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Casal saiu de São Paulo para investir em cerveja na Chapada Diamantina: “A gente trabalha onde as pessoas tiram férias”

Claudio Godoy e Fabiana Vogado contaram ao podcast “De onde vem o que eu como” os cuidados que tiveram antes da mudança de vida. Fabiana e Claudio deixaram a cidade de São Paulo em 2016 para fabricar cerveja artesanal.
Açony Santos
A receita é simples: água, lúpulo, cevada… e uma boa dose de coragem. O casal Fabiana Vogado e Claudio Godoy deixou casa, trabalho e família na cidade de São Paulo para produzir cerveja artesanal na Chapada Diamantina, famoso destino turístico da Bahia.
“A gente brinca que largou a nossa vida em São Paulo e foi morar no paraíso, onde as pessoas tiram férias”, resume Claudio.
Eles contaram ao podcast “De onde vem o que eu como” como foi começar a produção da bebida. O episódio também explica a diferença entre cerveja artesanal e industrial e traz curiosidades sobre a história da bebida. Ouça abaixo e, na sequência, veja dicas que o casal passou sobre abrir uma cervejaria:
Decisão planejada
Vista da Chapada Diamantina (BA): “A gente trabalha onde o pessoal tira férias”, disse o Claudio.
Acervo pessoal
Nada de visão romântica, e muito menos ação por impulso. A mudança de vida exigiu do casal três anos de planejamento e estudo. A Fabiana trabalhava como geóloga e o Claudio era tecnólogo em hidráulica.
Os dois fizeram cursos de gestão financeira e administrativa no ramo de Alimentos e Bebidas, e procuraram escolas especializadas em cervejaria para melhorar qualidade do produto. O preparo também incluiu um estágio em uma pequena cervejaria, ainda em São Paulo.
Depois, eles passaram a estudar o mercado da Chapada Diamantina. Assim, conheceram possíveis clientes, encontraram um local adequado para a cervejaria e fizeram parcerias com comerciantes locais. Até que, em 2016, eles se mudaram para Lençóis (BA), porta de entrada para a região turística.
Claudio Godoy na cervejaria artesanal, na Chapada Diamantina (BA).
Monique Renne
O próximo passo foi fazer um registro da cervejaria no Ministério da Agricultura. O casal recorreu a um responsável técnico e teve que cumprir exigências relacionadas às instalações e aos equipamentos usados.
“Para concessão dos registros, o Ministério da Agricultura fiscaliza presencialmente. A gente também recebe visitas-surpresa”, explica Fabiana.
O casal produz cerveja artesanal dos tipos pale ale, de alta fermentação, e Belgian Blond Ale, que é cremosa e frutada, com mel na receita.
A mudança valeu a pena?
Sim, mas dentro da realidade. Eles lembram que, mesmo com planejamento e estudo, surgem imprevistos – e que a vida de empreendedor não é fácil.
“A gente queria viver em um lugar mais tranquilo, perto da natureza. Mas trabalhamos muito também, microempreendedor trabalha muito mais”, destaca Fabiana.
“Vale muito a pena a mudança de vida. Não tem arrependimento”, conclui Claudio.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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