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ES é o maior produtor e exportador de gengibre do Brasil; expectativa é de 84 mil toneladas em 2024

Espírito Santo exporta para mais de 100 países. Raiz se adaptou melhor em cidades na região serrana do estado. ES é o estado que mais produz e mais exporta gengibre no país
O Espírito Santo é o estado do Brasil que mais produz e exporta gengibre no Brasil. Maio marca o início da colheita, e a expectativa esse ano é que a produção no ano de 2024 chegue a 84 mil toneladas.
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Cerca de 90% do gengibre plantado no estado está nos municípios de Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Domingos Martins.
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A raiz se adaptou bem à região montanhosa. No início a cultura foi chegando devagar, nos anos 90, e hoje é cultivada por mais de 3.500 famílias.
“A gente começou com a produção pequena, hoje como aqui a maioria é tudo família que faz parte da cultura do gengibre, então a gente hoje planta em média de 15, a 18 até 20 mil quilos. A gente já tem que pegar as melhores sementes, pegar umas áreas novas de terra, e isso no final você evita muita doença. No final a gente sempre deseja chegar em um ponto de colher um gengibre bom também e tentar vender com um preço justo de mercado”, disse o produtor rural, Erineu Plaster.
Produção de gengibre no Espírito Santo é a maior do país
Reprodução/TV Gazeta
O amarelamento das folhas é um sinal de que o gengibre pode começar a ser colhido. Na propriedade do Erineu, em Santa Maria de Jetibá, a melhor colheita vai acontecer entre junho e julho. O tombamento das folhas é sinal que o gengibre está maduro e pode ser colhido.
“Aqui na propriedade a gente tem priorizado colher um pouco mais no começo. A gente faz um intervalo, faz mais uma colheita no meio do ano, lá para o mês sete, oito e em novembro, dezembro, a gente costuma tirar o resto. A gente não sabe o preço final, aí a gente pega essas três alternativas. A gente pega o preço no começo da colheita, no meio e no final”, explicou o produtor.
A caixa com 13,6 quilos deve ser vendida no mercado nacional entre R$ 50 e R$ 60. O gengibre capixaba se destaca também no mercado internacional.
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Os produtores de gengibre do espírito santo são orientados pelo Incaper, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural.
“Inicialmente a gente só colhia a partir de maio, que é o período em que o gengibre começa a amadurecer. É que o rizoma começa a apresentar as características de amadurecimento. Concomitante a isso, o período em que a gente começa a mandar nosso produto por via marítima. O produto após maduro ele consegue ter um tempo de prateleira maior e suportar a viagem de navio, que dura aí de 18 a 24 dias, dependendo do destino. E nesse outro período, que a gente chama de entre safra, que vai de janeiro a abril, a gente comercializa o produto ainda verde, que esse ano estava em um tamanho muito bom, e permitiu que a gente conseguisse enviar esse produto de forma mais evidente, em maior quantidade, porque os preços no início do ano estavam bastante atrativos. Só que esse produto, por estar verde, ele vai para fora do país de avião”, pontuou o extensionista do Inpcar, Galderes Magalhães.
Colheita de gengibre começa em maio no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Os produtores conseguem fazer o manejo correto, o que gera um gengibre de qualidade e de tamanho maior do que o produzido pela China e Peru, principais concorrentes do produto brasileiro.
” A gente teve boas chuvas de verão que fizeram com que as plantas absorvessem bastante nutrientes. Aqueles produtores que fazem o seu manejo produtivo adequadamente conseguiu fazer com que essas plantas se desenvolvessem perfeitamente e atingissem o tamanho de mercado já no mês de fevereiro”, comentou o extensionista.
Estados Unidos, Cadaná, Europa, Oriente Médio. São mais de 100 países que consomem o gengibre produzido aqui no Espírito Santo. É também uma tradição em família. O Hiago deu continuidade à exportação que o pai começou.
” A gente precisava desse feedback de como essa mercadoria estava chegando lá fora para poder a gente fazer a correção no que sai daqui no Brasil. A gente mandou um dos donos morar na Holanda e ele recebia toda a mercadoria no período da safra, que são seis meses. Ele recebia toda essa mercadoria e, a partir disso, ele trazia informações do que tinha que ser melhorado na expedição aqui no Brasil, que é a qualidade, questão da seleção, a mercadoria bem seca, dentro do peso, sem doenças”, contou o exportador Hiago Santana.
Espírito Santo importa gengibre para Estados Unidos, Oriente Médio dentre outros países
Reprodução/TV Gazeta
Para marcar a abertura oficial da colheita do gengibre, um evento o reuniu cerca de 70 produtores em uma propriedade em Santa Maria de Jetibá.
A Raquel Bremenkamp é produtora iniciante e disse que vai aplicar na propriedade o que aprendeu no encontro de produtores.
“Melhoramento genético, seleção melhor de mudas, trato melhor no pós colheita para exportação não rejeitar o produto da gente… Pra gente que tá iniciando agora, isso é essencial. De ter uma boa cultura e também uma boa pós colheita”, disse Raquel.
Tanto exportador, quanto produtor estão sempre aprendendo e atualizando as técnicas.
“O Brasil tem conseguido alcançar um patamar de qualidade maior a cada ano, e isso tem trazido um benefício para o produtor, que é a valorização da mercadoria”, finalizou Hiago.
Gengibre se adaptou em algumas cidades no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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