensal positiva de 1,77%. Em Minas Gerais, o valor à vista ficou em torno dos R$ 8, com alta de 0,63% no mês.
Em Santa Catarina, o valor fechou em R$ 7,55 nesta quinta-feira (8), uma variação mensal positiva de 1,75%.
No Rio Grande do Sul, o indicador ficou em R$ 7,55, aumento de 1,75% na parcial de agosto, e no Paraná, o mês fechou em R$ 7,73, valorização mensal de mais de 1,30%.
“Os preços médios do suíno vivo e da carne registram três meses seguidos de alta. Em julho, especificamente, as cotações seguiram elevadas na maior parte do período, apesar dos leves recuos no final da segunda quinzena em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea. Inclusive, para o animal vivo, a média chegou a ser a mais alta desde fevereiro/21 em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de julho de 2024”, observou.
Recorde nas exportações
Quanto às exportações brasileiras de carne suína (produtos in natura e processados), dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em julho, foram embarcadas 137,1 mil toneladas, um recorde da série histórica da Secex, iniciada em 1997, além de expressivos 29,4% acima do volume de junho e significativos 31,5% maior que o enviado em julho do ano passado.
Exportação de carne suína tem queda em março de 2024
Arquivo Secom
Carne bovina
Um levantamento mais atualizado, divulgado pelo Cepea nesta quinta-feira (8), aponta que o mercado de animais para abate segue firme na maior parte do Brasil.
Segundo pesquisadores do Cepea, no mercado paulista, observa-se um recuo maior da indústria em comparação às demais regiões, na tentativa de evitar novos ajustes do preço da arroba.
As compras efetuadas antecipadamente, seja por meio de contratos ou mesmo no spot na semana anterior, têm facilitado esse posicionamento.
“Em geral, frigoríficos consultados pelo Cepea que buscam completar escalas e/ou atuam prioritariamente no spot têm encontrado certa dificuldade para novas aquisições, sobretudo nos valores menores do intervalo vigente”, analisa.
“A abertura pontual de preços maiores também possibilita à indústria preencher novas escalas e, num momento seguinte, evitar compra de volumes maiores, o que alivia a pressão de demanda”, destaca o Cepea.
Outro fator que, neste momento, diminui a necessidade de aumento de preços por parte da indústria é a possibilidade de queda brusca de temperatura nos próximos dias, o que pode fazer com que pecuaristas busquem vender mais rapidamente os animais prontos.

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Fonte:

g1 > Agronegócios

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