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Guerra na Ucrânia: ministra da Agricultura diz que não há pânico sobre fertilizantes

Tereza Cristina defendeu a retomada do Plano Nacional de Fertilizantes, que prevê maior produção dos insumos no Brasil. Tereza Cristina durante reunião com Bolsonaro em dezembro de 2021.
Clauber Cleber Caetano/PR
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ao blog na noite de terça-feira (2) que acompanha com cautela os desdobramentos da crise Rússia-Ucrânia e que é “muito cedo” para definir o impacto que a crise terá na importação de fertilizantes no Brasil.
“Precisamos aguardar, é muito cedo ainda: precisamos ver como será essa sanção do Ocidente para Rússia”.
A ministra diz que não há motivo para pânico, embora o presidente Jair Bolsonaro tenha dito na manhã desta quarta-feira (2) que há risco de falta de potássio no Brasil.
“Não temos certeza do impacto ainda, tudo vai depender da evolução do conflito: mas não há motivo para pânico. Temos buscado alternativas se isso ocorrer e debatemos saídas, além do plano nacional de fertilizantes que discutimos desde 2020”, disse a ministra.
O governo federal já estudava lançar o Plano Nacional dos Fertilizantes. Ele tem por objetivo diminuir a dependência externa, por meio de implementação de propostas legislativas para facilitar a produção do item no país.
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O Brasil é um grande produtor agrícola e tem um papel importante como fornecedor de grãos para o mundo. Por outro lado, o país tem dificuldades para fabricar os insumos necessários para manter a alta produtividade, como os fertilizantes.
Cerca de 70% da matéria-prima dos fertilizantes usados nos plantios vêm do exterior. Da Rússia, são 23%.
Cada cultura necessita de um fertilizante diferente para se desenvolver, dependendo de quais nutrientes precisa. A soja, por exemplo, exige muito fósforo e potássio, já o milho requer os nitrogenados.
Para que o país mantenha a alta produtividade das chamadas commodities agrícolas, como a soja e o milho, os agricultores precisam tratar o solo com adubos e fertilizantes, sanando possíveis deficiências nutricionais.
Plano nacional
Nesta quarta-feira, a ministra vai reunir sua equipe para apresentar à imprensa um diagnóstico da situação – na pauta, a defesa do plano nacional de fertilizantes.
O debate de retomar as fábricas brasileiras de fertilizantes voltou perante o cenário de crise do insumo e tem dois lados interessantes a serem considerados, segundo o presidente da associação que reúne os fabricantes, a CropLife Brasil, Christian Lohbauer.
Para ele, os produtos podem acabar saindo mais caros ao serem feitos no Brasil, mas, por outro lado, isso geraria fornecimento garantido, independentemente da situação externa.

Fonte:

g1 > Agronegócios

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