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Guerra na Ucrânia: Tereza Cristina diz que não faltará trigo no Brasil e que ‘problema’ é preço do alimento

Ministra da Agricultura informou que Rússia e Ucrânia produzem 14% do trigo mundial; Brasil importa principalmente da Argentina. Preço já vinha subindo, mas acelerou com a guerra. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira (24) que a guerra entre a Rússia e Ucrânia não provocará a falta de trigo no Brasil e que o “problema” é o aumento do preço do alimento.
Tereza Cristina deu a declaração ao participar de uma audiência no Senado na qual foram discutidos os efeitos da guerra.
Aos senadores, Tereza Cristina afirmou que o Brasil não é autossuficiente na produção de trigo e que Rússia e Ucrânia são responsáveis por 14% de todo o trigo produzido no mundo. O Brasil, contudo, importa o insumo principalmente da Argentina.
“Esse é um problema [desabastecimento] que nós não deveremos ter, sob o ponto de vista de abastecimento do nosso país para o nosso pãozinho. Nós temos muitas perguntas. ‘Vai faltar?’. Não. O nosso problema não é esse. O nosso problema hoje é preço, porque os preços das commodities são globalizados. Então, o preço já subiu de maneira exponencial no nosso mercado do trigo”, afirmou.
Conforme mostrou o Jornal Nacional, o preço do trigo vem subindo desde o ano passado, mas acelerou em meio à guerra na Ucrânia (veja no vídeo mais abaixo).
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Diante disso, a farinha de trigo teve alta de 1,94% em março no Brasil, bem acima da média da inflação. Nos últimos 12 meses, aumentou mais de 10,5%.
Ainda na audiência, Tereza Cristina afirmou que os efeitos da guerra serão significativos se houver problemas de produção por parte da Rússia e da Ucrânia, visto que a expectativa era a de que os dois países produzissem, nesta safra, 108 milhões de toneladas de trigo.
“O mercado mundial será desabastecido, e essa pressão pode vir nos nossos fornecedores, na Argentina, no Canadá e nos Estados Unidos, fazendo com que o preço aumente mais ainda aqui no Brasil”, disse.
Preço da farinha de trigo aumenta acima da média da inflação entre fevereiro e março
Fertilizantes
Também durante a audiência, a ministra afirmou que o Brasil vem adotando a “diplomacia dos fertilizantes” para manter o fornecimento do produto. Segundo ela, os volumes importados entre janeiro e abril não foram afetados.
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No início do mês, a Rússia recomendou aos produtores de fertilizantes locais a suspensão das exportações em meio aos problemas de logística provocados pela guerra. O Brasil não foi incluído na lista da sanção russa, mas novas compras estão inviabilizadas.
“A gente ouve muitas informações desencontradas, o Brasil tem recebido esses fertilizantes. Nós temos acompanhado e monitorado, através do Ministério da Agricultura, todos os dias, os navios que saem do Brasil e que chegam a ele com esses fertilizantes”, declarou.
Tereza Cristina detalhou que, no caso do potássio, há uma dependência de 96% das importações, e que o Brasil importa somente da Rússia e da Bielorrússia 40% do que consome de potássio e nitrogênio.

Fonte:

g1 > Agronegócios

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