Governo do Rio Grande do Sul declarou, na sexta-feira (28), estado de emergência em saúde animal por conta dos casos da doença no estado. Não há registro da doença em aves comerciais ou em criações de animais. Único foco de gripe aviária no RS foi registrado em maio, na Estação Ecológica do Taim; não há casos registrados em aves para consumo
ICMBio/Divulgação
O governo do Rio Grande do Sul declarou, nesta sexta-feira (28), estado de emergência em saúde animal por conta dos casos de gripe aviária no estado. No RS, houve um foco confirmado na Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar, no Sul do estado, em maio. Não há registro da doença em aves comerciais ou em criações de animais.
Especialistas ressaltam que não há risco no consumo de aves ou ovos, pois não há registro de infecção em animais criados para alimentação. Além disso, explicam que o vírus da infuenza aviária não resiste a temperaturas altas, e é destruído se o alimento vai ao fogo.
Gripe aviária: tire todas as suas dúvidas
RS decretou emergência por conta da doença
Para tiras dúvidas sobre a gripe aviária no RS, o g1 conversou com Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Confira abaixo os principais pontos.
Posso comer carne de frango?
🍗 A resposta é sim. O primeiro ponto a ser ressaltado é que o único registro de gripe aviária no RS em 2023 aconteceu em cisnes de pescoço preto na Estação Ecológica do Taim. Não há nenhum caso registrado em aves criadas para consumo humano, nem em granjas ou criações de fundo de quintal.
Além disso, a diretora do DDA explica que não há registro de transmissão do vírus causador da gripe aviária através do consumo de carne de frango. Rosane Collares ressalta que o vírus da influenza aviária, causador da doença, não resiste a temperaturas altas, portanto é destruído no momento em que o produto vai ao fogo.
“É um vírus facilmente destruído quando cozinhamos o alimento. Ele é muito sensível ao calor. É um vírus que causa muitos problemas, mas não é um vírus resistente”, explica.
O Ministério da Agricultura e a Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçam que não há registros de contaminação de gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) reafirma que nenhuma transmissão de gripe aviária de humano para humano foi relatada nas Américas ou globalmente.
Há algum risco no consumo de ovo?
🥚 A resposta também é sim. O que vale para a carne de frango vale também para ovos. Não há registro de transmissão da gripe aviária através de ovos ou do consumo deles. Além disso, não foi registrado nenhum caso de contaminação de aves (ou de ovos delas) criadas para comercialização ou consumo humano no RS.
Devo tomar alguma precaução ao cozinhar?
🔥 Rosane Collares explica que qualquer tipo de preparo que use fogo deve destruir o vírus que causa a gripe aviária – ainda que, como explicado, não há nenhum registro de ave contaminada além dos cisnes que morreram no Taim em maio.
Humanos podem pegar gripe aviária?
Sim. Os casos são raros, mas a taxa de mortalidade é alta: por volta de 52%. De 2003 a abril de 2023, 874 pessoas foram infectadas com H5N1 no mundo. Apesar disso, metade delas (458) morreu, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não há registro de nenhum caso no Brasil. Nas Américas, no entanto, há registros de 3 pessoas infectadas até o momento:
o primeiro nos Estados Unidos, em abril de 2022;
o segundo no Equador, em janeiro de 2023;
e o terceiro no Chile, em março de 2023.
Tenho criação de galinha, preciso ter medo?
🐥Não há nenhum caso registrado de contaminação humana de gripe aviária no Brasil, tampouco casos em galinhas, frangos, codornas ou patos. O único foco de gripe aviária no RS foi em cisnes na Estação Ecológica do Taim.
No entanto, a contaminação humana é possível quando há contato direto com as secreções e fluídos de um animal infectado, esteja ele vivo ou morto. Isso porque as aves eliminam o vírus da Influenza por meio das fezes e secreções respiratórias.
Portanto, o Ministério da Agricultura afirma que não se deve tocar e nem recolher aves doentes. A OMS acrescenta que a doença pode ser transmitida ainda por água e objetos contaminados com essas secreções.
O que fazer caso suspeite de contaminação em animais?
A diretora do DDA explica que qualquer alteração percebida em aves deve ser comunicada imediatamente à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi), às unidades locais da secretaria nas cidades ou a autoridades veterinárias dos municípios.
Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves podem ser notificadas pelo WhatsApp no número (51) 98445-2033 ou pelo e-mail [email protected].
Sinais clínicos de gripe aviária se caracterizam por mudanças no comportamento nervoso ou respiratório das aves. “São sinais muito comuns, que podem ser de várias outras enfermidades, então é importante registrar imediatamente qualquer tipo de alteração no comportamento normal dos animais”, explica.
De acordo com o governo do RS, primeiro e único foco de gripe aviária no estado foi em maio, na Reserva do Taim
Divulgação/ICMBio
VÍDEOS: Tudo sobre o RS
ICMBio/Divulgação
O governo do Rio Grande do Sul declarou, nesta sexta-feira (28), estado de emergência em saúde animal por conta dos casos de gripe aviária no estado. No RS, houve um foco confirmado na Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar, no Sul do estado, em maio. Não há registro da doença em aves comerciais ou em criações de animais.
Especialistas ressaltam que não há risco no consumo de aves ou ovos, pois não há registro de infecção em animais criados para alimentação. Além disso, explicam que o vírus da infuenza aviária não resiste a temperaturas altas, e é destruído se o alimento vai ao fogo.
Gripe aviária: tire todas as suas dúvidas
RS decretou emergência por conta da doença
Para tiras dúvidas sobre a gripe aviária no RS, o g1 conversou com Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Confira abaixo os principais pontos.
Posso comer carne de frango?
🍗 A resposta é sim. O primeiro ponto a ser ressaltado é que o único registro de gripe aviária no RS em 2023 aconteceu em cisnes de pescoço preto na Estação Ecológica do Taim. Não há nenhum caso registrado em aves criadas para consumo humano, nem em granjas ou criações de fundo de quintal.
Além disso, a diretora do DDA explica que não há registro de transmissão do vírus causador da gripe aviária através do consumo de carne de frango. Rosane Collares ressalta que o vírus da influenza aviária, causador da doença, não resiste a temperaturas altas, portanto é destruído no momento em que o produto vai ao fogo.
“É um vírus facilmente destruído quando cozinhamos o alimento. Ele é muito sensível ao calor. É um vírus que causa muitos problemas, mas não é um vírus resistente”, explica.
O Ministério da Agricultura e a Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçam que não há registros de contaminação de gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) reafirma que nenhuma transmissão de gripe aviária de humano para humano foi relatada nas Américas ou globalmente.
Há algum risco no consumo de ovo?
🥚 A resposta também é sim. O que vale para a carne de frango vale também para ovos. Não há registro de transmissão da gripe aviária através de ovos ou do consumo deles. Além disso, não foi registrado nenhum caso de contaminação de aves (ou de ovos delas) criadas para comercialização ou consumo humano no RS.
Devo tomar alguma precaução ao cozinhar?
🔥 Rosane Collares explica que qualquer tipo de preparo que use fogo deve destruir o vírus que causa a gripe aviária – ainda que, como explicado, não há nenhum registro de ave contaminada além dos cisnes que morreram no Taim em maio.
Humanos podem pegar gripe aviária?
Sim. Os casos são raros, mas a taxa de mortalidade é alta: por volta de 52%. De 2003 a abril de 2023, 874 pessoas foram infectadas com H5N1 no mundo. Apesar disso, metade delas (458) morreu, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não há registro de nenhum caso no Brasil. Nas Américas, no entanto, há registros de 3 pessoas infectadas até o momento:
o primeiro nos Estados Unidos, em abril de 2022;
o segundo no Equador, em janeiro de 2023;
e o terceiro no Chile, em março de 2023.
Tenho criação de galinha, preciso ter medo?
🐥Não há nenhum caso registrado de contaminação humana de gripe aviária no Brasil, tampouco casos em galinhas, frangos, codornas ou patos. O único foco de gripe aviária no RS foi em cisnes na Estação Ecológica do Taim.
No entanto, a contaminação humana é possível quando há contato direto com as secreções e fluídos de um animal infectado, esteja ele vivo ou morto. Isso porque as aves eliminam o vírus da Influenza por meio das fezes e secreções respiratórias.
Portanto, o Ministério da Agricultura afirma que não se deve tocar e nem recolher aves doentes. A OMS acrescenta que a doença pode ser transmitida ainda por água e objetos contaminados com essas secreções.
O que fazer caso suspeite de contaminação em animais?
A diretora do DDA explica que qualquer alteração percebida em aves deve ser comunicada imediatamente à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi), às unidades locais da secretaria nas cidades ou a autoridades veterinárias dos municípios.
Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves podem ser notificadas pelo WhatsApp no número (51) 98445-2033 ou pelo e-mail [email protected].
Sinais clínicos de gripe aviária se caracterizam por mudanças no comportamento nervoso ou respiratório das aves. “São sinais muito comuns, que podem ser de várias outras enfermidades, então é importante registrar imediatamente qualquer tipo de alteração no comportamento normal dos animais”, explica.
De acordo com o governo do RS, primeiro e único foco de gripe aviária no estado foi em maio, na Reserva do Taim
Divulgação/ICMBio
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