Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do estado, espera colher 15 mil toneladas da fruta. Cidade já é conhecida pela produção e envia o produto para todas as regiões do país, inclusive para o exterior. Conheça a cidade do ES que produz tomate para todo o Brasil
Uma cidade na Região Serrana do Espírito Santo é tão conhecida pela produção de tomate que há 37 anos realiza uma festa exclusiva para homenagear a fruta que movimenta a economia local. O evento é realizado na comunidade de Alto Caxixe, em Venda Nova do Imigrante, cidade que é a maior produtora da fruta no estado, envia tomate para praticamente todo o país e até exporta.
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A tradicional festa tem eleição da rainha e escolha do melhor tomate, além de shows musicais e exposições agrícolas. A fruta ganha mais importância na cidade graças a produtores como o Luiz Felipe Uliana. Sua família já é a terceira geração de produtores de tomate.
“Veio um japonês de fora e plantou alguns pés de tomate. Meu avô conhecia esse japonês e, ainda bem jovem, esse rapaz chamou meu avô para poder ajudar a manusear o tomate, amarrar, colher, essa coisas. Meu avô já se interessou um pouco com o tomate. E depois disso, meu avô começou a planta alguns pés, pouca coisa, pouca tecnologia, produção baixíssima. Dali para cá só vem aumentando, passando de geração em geração, até chegar na gente”, contou o agricultor Luiz Felipe.
Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do Espírito Santo, tem até festa do tomate
Reprodução/TV Gazeta
A colheita acontece todos os dias. Em média, são 15 mil caixas de 20 quilos por semana.
“A lavoura tá um negócio assim, de tirar o chapéu: alta produtividade, muito bem cuidada. O manejo das pragas, das doenças, foi mais eficiente este ano. Então, você vê que as plantas estão verdes, a planta realiza uma quantidade de fotossíntese maior, consequentemente, a produtividade vai ser maior do que as anteriores”, explicou Hélcio Costa, pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
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Luiz Felipe faz todo o plantio em campo aberto, mas pensa futuramente em mudar para o cultivo em estufas, que protegem os pés da chuva, vento ou sol forte.
“O cultivo protegido hoje vem trazendo muita segurança na produção. Então, é uma realidade. Porém, é um processo lento. Mas é uma realidade sim de estar partindo para as estufas”, comentou o produtor.
O tomate produzido em Venda Nova do Imigrante é exportado para o país inteiro
Reprodução/TV Gazeta
Em Venda Nova, 70% dos produtores trabalham com o plantio em campo aberto e o tomate mais cultivado é o longa vida, ou tomate de mesa, o mais vendido no mercado. O primeiro tomate longa vida foi lançado em 1989, após 15 anos de estudos em Israel.
A cidade, inclusive, ganhou o título de Capital Nacional do Agroturismo, reconhecido até por lei sancionada pelo presidente Lula.
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Perto dos campos e das estufas de tomates estão os galpões de beneficiamento. Na cidade, boa parte dos produtores conta com um. O agricultor Vanderlei Cesconetti administra um desses galpões e todo tomate colhido nas diferentes lavouras que ele tem na Região Serrana vão para os galpões.
Nos galpões, tomates são separados por cor, tamanho e peso
Reprodução/TV Gazeta
Depois de descarregar os caminhões, os tomates são lavados, separados e classificados de acordo com a cor, tamanho e peso.
“A gente resolveu expandir para outras regiões devido ao clima, para poder ter produção o ano todo. Então, a gente trabalha de 300 a 1.100 metros de altitude para poder conseguir intercalar a produção o ano todo e também para ter mão de obra. O tomate é uma coisa que exige muita mão de obra. E tem regiões que têm mais mão de obra que a nossa aqui para se trabalhar. Há também fatores climáticos. Se a gente sofrer um problema climático em uma região, não afeta a outra, e a gente não fica sem produção, fica o tempo todo produzindo”, disse Vanderlei.
Produtores pensam em fazer o cultivo de tomate em estufas
Reprodução/TV Gazeta
O produto embalado no Espírito Santo é enviado para todas as regiões do país. Apenas 2% de tudo o que é produzido em solo capixaba fica no próprio estado.
“A gente investiu em uma logística um pouco mais longe para poder ter menos concorrência. Então, a gente hoje trabalha com câmeras frias, para poder levar uma fruta de qualidade nas maiores distâncias e no menor tempo da colheita ao consumidor. Isso dá pra ter um produto um pouco melhor”, contou o agricultor.
A safra vai de agosto de 2023 a agosto de 2024 e a expectativa é colher 15 mil toneladas, 3 mil a mais do que a safra anterior. É uma das maiores dos últimos anos.
De agosto a dezembro de 2023, o clima quente ajudou no desenvolvimento do fruto. Porém, a chuva deste começo de ano destruiu uma pequena parte da produção. Apesar de reduzir um pouco a expectativa de colheita, ainda está a cima da anterior.
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A produção capixaba é enviada para países próximos, por conta da durabilidade do produto. São países como Argentina, Uruguai e Paraguai.
Há quase dez anos, ele usa o sistema de rastreabilidade, com etiquetas contendo informações sobre etapas de produção, transporte, armazenamento e comercialização. Isso facilitou a exportação dos produtos capixabas.
Orgulho do cultivo do pai
Olhando para tudo o que construiu até agora, Vanderlei lembra com orgulho de quando o pai resolveu investir no cultivo de tomate.
“Meu pai começou lá atrás, plantou 2 mil pés de tomate, segundo ele, e hoje tem um volume bastante grande na região. O tomate capixaba ele é muito bem aceito no Brasil inteiro pela qualidade da fruta. Então, pra gente, é um orgulho estar trabalhando com isso o tempo todo, ver uma festa igual a que se formou na região. Pra gente é muito bacana isso”, comentou o produtor Vanderlei.
Um cultivo que foi ganhando cada vez mais espaço no mercado.
“O mercado de 2 anos para cá está muito bom por causa da qualidade. A qualidade do nosso tomate, quando você vê na máquina, você fica apaixonado pelo tomate. O pessoal aprendeu a trabalhar com o tomate, muito tempo de convivência. Então, onde chega o tomate do Espírito Santo, muda a realidade de região”, pontuou o pesquisador do Incaper.
Pesquisadores apontam que o mercado do cultivo de tomate vem crescendo a cada ano no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
E a cidade se aproveita dessa produção. Tanto que a festa ficou tão famosa que atrai milhares de pessoas. Na edição deste ano, foram mais de 20 mil pessoas.
“Hoje, a festa do tomate é exatamente por isso, para interagir as pessoas para conhecer a região, vem gente de tudo quanto é lugar, outros estados, até gente de fora do Brasil. Isso é importante para o produtor conversar entre eles, ver experiência de cada um. A festa também é para isso, é apra troca de experiência entre os produtores”, relatou o pesquisador do Incaper, Hélcio Costa.
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Uma cidade na Região Serrana do Espírito Santo é tão conhecida pela produção de tomate que há 37 anos realiza uma festa exclusiva para homenagear a fruta que movimenta a economia local. O evento é realizado na comunidade de Alto Caxixe, em Venda Nova do Imigrante, cidade que é a maior produtora da fruta no estado, envia tomate para praticamente todo o país e até exporta.
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A tradicional festa tem eleição da rainha e escolha do melhor tomate, além de shows musicais e exposições agrícolas. A fruta ganha mais importância na cidade graças a produtores como o Luiz Felipe Uliana. Sua família já é a terceira geração de produtores de tomate.
“Veio um japonês de fora e plantou alguns pés de tomate. Meu avô conhecia esse japonês e, ainda bem jovem, esse rapaz chamou meu avô para poder ajudar a manusear o tomate, amarrar, colher, essa coisas. Meu avô já se interessou um pouco com o tomate. E depois disso, meu avô começou a planta alguns pés, pouca coisa, pouca tecnologia, produção baixíssima. Dali para cá só vem aumentando, passando de geração em geração, até chegar na gente”, contou o agricultor Luiz Felipe.
Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do Espírito Santo, tem até festa do tomate
Reprodução/TV Gazeta
A colheita acontece todos os dias. Em média, são 15 mil caixas de 20 quilos por semana.
“A lavoura tá um negócio assim, de tirar o chapéu: alta produtividade, muito bem cuidada. O manejo das pragas, das doenças, foi mais eficiente este ano. Então, você vê que as plantas estão verdes, a planta realiza uma quantidade de fotossíntese maior, consequentemente, a produtividade vai ser maior do que as anteriores”, explicou Hélcio Costa, pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
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Luiz Felipe faz todo o plantio em campo aberto, mas pensa futuramente em mudar para o cultivo em estufas, que protegem os pés da chuva, vento ou sol forte.
“O cultivo protegido hoje vem trazendo muita segurança na produção. Então, é uma realidade. Porém, é um processo lento. Mas é uma realidade sim de estar partindo para as estufas”, comentou o produtor.
O tomate produzido em Venda Nova do Imigrante é exportado para o país inteiro
Reprodução/TV Gazeta
Em Venda Nova, 70% dos produtores trabalham com o plantio em campo aberto e o tomate mais cultivado é o longa vida, ou tomate de mesa, o mais vendido no mercado. O primeiro tomate longa vida foi lançado em 1989, após 15 anos de estudos em Israel.
A cidade, inclusive, ganhou o título de Capital Nacional do Agroturismo, reconhecido até por lei sancionada pelo presidente Lula.
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Perto dos campos e das estufas de tomates estão os galpões de beneficiamento. Na cidade, boa parte dos produtores conta com um. O agricultor Vanderlei Cesconetti administra um desses galpões e todo tomate colhido nas diferentes lavouras que ele tem na Região Serrana vão para os galpões.
Nos galpões, tomates são separados por cor, tamanho e peso
Reprodução/TV Gazeta
Depois de descarregar os caminhões, os tomates são lavados, separados e classificados de acordo com a cor, tamanho e peso.
“A gente resolveu expandir para outras regiões devido ao clima, para poder ter produção o ano todo. Então, a gente trabalha de 300 a 1.100 metros de altitude para poder conseguir intercalar a produção o ano todo e também para ter mão de obra. O tomate é uma coisa que exige muita mão de obra. E tem regiões que têm mais mão de obra que a nossa aqui para se trabalhar. Há também fatores climáticos. Se a gente sofrer um problema climático em uma região, não afeta a outra, e a gente não fica sem produção, fica o tempo todo produzindo”, disse Vanderlei.
Produtores pensam em fazer o cultivo de tomate em estufas
Reprodução/TV Gazeta
O produto embalado no Espírito Santo é enviado para todas as regiões do país. Apenas 2% de tudo o que é produzido em solo capixaba fica no próprio estado.
“A gente investiu em uma logística um pouco mais longe para poder ter menos concorrência. Então, a gente hoje trabalha com câmeras frias, para poder levar uma fruta de qualidade nas maiores distâncias e no menor tempo da colheita ao consumidor. Isso dá pra ter um produto um pouco melhor”, contou o agricultor.
A safra vai de agosto de 2023 a agosto de 2024 e a expectativa é colher 15 mil toneladas, 3 mil a mais do que a safra anterior. É uma das maiores dos últimos anos.
De agosto a dezembro de 2023, o clima quente ajudou no desenvolvimento do fruto. Porém, a chuva deste começo de ano destruiu uma pequena parte da produção. Apesar de reduzir um pouco a expectativa de colheita, ainda está a cima da anterior.
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A produção capixaba é enviada para países próximos, por conta da durabilidade do produto. São países como Argentina, Uruguai e Paraguai.
Há quase dez anos, ele usa o sistema de rastreabilidade, com etiquetas contendo informações sobre etapas de produção, transporte, armazenamento e comercialização. Isso facilitou a exportação dos produtos capixabas.
Orgulho do cultivo do pai
Olhando para tudo o que construiu até agora, Vanderlei lembra com orgulho de quando o pai resolveu investir no cultivo de tomate.
“Meu pai começou lá atrás, plantou 2 mil pés de tomate, segundo ele, e hoje tem um volume bastante grande na região. O tomate capixaba ele é muito bem aceito no Brasil inteiro pela qualidade da fruta. Então, pra gente, é um orgulho estar trabalhando com isso o tempo todo, ver uma festa igual a que se formou na região. Pra gente é muito bacana isso”, comentou o produtor Vanderlei.
Um cultivo que foi ganhando cada vez mais espaço no mercado.
“O mercado de 2 anos para cá está muito bom por causa da qualidade. A qualidade do nosso tomate, quando você vê na máquina, você fica apaixonado pelo tomate. O pessoal aprendeu a trabalhar com o tomate, muito tempo de convivência. Então, onde chega o tomate do Espírito Santo, muda a realidade de região”, pontuou o pesquisador do Incaper.
Pesquisadores apontam que o mercado do cultivo de tomate vem crescendo a cada ano no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
E a cidade se aproveita dessa produção. Tanto que a festa ficou tão famosa que atrai milhares de pessoas. Na edição deste ano, foram mais de 20 mil pessoas.
“Hoje, a festa do tomate é exatamente por isso, para interagir as pessoas para conhecer a região, vem gente de tudo quanto é lugar, outros estados, até gente de fora do Brasil. Isso é importante para o produtor conversar entre eles, ver experiência de cada um. A festa também é para isso, é apra troca de experiência entre os produtores”, relatou o pesquisador do Incaper, Hélcio Costa.
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