Ron DeSantis entrou em conflito com a gestão do parque após divergências políticas na lei “Don’t say gay”. Castelo da Cinderella no Walt Disney World passa por cuidados nesta quinta-feira (12)
Joe Burbank/Orlando Sentinel via AP
O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou nesta segunda-feira (27) um projeto de lei que dá ao governo o controle do distrito autônomo dos parques da Disney World, em Orlando.
DeSantis, um ultra conservador republicano, vem travando uma forte disputa com a Disney World por conta da chamada lei “Don’t say gay” (“Não diga gay” em tradução direta), que proíbe educação sexual em escolas da Flórida. A Disney se opôs fortemente à lei, de autoria de DeSantis.
O projeto exige que DeSantis, republicano, nomeie um conselho de cinco membros para supervisionar os serviços do governo que o distrito da Disney fornece em suas propriedades no parque temático na Flórida.
“Hoje o reino corporativo finalmente chega ao fim”, disse ele em uma cerimônia de assinatura de projeto de lei em Lake Buena Vista. “Há um novo xerife na cidade, e a responsabilidade será a ordem do dia”.
O governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, faz um discurso ao lado sua esposa Casey em Tampa, na Flórida, nos EUA, em 8 de novembro de 2022
REUTERS/Marco Bello
A recuperação do distrito da Disney começou no ano passado, quando a gigante do entretenimento, enfrentando intensa pressão, se opôs publicamente à lei “Não diga gay”, que impede ensinamentos sobre orientação sexual e identidade de gênero do jardim de infância até a terceira série escolar.
DeSantis se mexeu rapidamente para penalizar a empresa, direcionando os membros do legislativo, dominado pelo Partido Republicano, a dissolver o distrito autônomo da Disney durante uma sessão legislativa especial, iniciando um processo de reestruturação assistido de perto.
Para DeSantis e seus apoiadores a empresa se apresentou contra a lei educacional e foi uma emissora da ideologia “woke” inserindo assuntos inapropriados no entretenimento infantil.
Foto de casamento no parque da Disney, na Flórida, Estados Unidos
Divulgação/DisneyWeddings
Para especialistas em política americana, ao assumir o controle do Distrito Disney, DeSantis promoveu sua reputação como “guerreiro da cultura” estando disposto a lutar contra inimigos políticos e exercer o poder do governo do estado para atingir objetivos políticos.
Acredita-se que essa será uma estratégia frequente durante sua potencial corrida pela Casa Branca.
A mudança implica em várias camadas de supervisão do estado sobre o distrito, mas deixa intactas as obrigações fiscais e financeiras do local.
A criação do distrito autônomo foi fundamental na decisão da Disney de construir perto de Orlando na década de 1960. A empresa havia dito ao estado que planejava construir uma cidade futurista que incluísse um sistema de trânsito e inovações de planejamento urbano, para a qual a empresa precisaria de autonomia na construção e decidisse como usar a terra. A cidade futurista nunca se materializou e, em vez disso, se transformou em um segundo parque temático que inaugurou em 1982.
Joe Burbank/Orlando Sentinel via AP
O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou nesta segunda-feira (27) um projeto de lei que dá ao governo o controle do distrito autônomo dos parques da Disney World, em Orlando.
DeSantis, um ultra conservador republicano, vem travando uma forte disputa com a Disney World por conta da chamada lei “Don’t say gay” (“Não diga gay” em tradução direta), que proíbe educação sexual em escolas da Flórida. A Disney se opôs fortemente à lei, de autoria de DeSantis.
O projeto exige que DeSantis, republicano, nomeie um conselho de cinco membros para supervisionar os serviços do governo que o distrito da Disney fornece em suas propriedades no parque temático na Flórida.
“Hoje o reino corporativo finalmente chega ao fim”, disse ele em uma cerimônia de assinatura de projeto de lei em Lake Buena Vista. “Há um novo xerife na cidade, e a responsabilidade será a ordem do dia”.
O governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, faz um discurso ao lado sua esposa Casey em Tampa, na Flórida, nos EUA, em 8 de novembro de 2022
REUTERS/Marco Bello
A recuperação do distrito da Disney começou no ano passado, quando a gigante do entretenimento, enfrentando intensa pressão, se opôs publicamente à lei “Não diga gay”, que impede ensinamentos sobre orientação sexual e identidade de gênero do jardim de infância até a terceira série escolar.
DeSantis se mexeu rapidamente para penalizar a empresa, direcionando os membros do legislativo, dominado pelo Partido Republicano, a dissolver o distrito autônomo da Disney durante uma sessão legislativa especial, iniciando um processo de reestruturação assistido de perto.
Para DeSantis e seus apoiadores a empresa se apresentou contra a lei educacional e foi uma emissora da ideologia “woke” inserindo assuntos inapropriados no entretenimento infantil.
Foto de casamento no parque da Disney, na Flórida, Estados Unidos
Divulgação/DisneyWeddings
Para especialistas em política americana, ao assumir o controle do Distrito Disney, DeSantis promoveu sua reputação como “guerreiro da cultura” estando disposto a lutar contra inimigos políticos e exercer o poder do governo do estado para atingir objetivos políticos.
Acredita-se que essa será uma estratégia frequente durante sua potencial corrida pela Casa Branca.
A mudança implica em várias camadas de supervisão do estado sobre o distrito, mas deixa intactas as obrigações fiscais e financeiras do local.
A criação do distrito autônomo foi fundamental na decisão da Disney de construir perto de Orlando na década de 1960. A empresa havia dito ao estado que planejava construir uma cidade futurista que incluísse um sistema de trânsito e inovações de planejamento urbano, para a qual a empresa precisaria de autonomia na construção e decidisse como usar a terra. A cidade futurista nunca se materializou e, em vez disso, se transformou em um segundo parque temático que inaugurou em 1982.
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