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De sensores de solo a máquinas versáteis, tecnologias otimizam custos no cultivo de grãos

Maior feira de agronegócio do país, Agrishow tem opções com investimentos a partir de R$ 7 mil e inovações que prometem baixar em até 90% os gastos dos produtores. Agrishow 2024: tecnologias de monitoramento ajudam a reduzir custos no campo
A queda da safra de grãos é, em parte, consequência dos efeitos do clima, mas uma parte dos prejuízos contabilizados pelos produtores têm relação com problemas como desperdício de matérias-primas, falhas humanas e equipamentos obsoletos. Em culturas como a cana-de-açúcar, por exemplo, a perda média de uma plantação, no Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 20%.
Para fazer frente a isso, empresas apostam na popularização de soluções que aumentam a precisão dos processos. Máquinas multiculturas, sensores de solo que economizam água e mapeamentos remotos com uso de inteligência artificial estão entre as alternativas que podem ser conferidas na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP).
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“Acredito que a saída é a educação, é a capacitação e o entendimento de todos os envolvidos no processo agrícola para aumentar a precisão e diminuir perdas. A tecnologia e a inteligência artificial já são realidade no campo”, afirma o engenheiro agrônomo e presidente da Herbicat, Luis Cesar Pio.
A empresa acaba de lançar durante a Agrishow um piloto automático com visão computacional e IA. O objetivo é danificar o mínimo possível a plantação.
Trata-se de um sistema de câmeras capaz de identificar linhas de plantio e evitar contato entre o trator e a plantação. As câmeras se comunicam por cabo com um computador de bordo que está ligado à direção do trator. A empresa garante que o sistema funciona em qualquer tamanho de máquina e reduz a perda para a média de 5%.
Máquina de multiculturas das Indústrias Colombo
Divulgação/ Indústrias Colombo
Máquinas adaptadas
Produtores que optam pelo plantio de mais de uma cultura no mesmo solo visam potencializar os ganhos. Isso é mais comum em médias e pequenas propriedades, como aponta o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Manoel Ricardo de Albuquerque.
“Para haver ganhos em termos de produção e qualidade do solo nestes casos é necessário observar uma série de fatores. Técnicas específicas para o controle de erosão, calagem e adubação, além de uso de equipamentos e maquinários adequados é essencial”, aponta.
Parte da indústria percebeu que o equipamento capaz de colher feijão com precisão não tinha o mesmo sucesso na colheita de amendoim, por exemplo.
“A saída muitas vezes acaba sendo utilizar o mesmo trator e uma plataforma determinada para cada tipo de cultura, mas esse trator quase sempre vai danificar o grão”, diz Neto Colombo, diretor de operações das Indústrias Colombo.
Também com a promessa de índices mínimos de perda, Neto explica que a colhedora Avanti, lançamento da marca, é capaz de um fluxo de baixo impacto do material a ser trilhado, ou seja, não danifica a semente quando a plataforma recolhedora passa por cima do solo semeado. A versão mais compacta da colhedora acaba de ser lançada na Agrishow e custa em torno de R$ 3,2 milhões.
“A esteira de descarregamento composta por lona de borracha mantém a alta integridade de grãos e agrega valor no produto. A compra do feijão ou do amendoim no mercado é visual, além de menores perdas, visualmente será um produto mais bonito.”
Sistema que monitora necessidade de água na irrigação promete aumentar economia em até 30%
Divulgação/Valley

Sensores que economizam água
“Água em excesso é tão prejudicial quanto a falta dela na lavoura”, explica o gerente comercial da Valley, Sandro Rodrigues. Por isso, cada vez mais opções de controle da irrigação são procuradas pelos produtores. Sensores de solo ligados aos bicos de irrigação e controle meteorológico são a base da plataforma recentemente lançada pela empresa.
A empresa promete economia de até 30% de água com um investimento de aproximadamente R$ 15 mil.
“O sistema é capaz de jogar todas as informações para o aplicativo de celular, o produtor recebe as informações hídricas da plantação e consegue alterar o planejamento de irrigação se necessário.”
Sistema que monitora necessidade de água na irrigação promete aumentar economia em até 30%
Divulgação/ Valley
Mapeamento remoto e IA
A Climate FieldView, plataforma da alemã Bayer, aposta na grande base de clientes para popularizar seu sistema capaz de identificar falhas, corrigir planos e mapeamento inteligente. O equipamento é acoplado ao maquinário e joga as informações para um tablet ou para um celular. Guilherme Belardo, líder de desenvolvimento de negócios da empresa, explica como ele funciona.
“A combinação de dados, informações, insights e soluções possibilita a correção rápida de situações mais urgentes pelo próprio operador e também um planejamento mais preciso do produtor com o banco de dados que ele vai criando”, diz.
Esse equipamento custa em média R$ 7 mil para quem não é cliente da Bayer e, segundo a marca, é o primeiro passo para digitalização da propriedade. Há uma escala de produtos que são oferecidos ao cliente depois desse passo.
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Produtores que já possuem um histórico digital da plantação e visam uma economia mais detalhada, como em qual parte da propriedade plantar determinada semente, são o público da Basf, que acaba de lançar uma série de softwares interligados com satélite que avaliam imagens detalhadas, criando mapas de potencial produtivo.
A plataforma é capaz de avaliar diferentes tipos de solos e identificar a previsão de colheita.
“A plataforma vai te entregar uma projeção antecipada. É como se ele te desse o mapa de produção de determinada área antes mesmo do plantio”, afirma Alan Castro, coordenador de desenvolvimento da Xarvio, uma divisão de IA da Basf.
O serviço utiliza informações do satélite desde 2016 e é capaz de fazer uma média ou a evolução do que ocorreu no terreno nos diferentes meses do ano.
“Nós temos um mapeamento digital feito 100% por inteligência artificial com diferentes funções capaz de, se lido corretamente, resultar em uma economia de 90% no uso de herbicidas.”
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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