Peça de carne folheada a ouro consumida por alguns dos jogadores da seleção brasileira durante a disputa da Copa do Mundo custa mais de R$ 3 mil. Carne com ouro do Catar
Reprodução/Instagram
Uma peça generosa de carne folheada a ouro é servida enquanto jogadores da seleção brasileira a temperam jogando sal com as pontas dos dedos.
Criticada desde antes da Copa, carne com ouro do Catar vem junto com ‘teatro’ de dono
Carne com ouro: mineral não tem gosto nem função na alimentação; entenda
O gesto, que foi filmado e compartilhado nas redes sociais, é uma imitação da “marca registrada” de Nusret Gökçe, conhecido como Salt Bae, dono do restaurante onde os pratos excêntricos são servidos.
Os atletas Vinícius Jr., Éder Militão e Gabriel Jesus, acompanhados do ex-jogador Ronaldo Fenômeno, jantaram no restaurante localizado no Catar, onde o preço da carne pode chegar a R$ 9 mil.
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O consumo dos jogadores no local gerou críticas. Uma delas foi feita pelo padre Julio Lancellotti, que escreveu: “Enquanto milhões pelo mundo passam fome nos chega um vídeo deste, acintoso, e que causa indignação e tristeza” em uma postagem com quase 12 mil comentários no Instagram.
Em entrevista ao podcast PodPah, o ex-seleção brasileira Ronaldo rebateu as críticas dizendo que o consumo do prato “não tem nada de errado e inclusive pode ser inspirador para outras pessoas”.
O local visitado pelos jogadores é uma das filiais do restaurante Nusr-Et, que também está presente na Turquia, Grécia, Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
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Afinal, o que é a ‘carne de ouro’ e como ela é preparada?
O prato mais caro, escolhido dos atletas brasileiros, é um prime-rib coberto com folha de ouro.
No Catar, o preço é o equivalente a cerca de R$ 3.300, mas a depender da localização, o cardápio do restaurante varia. Em Londres, por exemplo, uma peça de Wagyu, uma carne considerada mais nobre, custa £ 630 (cerca de R$ 4.360), sem as folhas de ouro.
“Mas é possível fazer o processo para ‘banhar’ a carne em ouro com qualquer tipo de carne que a pessoa desejar, como filé mignon e picanha, por exemplo”, aponta Paulo Zegaib, chef-proprietário do Dinho’s, restaurante especializado em carnes localizado em São Paulo.
Zegaib explica que o processo é mais simples do que muitos poderiam imaginar. “Basta colocar as folhas de ouro, que são vendidas separadamente, em cima da carne quente. Elas derretem e dão o visual.”
“A ideia de folhear em ouro vem da confeitaria, é comum no preparo de doces. Mas Nusret foi quem lançou a ideia de colocar em peças de carne”, completa.
O ouro não muda em nada o sabor da peça, explica o chef. “O que vai acontecer é ativar mais um sentido, o visual, pela beleza e o status de estar ‘comendo ouro’.”
Para quem deseja reproduzir a receita em casa, as folhas de ouro para receitas podem ser encontradas em lojas de produtos para culinária ou mesmo online. Já um quilo de rib-eye custa entre R$ 120 e R$ 160.
“O preço alto cobrado nos restaurantes de Nusret é mais por uma questão de experiência, do glamour, do que dos ingredientes de fato”, diz o chef-proprietário do Dinho’s.
Na avaliação de Zegaib, a receita ainda não tem se popularizado no Brasil, mas há espaço para isso. “Se um cliente que viu os vídeos pedir no meu restaurante eu posso comprar.”
Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63864285
Reprodução/Instagram
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O gesto, que foi filmado e compartilhado nas redes sociais, é uma imitação da “marca registrada” de Nusret Gökçe, conhecido como Salt Bae, dono do restaurante onde os pratos excêntricos são servidos.
Os atletas Vinícius Jr., Éder Militão e Gabriel Jesus, acompanhados do ex-jogador Ronaldo Fenômeno, jantaram no restaurante localizado no Catar, onde o preço da carne pode chegar a R$ 9 mil.
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O consumo dos jogadores no local gerou críticas. Uma delas foi feita pelo padre Julio Lancellotti, que escreveu: “Enquanto milhões pelo mundo passam fome nos chega um vídeo deste, acintoso, e que causa indignação e tristeza” em uma postagem com quase 12 mil comentários no Instagram.
Em entrevista ao podcast PodPah, o ex-seleção brasileira Ronaldo rebateu as críticas dizendo que o consumo do prato “não tem nada de errado e inclusive pode ser inspirador para outras pessoas”.
O local visitado pelos jogadores é uma das filiais do restaurante Nusr-Et, que também está presente na Turquia, Grécia, Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
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No Catar, o preço é o equivalente a cerca de R$ 3.300, mas a depender da localização, o cardápio do restaurante varia. Em Londres, por exemplo, uma peça de Wagyu, uma carne considerada mais nobre, custa £ 630 (cerca de R$ 4.360), sem as folhas de ouro.
“Mas é possível fazer o processo para ‘banhar’ a carne em ouro com qualquer tipo de carne que a pessoa desejar, como filé mignon e picanha, por exemplo”, aponta Paulo Zegaib, chef-proprietário do Dinho’s, restaurante especializado em carnes localizado em São Paulo.
Zegaib explica que o processo é mais simples do que muitos poderiam imaginar. “Basta colocar as folhas de ouro, que são vendidas separadamente, em cima da carne quente. Elas derretem e dão o visual.”
“A ideia de folhear em ouro vem da confeitaria, é comum no preparo de doces. Mas Nusret foi quem lançou a ideia de colocar em peças de carne”, completa.
O ouro não muda em nada o sabor da peça, explica o chef. “O que vai acontecer é ativar mais um sentido, o visual, pela beleza e o status de estar ‘comendo ouro’.”
Para quem deseja reproduzir a receita em casa, as folhas de ouro para receitas podem ser encontradas em lojas de produtos para culinária ou mesmo online. Já um quilo de rib-eye custa entre R$ 120 e R$ 160.
“O preço alto cobrado nos restaurantes de Nusret é mais por uma questão de experiência, do glamour, do que dos ingredientes de fato”, diz o chef-proprietário do Dinho’s.
Na avaliação de Zegaib, a receita ainda não tem se popularizado no Brasil, mas há espaço para isso. “Se um cliente que viu os vídeos pedir no meu restaurante eu posso comprar.”
Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63864285
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