Carlos Fávaro (Agricultura) afirmou que Wesley e Joesley Batista não podem ser discriminados se cumprem a lei. Em 2017, donos da JBS foram investigados por propina a agentes públicos. Irmãos goianos Joesley Batista e Wesley Batista estão na lista dos 10 maiores bilionários do Brasil, divulgada pela Forbes
Divulgação/Forbes
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou neste domingo (26) que o governo não pode discriminar os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo JBS, se eles estiverem cumprindo a legislação.
Fávaro deu a declaração durante entrevista na China, quando questionado sobre a presença dos empresários na comitiva brasileira que participa de reuniões com autoridades e o empresariado chinês em Pequim.
Em 2017, Wesley e Joesley foram investigados como autores de pagamentos de propinas a agentes públicos (veja mais detalhes aqui). Além disso, Joesley gravou o ex-presidente Michel Temer (MDB) supostamente dando aval à compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ).
“[A JBS] é a maior empresa de carnes do mundo. É uma empresa brasileira, que gera muitos empregos. E eles [Wesley e Joesley], cumprindo a legislação brasileira, não tem por que eles não poderem fazer parte da comitiva e buscarem a ampliação de negócios”, afirmou Fávaro ao ser perguntado sobre a reaproximação dos irmãos Batista com agentes públicos.
“Nós temos que olhar para frente. Estão lá centenas de milhares de brasileiros que trabalham, que tem seu emprego garantido, suas oportunidades garantidas e não tem por que tratar [os donos da JBS] diferente”, completou o ministro da Agricultura.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em imagem de 2022
Reprodução/ redes sociais
Durante entrevista, Carlos Fávaro também comemorou a suspensão do embargo chinês à carne bovina brasileira, anunciada na última quinta-feira (23) e que o governo trabalha para aumentar exportações ao país asiático.
Fávaro embarcou para a China na última segunda-feira (20). As agendas dele com chineses começaram na quinta-feira (23). O ministro deve retornar ao Brasil na próxima quinta-feira (30).
Neste sábado (25), após orientação médica, o presidente Lula cancelou a viagem que faria neste domingo à China. Apesar do cancelamento, o ministro da Agricultura, que já estava em solo chinês, manteve suas agendas no país asiático.
Delação premiada
Em 2017, os irmãos Batista fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
De acordo com depoimento de Joesley Batista, o frigorífico JBS exercia influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a gestão petista.
O empresário contou que pagava como propina uma taxa de 4% do valor de cada contrato aprovado no BNDES, assim como dos aportes financeiros feitos por meio da BNDESpar, o braço do banco que investe em participações de empresas e é acionista da JBS.
Por medida cautelar, os empresários haviam sido proibidos de trabalhar, desde 2017, em suas empresas.
Em 2020, porém, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu autorizar que os irmãos voltassem a exercer funções executivas nas empresas do grupo J&F.
No ano passado, eles figuraram na lista dos dez maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes. A fortuna de ambos estava estimada em R$ 22,5 bilhões, cada um deles.
Divulgação/Forbes
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou neste domingo (26) que o governo não pode discriminar os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo JBS, se eles estiverem cumprindo a legislação.
Fávaro deu a declaração durante entrevista na China, quando questionado sobre a presença dos empresários na comitiva brasileira que participa de reuniões com autoridades e o empresariado chinês em Pequim.
Em 2017, Wesley e Joesley foram investigados como autores de pagamentos de propinas a agentes públicos (veja mais detalhes aqui). Além disso, Joesley gravou o ex-presidente Michel Temer (MDB) supostamente dando aval à compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ).
“[A JBS] é a maior empresa de carnes do mundo. É uma empresa brasileira, que gera muitos empregos. E eles [Wesley e Joesley], cumprindo a legislação brasileira, não tem por que eles não poderem fazer parte da comitiva e buscarem a ampliação de negócios”, afirmou Fávaro ao ser perguntado sobre a reaproximação dos irmãos Batista com agentes públicos.
“Nós temos que olhar para frente. Estão lá centenas de milhares de brasileiros que trabalham, que tem seu emprego garantido, suas oportunidades garantidas e não tem por que tratar [os donos da JBS] diferente”, completou o ministro da Agricultura.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em imagem de 2022
Reprodução/ redes sociais
Durante entrevista, Carlos Fávaro também comemorou a suspensão do embargo chinês à carne bovina brasileira, anunciada na última quinta-feira (23) e que o governo trabalha para aumentar exportações ao país asiático.
Fávaro embarcou para a China na última segunda-feira (20). As agendas dele com chineses começaram na quinta-feira (23). O ministro deve retornar ao Brasil na próxima quinta-feira (30).
Neste sábado (25), após orientação médica, o presidente Lula cancelou a viagem que faria neste domingo à China. Apesar do cancelamento, o ministro da Agricultura, que já estava em solo chinês, manteve suas agendas no país asiático.
Delação premiada
Em 2017, os irmãos Batista fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
De acordo com depoimento de Joesley Batista, o frigorífico JBS exercia influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a gestão petista.
O empresário contou que pagava como propina uma taxa de 4% do valor de cada contrato aprovado no BNDES, assim como dos aportes financeiros feitos por meio da BNDESpar, o braço do banco que investe em participações de empresas e é acionista da JBS.
Por medida cautelar, os empresários haviam sido proibidos de trabalhar, desde 2017, em suas empresas.
Em 2020, porém, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu autorizar que os irmãos voltassem a exercer funções executivas nas empresas do grupo J&F.
No ano passado, eles figuraram na lista dos dez maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes. A fortuna de ambos estava estimada em R$ 22,5 bilhões, cada um deles.
g1 > Agronegócios
Comentários do Facebook