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Enem 2023: bancada do agro critica cunho ideológico em três questões e quer convocar ministro

Frente Parlamentar da Agropecuária, integrada por parlamentares ruralistas, divulgou nota na qual pede explicações do governo sobre questões do exame realizado neste domingo (5). A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou nota nesta segunda-feira (6) na qual pede ao governo federal explicações sobre questões do primeiro etapa do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), aplicada neste domingo (5).
No documento, a FPA pede a anulação de três questões (89, 70 e 71) do Exame, pois, na avaliação da entidade, as perguntas “são mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica” e permitem “que o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista”.
A FPA diz ainda que as questões têm “cunho ideológico”, e foram elaboradas “sem critério científico ou acadêmico”.
Na nota, o grupo de parlamentares ligado ao agronegócio pede a anulação das três questões. E afirma que apresentará um requerimento de convocação do Ministro da Educação, Camilo Santana, para audiências públicas na Câmara dos Deputados e no Senado sobre o tema.
A bancada do agronegócio diz ainda que pedirá informações ao Ministério da Educação “sobre a banca organizadora do Enem 2023 e referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame”.
“A anulação das questões é indiscutível, de acordo com literaturas científicas sobre a atividade agropecuária no Brasil e no mundo, em respeito à academia científica brasileira”, diz a nota.
Para a FPA, houve “negacionismo científico” contra um setor que confere “segurança alimentar ao Brasil e ao mundo”.
“O setor agropecuário representa toda a diversidade da agricultura: pequenos, médios e grandes. Somos um só e não aceitaremos a divisão para estimular conflitos agrários”, diz o documento.
Redes sociais
Alguns parlamentares também se manifestaram em suas redes sociais sobre o Enem.
O deputado federal Zucco (Republicanos-RS) afirmou que a prova incita “ódio ao agronegócio”, e disse que apresentará pedido de convocação dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
“O uso da máquina pública para fins ideológicos precisa ser explicado e exige retratação”, disse.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que a prova do Enem ataca “covardemente o setor que põe comida no prato do brasileiro”.
“Qual a intenção daqueles que elaboraram uma questão tão leviana? Usar a educação para ‘impor mentiras’ e ainda desrespeitar o agro. Um absurdo!”, disse.
O deputado federal Tião Medeiros (PP-PR) afirmou que as questões contestadas são “enviesadas” e precisam ser anuladas.
“Enquanto nós batalhamos dia-a-dia para construir uma imagem positiva do agronegócio, como pilar da economia, formador de mão-de-obra, gerador de renda, vem o ENEM e nos joga contra a juventude do País. Um verdadeiro absurdo”, declarou.
Enem
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), cerca de 3,9 milhões se inscreveram para realizar o Enem neste ano. A taxa de abstenção foi de 28,1%.
No primeiro dia de provas, os estudantes fizeram:
📚 45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol)
📖 45 questões de ciências humanas
📝 Redação
O Enem serve como ingresso para universidades e institutos públicos e privados. É realizado por estudantes ao término da educação básica.
O Enem pode ser critério único ou complementar dos processos seletivos e também para acesso, por exemplo, ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e ao Programa Universidade para Todos (Prouni).
Os resultados do exame Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas.

Fonte:

g1 > Agronegócios

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