Rafael Capanema afirma que os documentos exigidos pela empresa AirEuropa não estavam na lista da companhia; passaporte europeu de animal não é válido para entrar no Brasil com bicho de estimação. Com a confusão, Romeu, um Golden Retriever de 10 anos, ficou em Madri. Romeu, um Golden de 10 anos, foi impedido de embarcar com o dono para o Brasil e ficou na Espanha com amiga do dono
Arquivo Pessoal
Um brasileiro que morava em Madri, na Espanha, repercutiu nas redes sociais após denunciar que foi impedido de retornar ao Brasil neste sábado (22) com seu cachorro de estimação depois que a companhia aérea AirEuropa barrou o animal alegando que faltavam documentos.
Rafael Capanema ressalta que esses documentos exigidos pela empresa não estavam na lista da companhia e nem são solicitados pelo Brasil (veja mais abaixo). Com a confusão, Romeu, um Golden Retriever de 10 anos, não viajou com ele e teve que ficar na cidade espanhola com sua amiga.
O g1 tentou contato com a companhia aérea, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
“Não fez sentido nenhum o que eles fizeram comigo. Eles pediram o passaporte europeu de animal de estimação, que não é nem aceito no Brasil. E ainda pediram o papel do veterinário que traz a avaliação de saúde. Mas esse papel, escrito à mão, fica retido no Ministério da Agricultura da Espanha quando você pede a emissão do Certificado Veterinário Internacional, que esse é o documento exigido”, conta Rafael.
“Falaram que se eu não tivesse esses documentos não poderia embarcar com o Romeu. Tentei de tudo, mostrei até para a funcionária que não tinham esses documentos na lista da própria companhia e se eu iria adivinhar. Ela realmente disse que era estranho, mas nada foi feito. Uma amiga minha se dispôs a ficar com o Romeu em Madri. Eu só chorava no avião”, ressaltou.
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Rafael Capanema com seu cachorro de estimação Romeu
Arquivo Pessoal
Nas redes sociais, Rafael relatou o caso e a empresa respondeu para ele que lamentava a situação e que iria verificar sobre não ter custos para o novo embarque do cachorro ao Brasil.
“Porém, não sei como eles vão fazer. Eu só quero que o Romeu possa voltar comigo e que não tenha que comprar passagem. Eles precisam ressarcir isso para mim. Caso não façam isso, vou dar um jeito de arrumar o dinheiro, pego o Romeu e depois vou entrar com ação judicial”.
“Enquanto isso, ele está na casa de uma amiga que o conhece há um bom tempo. Ele está bem, graças a Deus. Dia 25 de janeiro ele faz 11 anos e não estarei junto. É bem triste tudo isso. Se eu pudesse escolher trazer minha mudança ou só trazer o Romeu, eu o escolheria com certeza. Preferia ele comigo do que minhas coisas”.
Romeu na casa da amiga de Rafael, na Espanha
Arquivo Pessoal
Documentos necessários
Rafael conta que morava em Madri desde 2015 e, desde que decidiu que voltaria morar em São Paulo, foi atrás dos trâmites necessários para que o animal pudesse entrar no Brasil junto com ele.
“O Romeu é brasileiro e trouxe comigo quando me mudei para a Espanha. Na época, ocorreu tudo bem e guardei a caixa de transporte. Desde então, ele não viajou mais de avião. Ao decidir que voltaria para São Paulo, vi que no site da empresa área que era solicitada a carteira de vacinação para constar se o cachorro tinha a vacina contra a raiva e o documento exigido pelo país de destino”.
“No caso do Brasil, é o certificado veterinário internacional emitido pelo Ministério da Agricultura da Espanha que atesta a boa saúde do cachorro”.
A reportagem do g1 verificou que no site da companhia área AirEuropa é informado que, para viajar com um animal de estimação para um país não pertencente à União Europeia, como é o caso da viagem de Rafael para o Brasil, “deve cumprir os requisitos exigidos por esse país”. Ou seja, é preciso saber o que o país de destino exige para a entrada do animal.
O Ministério da Agricultura da Espanha ainda acrescenta sobre a viagem com animal de estimação: “Informe-se na Embaixada ou Consulado daquele país e informe-se no site do Ministério responsável pelo país”.
Segundo o site do governo federal, para o ingresso de cães e gatos no Brasil é necessário apresentar Certificado Veterinário Internacional (CVI) ou Passaporte (reconhecido pelo MAPA) emitido por Autoridade Veterinária do país de origem atendendo aos requisitos sanitários do Brasil.
“Passaportes oficiais para animais de estimação são aceitos apenas de países que aceitam reciprocamente o Passaporte Brasileiro de Animais de Estimação. Neste momento, o Passaporte Europeu para Animais de Estimação não é válido para entrar no Brasil”, diz o governo federal.
Exigências para entrar com animal de estimação no Brasil divulgadas no site do governo federal
Reprodução
O paulistano, então, afirma que foi atrás de uma clínica veterinária para que conseguisse emitir o certificado internacional, já que é o documento exigido no Brasil.
“Carteira de vacinação estava certa. E também consegui a avaliação do profissional. Aí, um dia antes de embarcar, fui até o Ministério da Agricultura que fica no aeroporto. Eles ficaram com o papel que o veterinário escreveu que o Romeu estava com boa saúde e emitiram na hora o certificado. Peguei e tudo estava certo para a viagem”.
“Eu realmente não me conformo com o que eles fizeram comigo. Ainda teve um funcionário que falou que na ‘América Latina sacrificam animais por problemas com documentos’ como se tivessem falando de seres incivilizados. Só espero realmente que tudo se resolva”, finalizou.
Cão Romeu ficou em cidade espanhola após dono não poder viajar com ele
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
Um brasileiro que morava em Madri, na Espanha, repercutiu nas redes sociais após denunciar que foi impedido de retornar ao Brasil neste sábado (22) com seu cachorro de estimação depois que a companhia aérea AirEuropa barrou o animal alegando que faltavam documentos.
Rafael Capanema ressalta que esses documentos exigidos pela empresa não estavam na lista da companhia e nem são solicitados pelo Brasil (veja mais abaixo). Com a confusão, Romeu, um Golden Retriever de 10 anos, não viajou com ele e teve que ficar na cidade espanhola com sua amiga.
O g1 tentou contato com a companhia aérea, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
“Não fez sentido nenhum o que eles fizeram comigo. Eles pediram o passaporte europeu de animal de estimação, que não é nem aceito no Brasil. E ainda pediram o papel do veterinário que traz a avaliação de saúde. Mas esse papel, escrito à mão, fica retido no Ministério da Agricultura da Espanha quando você pede a emissão do Certificado Veterinário Internacional, que esse é o documento exigido”, conta Rafael.
“Falaram que se eu não tivesse esses documentos não poderia embarcar com o Romeu. Tentei de tudo, mostrei até para a funcionária que não tinham esses documentos na lista da própria companhia e se eu iria adivinhar. Ela realmente disse que era estranho, mas nada foi feito. Uma amiga minha se dispôs a ficar com o Romeu em Madri. Eu só chorava no avião”, ressaltou.
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Coelho é impedido de embarcar em voo, e passageiro e funcionário de companhia aérea brigam
Rafael Capanema com seu cachorro de estimação Romeu
Arquivo Pessoal
Nas redes sociais, Rafael relatou o caso e a empresa respondeu para ele que lamentava a situação e que iria verificar sobre não ter custos para o novo embarque do cachorro ao Brasil.
“Porém, não sei como eles vão fazer. Eu só quero que o Romeu possa voltar comigo e que não tenha que comprar passagem. Eles precisam ressarcir isso para mim. Caso não façam isso, vou dar um jeito de arrumar o dinheiro, pego o Romeu e depois vou entrar com ação judicial”.
“Enquanto isso, ele está na casa de uma amiga que o conhece há um bom tempo. Ele está bem, graças a Deus. Dia 25 de janeiro ele faz 11 anos e não estarei junto. É bem triste tudo isso. Se eu pudesse escolher trazer minha mudança ou só trazer o Romeu, eu o escolheria com certeza. Preferia ele comigo do que minhas coisas”.
Romeu na casa da amiga de Rafael, na Espanha
Arquivo Pessoal
Documentos necessários
Rafael conta que morava em Madri desde 2015 e, desde que decidiu que voltaria morar em São Paulo, foi atrás dos trâmites necessários para que o animal pudesse entrar no Brasil junto com ele.
“O Romeu é brasileiro e trouxe comigo quando me mudei para a Espanha. Na época, ocorreu tudo bem e guardei a caixa de transporte. Desde então, ele não viajou mais de avião. Ao decidir que voltaria para São Paulo, vi que no site da empresa área que era solicitada a carteira de vacinação para constar se o cachorro tinha a vacina contra a raiva e o documento exigido pelo país de destino”.
“No caso do Brasil, é o certificado veterinário internacional emitido pelo Ministério da Agricultura da Espanha que atesta a boa saúde do cachorro”.
A reportagem do g1 verificou que no site da companhia área AirEuropa é informado que, para viajar com um animal de estimação para um país não pertencente à União Europeia, como é o caso da viagem de Rafael para o Brasil, “deve cumprir os requisitos exigidos por esse país”. Ou seja, é preciso saber o que o país de destino exige para a entrada do animal.
O Ministério da Agricultura da Espanha ainda acrescenta sobre a viagem com animal de estimação: “Informe-se na Embaixada ou Consulado daquele país e informe-se no site do Ministério responsável pelo país”.
Segundo o site do governo federal, para o ingresso de cães e gatos no Brasil é necessário apresentar Certificado Veterinário Internacional (CVI) ou Passaporte (reconhecido pelo MAPA) emitido por Autoridade Veterinária do país de origem atendendo aos requisitos sanitários do Brasil.
“Passaportes oficiais para animais de estimação são aceitos apenas de países que aceitam reciprocamente o Passaporte Brasileiro de Animais de Estimação. Neste momento, o Passaporte Europeu para Animais de Estimação não é válido para entrar no Brasil”, diz o governo federal.
Exigências para entrar com animal de estimação no Brasil divulgadas no site do governo federal
Reprodução
O paulistano, então, afirma que foi atrás de uma clínica veterinária para que conseguisse emitir o certificado internacional, já que é o documento exigido no Brasil.
“Carteira de vacinação estava certa. E também consegui a avaliação do profissional. Aí, um dia antes de embarcar, fui até o Ministério da Agricultura que fica no aeroporto. Eles ficaram com o papel que o veterinário escreveu que o Romeu estava com boa saúde e emitiram na hora o certificado. Peguei e tudo estava certo para a viagem”.
“Eu realmente não me conformo com o que eles fizeram comigo. Ainda teve um funcionário que falou que na ‘América Latina sacrificam animais por problemas com documentos’ como se tivessem falando de seres incivilizados. Só espero realmente que tudo se resolva”, finalizou.
Cão Romeu ficou em cidade espanhola após dono não poder viajar com ele
Arquivo Pessoal
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