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Governo apresenta plano com medidas para aumentar produção nacional de fertilizantes até 2050

Plano Nacional de Fertilizantes lista medidas para reduzir dependência externa do Brasil nesse setor nas próximas décadas. Rússia, em guerra com a Ucrânia, é um dos principais fornecedores. O governo federal apresentou nesta sexta-feira (11), no Palácio do Planalto, um Plano Nacional de Fertilizantes para o país. O documento lista uma série de medidas pensadas para aumentar a produção até 2050 e reduzir a dependência do mercado externo.
O plano foi apresentado em meio à preocupação de escassez de fertilizantes – produtos usados pelos agricultores para aumentar a produtividade do solo – provocada pela invasão russa à Ucrânia.
A Rússia é um dos principais fornecedores do produto para o Brasil, condição que o presidente Jair Bolsonaro tem citado para evitar condenar a invasão militar ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Antes do lançamento do plano, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que não havia risco de desabastecimento de fertilizantes para a safra atual brasileira e que buscaria alternativas para a safra que se iniciará em setembro.
Apesar da necessidade de garantir fertilizantes para a safra do segundo semestre, o plano apresentado nesta sexta se concentra em medidas de médio e longo prazos.
Na cerimônia desta sexta, Tereza Cristina afirmou que a ideia não é buscar autossuficiência de fertilizantes, mas, sim, dar condições ao país de superar desafios para ter fertilizantes utilizados no agronegócio.
A ministra relatou que trata com o Ministério das Relações Exteriores para assegurar o fornecimentos de fertilizantes e insumos vindos do exterior, enquanto o Brasil adota medidas para aumentar a produção interna.
“Não estamos reagindo a uma crise, estamos tratando de um problema de longo prazo”, disse Tereza.
Uma das medidas previstas é a consolidação de um programa nacional de difusão de boas práticas e tecnologias para o aumento da eficiência do uso dos fertilizantes. O governo realizará uma caravana pelo país para repassar a produtores novas tecnologias, a Caravana FertBrasil.
De acordo com o governo, o Brasil é o quarto maior consumidor global de fertilizantes (cerca de 8% da produção mundial) e importa mais de 80% do que é utilizado no agronegócio do país, em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar. Potássio (38%), fósforo (33%) e nitrogênio (29%) são os nutrientes aplicados.
Produtores se preocupam com impactos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia no setor de fertilizantes
Segundo o governo, além da redução da dependência externa, o plano também incentiva o uso de fertilizantes organominerais e orgânicos (adubos orgânicos enriquecidos com minerais) e bioinsumos e biomoléculas.
Na cerimônia, Bolsonaro assinou decreto que instituiu o plano e criou o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas.
O plano
O documento diz que o plano “se propõe a ser um instrumento de planejamento” para as próximas décadas.
As medidas previstas incluem agilizar licenças ambientais de jazidas, criar linhas de financiamentos com bancos públicos e privados, oferecer incentivos tributários e estimular a construção e conclusão de fábricas de fertilizantes em Três Lagoas (MS), em Uberaba (MG) e Linhares (ES).
O plano tem cinco objetivos estratégicos principais:
modernizar, reativar e ampliar plantas e projetos de fertilizantes existentes no Brasil;
melhorar o ambiente de negócios para atração de investimentos para a cadeia de fertilizantes e nutrição de plantas;
promover vantagens competitivas na cadeia de produção nacional de fertilizantes para melhorar o suprimento do mercado brasileiro;
ampliar os investimentos em pesquisa e no desenvolvimento da cadeia de fertilizantes e nutrição de plantas do Brasil;
adequar a infraestrutura para integração de polos logísticos e viabilização de empreendimentos.
O secretário de Assuntos Estratégicos do governo, Flávio Rocha, afirmou que o plano reúne 80 metas e 130 ações. Entre as medidas imediatas, Rocha citou a criação de um conselho nacional de fertilizantes, que discutirá ações para o setor.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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