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Calendário da feira: maio tem maracujá, tangerina ponkan, mandioca e muito mais

Geadas prejudicaram pomares de tangerina em Minas Gerais, mas a expectativa é de alta produção com bom preço e qualidade. Veja como escolher e armazenar cada fruta e legumes. Maio é a época de boa safra de diferentes frutas, como maracujá, tangerina, abacate, acerola, laranja, além de legumes, entre eles a mandioca, mandioquinha, inhame e ervilha.
Confira, ao fim da reportagem, o que esperar do preço e qualidade das frutas, além de dicas sobre como escolher e armazenar os produtos.
Na série Calendário da Feira, o g1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta.
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Calendário da feira: veja as frutas que estão em safra
Arte/G1
Calendário da feira: veja os legumes que estão em safra
Foto: Arte/G1
Menos tangerina
Safra de tangerina em maio
Arquivo Pessoal/ Antônio Carlos Simoneti
Maio terá uma menor safra de tangerina após eventos climáticos, como geadas, prejudicarem os pomares de Minas Gerais, estado que é referência na produção da fruta. Porém, a expectativa da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM) é de que, ainda sim, o consumidor encontre tangerina, principalmente a ponkan, com boa qualidade e preço.
“A previsão é realmente de uma safra menor por conta de Minas Gerais. Porém, maio e junho são meses onde temos os picos da produção no país e será o período com maior oferta de fruta. Depois desses meses, a fruta fica mais escassa”, diz Antônio Carlos Simoneti, presidente da ABCM e produtor de laranja, tangerina, limão e abacate.
O preço pode variar conforme o polo produtor, mas a expectativa é que sejam mais baratos nos mercados e feiras.
“Tudo depende de qualidade e do tamanho. Quando pega fruta menor, que não cresceu tanto, aí você encontra preços melhores. Tem supermercados de vários tipos. Mas devemos ter preços bem mais atrativos pela oferta maior de maio”, explica Simoneti.
Auge da safra: maio até agosto.
Como comprar: prefira as mais pesadas, firmes, de cor brilhante e intensa, sem sinais de amolecimento.
Como conservar: ideal é guardar na parte baixa da geladeira, que dura de duas a três semanas.
Toneladas de maracujá
Cultivo do maracujá em Juazeiro, na Bahia
Aline Oliveira/Vereda Comunica
O maracujá é produzido em todas as regiões e estados do Brasil, mas a maior produção fica nos estados da Bahia e Ceará.
A previsão é que no mês de maio sejam produzidas mais de 100 mil toneladas de maracujá, já que o clima tem sido favorável, segundo Fábio Gelape Faleiro, pesquisador em Genética e Biotecnologia, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Como o mês proporciona a produção em praticamente todos os pomares do Brasil, ou seja, época de plena safra, o consumidor pode conseguir preços mais baixos.
Já em setembro e outubro ocorre a entressafra. Por isso, os preços dos frutos dos maracujás são mais altos.
Auge da safra: abril até julho.
Como comprar: a escolha do melhor maracujá passa por uma análise da coloração externa (maturidade dos frutos), evitando os maracujás com coloração de casca verde. Aquele maracujá enrugado também pode ser comprado pelo consumidor. Se o maracujá estiver enrugado significa que ele perdeu água, mas a polpa pode estar adequada para o consumo.
Como conservar: o maracujá maduro pode ser conservado até três semanas na geladeira. Quando verde, deve ser guardado em lugar fresco e seco.
Época de colheita da mandioca
Safra da mandioca colhida por produtores da região de Rio Preto
TV TEM
A mandioca é normalmente comercializada “in natura”, mas também passa por processos de transformação para a produção de farinha, fécula ou amido.
Devido à rusticidade da cultura, ela é cultivada de norte a sul do Brasil, sendo cerca de 85% produzida por pequenos produtores da agricultura familiar, explica Josefino Fialho, pesquisador da Embrapa Cerrados.
Por conta da diversidade de áreas e regiões de plantio, há diferentes tipos de mercado durante o mês de maio, tanto de mandioca de mesa quanto para indústria.
“Algumas regiões estão em franca comercialização de mandiocas para as indústrias de transformação. Nesses casos, os preços variam de acordo com a região. Já a mandioca para mesa é comercializada durante todo ano e, em algumas regiões, esta é a época de maior colheita, o que contribui para a redução dos preços pagos ao produtor pela caixa ou tonelada”, diz Fialho.
O pesquisador diz que, de modo geral, o clima foi bom. Entretanto, devido à diversidade de regiões produtoras, em algumas áreas a cultura foi prejudica pela geada ou pelo período de seca.
Auge da safra: maio até agosto.
Como comprar: prefira aquelas que a casca solte facilmente. A polpa deve ter cor branca ou amarelada uniforme. Recuse as que tiverem a polpa arroxeada ou com riscas pretas.
Como conservar: para conservá-la descasque e guarde em vasilha com água. Descascada e embalada pode durar até 1 mês no congelador, sugere a Ceasa Minas.
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Por que consumir alimentos da safra?
Corpo precisa de nutrientes e vitaminas encontrados principalmente em alimentos como frutas, legumes e verduras.
Divulgação
Com a modernização das técnicas agrícolas, hoje já é possível encontrar uma grande variedade de frutas, legumes e verduras o ano inteiro nos mercados e nas feiras.
Porém, consumir produtos de época pode ser uma opção mais barata e saudável.
Com o crescimento da oferta nos períodos de safra, a tendência é os preços caírem. Mas isso nem sempre é uma regra. Como a produção de hortaliças depende muito de fatores climáticos, qualquer mudança muito intensa na temperatura, por exemplo, pode impactar a oferta.
Além disso, o consumo de alimentos de época tende a ser mais saudável, pelo menor uso de agrotóxicos em seu cultivo.
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Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos?
“Para terem um bom desenvolvimento fora do seu ciclo natural de produção, é necessário uma intervenção mais intensa de químicos durante o preparo do solo, por exemplo”, ressalta Lígia dos Santos, do São Camilo.
Outra razão é que quando estão em seu ciclo natural de produção, sem a necessidade de tanto uso de agrotóxico, os alimentos ficam com o seu sabor natural mais acentuado.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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