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Chuvas de outubro impactam safra de cana-de-açúcar e pastagens na região de Piracicaba, diz meteorologista da USP

Volume de chuvas acumulado em quase 233 milímetros no mês pode favorecer crescimento de pastagens e lavouras. No caso da cana-de-açúcar, porém, pode atrasar colheita. Colheita de cana-de-açúcar é a principal responsável pela produção agrícola em Piracicaba
Murillo Gomes/G1
O outubro chuvoso, com volume acumulado em quase 233 milímetros no mês, deverá ter reflexos positivos na agricultura da região de Piracicaba (SP), de acordo com análise do professor e pesquisador Fábio Marin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz (Esalq)”, o campus da Universidade de São Paulo (USP) na cidade.
“Essas chuvas registradas em outubro são bastante importantes. Foi um volume bastante significativo e isso ajuda bastante na recuperação das pastagens da região. Além de iniciar o crescimento da cana-de-açúcar que vai ser colhida no próximo ano. Já começa a levantar uma probabilidade de que a próxima safra também seja boa, assim como foi essa de 2023”, observa o pesquisador.
Este mês de outubro registrou 232,9 milímetros de chuvas acumuladas em Piracicaba (SP), de acordo com medição do Posto Meteorológico (LEB) da Escola de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP). O volume é o quarto maior já registrado nos últimos 106 anos, desde que instituição iniciou a série histórica de monitoramento, em1917.
Plantação de cana-de-açúcar
GATec
Cana-de-açúcar
Com as chuvas de outubro, conforme explica o professor Fábio Marin, o crescimento da cana-de-açúcar e das demais lavouras que já foram plantadas pelos produtores desde o fim de setembro começa mais cedo que o esperado. Isso favorece os cultivos.
Restrições
A única restrição que as chuvas registradas em outubro podem provocar, aponta o professor da Esalq, é que refere-se à bisada, aquela que que não vai ser colhida neste ano e será deixada para o ano que vem.
“Isso acaba sendo um problema para as usinas porque implica em dificuldades de manejo e demais situações decorrentes disso. Com essa chuva de outubro atrasou ainda mais uma colheita que já vinha atrasada antes. Então, deve sobrar mais cana para o ano que vem. Isso não é bom para as usinas”, pontua.
Porém, Marin assegura que essa sobra não representa grande problema para as usinas.
“Não chega a ser um prejuízo para as usinas porque essa safra foi muito boa. Mas, sempre que se deixa a cana para o outro ano, ela ficar pior em termos de qualidade e acaba sendo um transtorno. As usinas estavam correndo para tentar adiantar ao máximo a colheita e não conseguiram por conta da chuva de outubro”, explicou.
Imagens da chuva em Piracicaba
Edijan Del Santo/EPTV
Quarto outubro mais chuvoso desde 1917
Com 232,9 milímetros de precipitação acumulados, o mês de outubro deste ano foi o quarto mais chuvoso em mais de um século, aponta medição do Posto Meteorológico (LEB) da Escola de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) , em Piracicaba (SP).
De acordo com os registros do Posto Meteorológico da Esalq, o primeiro outubro mais chuvoso foi registrado em 1982, com total de 254,5 milímetros de chuvas acumulados no período. Seguido dos anos de 1992, com 242,1 milímetros em volume, e 1996, quando o décimo mês somou 238,5 milímetros.
Neste ano, a última semana de outubro teve dias de chuvas intensas.
Foram registradas nove árvores caídas após chuvas da tarde desta terça-feira (31) em Piracicaba.
CCS/Prefeitura de Piracicaba
A chuva que caiu sobre Piracicaba (SP) acompanhada de fortes ventos, no último dia 31 de outubro, causou queda de nove árvores, segundo informações da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap). Houve ainda interrupção de energia e alagamentos de imóveis residenciais e de espaços públicos. Escolas municipais precisaram interromper as aulas.
Segundo dados da Defesa Civil, choveu cerca de 15 milímetros em apenas 15 minutos. A previsão de chuva nesta quarta-feira, (1º) é de oito milímetros.
Houve ainda interrupção de energia e alagamentos de imóveis residenciais e de espaços públicos. Escolas municipais precisaram interromper as aulas.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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