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Menor demanda da Ásia faz exportação brasileira de carne suína ter queda de volume e receita em março, aponta USP

Retração, segundo o Cepea-Esalq em Piracicaba (SP), equivale a queda de 14,3% na comparação com março de 2023 e recuo de 6,3% em relação a fevereiro de 2024. Preços do suíno vivo e da carne do animal também caíram em janeiro de 2024
Divulgação
O Brasil registrou queda no volume e receita das exportações de carne de porco em março de 2023, de acordo com dados analisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP). Segundo pesquisadores do Cepea, a retração no volume exportado se deve à menor demanda de importantes parceiros do Brasil na Ásia, como China, Hong Kong e Singapura. – 👇Leia em detalhes, abaixo.
O país embarcou 90,7 mil toneladas de carne suína, em produtos in natura e processados, em março deste ano, conforme apontam dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea. O montante representa queda de 14,3% na comparação com março de 2023 e recuo de 6,3% em relação a fevereiro de 2024.
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Receita
O montante de R$ 953,2 milhões arrecadado em março deste ano, é 25,9% menor que a receita observada com as exportações de carne suína no mesmo mês em 2023. Na comparação com fevereiro de 2024, a quantia ficou 6% abaixo.
“No balanço trimestral, exportadores brasileiros receberam R$ 2,9 bilhões, queda de 11,8% frente ao mesmo intervalo do ano passado”, detalhe o Cepea.
Exportação de carne suína tem queda em março de 2024
Arquivo Secom
Trimestre
Ainda assim, no primeiro trimestre de 2024, o total escoado somou 286 mil toneladas, 5,3% acima do embarcado nos três primeiros meses do ano passado e um recorde para o período, considerando-se a série histórica da Secex, iniciada em 1997.
Volume de R$ 953,2 milhões, arrecadado em março deste ano, é 25,9% menor que a receita observada com as exportações de carne suína
Reprodução/Globo Rural
Preços do suíno
O Indicador Cepea/Esalq do quilo do suíno vivo fechou em R$6,65 no Posto de São Paulo em março deste ano, uma variação mensal negativa de 0,89%. Em Santa Catarina, o valor fechou em R$ 5,99, queda de 1,48%. No Rio Grande do Sul, o indicador ficou em R$ 6,13, recuo de 0,49% em março, e no Paraná, o mês fechou em R$ 6,24, retração de 0,95%.
Em Minas Gerais, o suíno vivo, fechou março deste ano em alta de 2,98%, com valor de R$ 6,57.
Os preços do suíno vivo e da carne do animal também caíram em janeiro de 2024. Segundo pesquisadores do Cepea, as quedas foram resultado do baixo ritmo de exportação da proteína e da demanda interna enfraquecida.
Janeiro
Nos primeiros 19 dias úteis de janeiro, a média diária de carne suína embarcada foi de 3,7 mil toneladas, significativos 22,7% abaixo do desempenho apresentado em dez/23 – dados da Secex.
No mercado doméstico, as vendas fracas estiveram atreladas ao menor poder de compra da população em fim de mês, ao recesso escolar e à oferta elevada de suínos.
Na comparação com dezembro de 2023, o indicador do suíno vivo fechou com todos os patamares menores em todos os estados acompanhados pelo Cepea em janeiro de 2024.
Em Minas Gerais, a cotação do animal ficou em $ 6,87. No Paraná, a R$ 6,15. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que tiveram os menores preços, o valor fechou em R$ 6,08 e em São Paulo, a R$ 6,55.
Indicador do Boi Gordo feiro pelo Cepea encerra janeiro de 2024 com queda acumulada de 2,9%, fechando a RR 245.
Agência Pará via BBC
Carnes concorrentes
Os preços médios da carne suína caíram levemente em março, enquanto os valores da de frango e da bovina apresentaram recuos um pouco mais intensos – todas no atacado da Grande São Paulo. Diante desse cenário, a competitividade da proteína suína caiu, em relação a fevereiro, frente às principais substitutas.
Boi gordo
O Indicador do Boi Gordo Cepea/B3 (estado de São Paulo) registrou queda de cerca de 10% em 2023. O cenário tem levado produtores a limitarem a oferta de animais para abate desde o final de março.
“As condições insatisfatórias das pastagens em muitas regiões dificultam a obtenção de animais prontos para abate só a pasto. No atacado da Grande São Paulo, levantamento do Cepea mostra que o mercado da carne com osso segue em ritmo lento, sem exigir pressão de compra pelos frigoríficos, que continuam com escalas confortáveis”, aponta o Cepea.
As exportações, por sua vez, depois de caírem entre fevereiro e março, voltaram a crescer em abril. Dados da Secex apontam que, na primeira semana do mês, foram 54,7 mil toneladas de carne bovina in natura escoadas pelo Brasil, o equivalente a mais de 10 mil toneladas in natura por dia.
“Se mantido esse ritmo, a demanda de frigoríficos pode se intensificar e trazer algum ânimo a pecuaristas, especialmente aos paulistas”, aponta o Cepea.
Após iniciar janeiro acima dos R$ 252 a arroba, o Indicador do Boi Gordo feito pelo Cepea encerra janeiro de 2024 com queda acumulada de 2,9%, fechando no último dia do mês a R$ 245.
Segundo pesquisadores do Cepea, as escalas de abate relativamente alongadas têm pressionado as cotações da arroba, sobretudo para animais destinados ao abastecimento do mercado doméstico.
“De modo geral, os preços oferecidos pelos frigoríficos não têm agradado produtores e geram certo desânimo para a reposição. Sem muita possibilidade de segurar os animais no pasto ou no cocho, tendo em vista que eleva os custos, pecuaristas tradicionais e confinadores vão testando seus limites individuais de viabilidade, tentando regular a oferta”, observa o Cepea.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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