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População ocupada aumenta 2,5% no segundo trimestre, diz IBGE

O número de pessoas ocupadas no Brasil subiu para 87,8 milhões no segundo trimestre, um aumento de 2,5% ou mais 2,1 milhões de pessoas, na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Dessa forma, a ocupação subiu 1,2 ponto percentual, ficando em 49,6%. Ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar, com 14 anos ou mais, está ocupada no país.População ocupada aumenta 2,5% no segundo trimestre, diz IBGE

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e foram divulgados hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego teve leve queda de 0,6 ponto percentual e ficou em 14,1% no segundo trimestre, com um total de 14,44 milhões de pessoas em busca de trabalho.

De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, houve crescimento em várias formas de ocupação, incluindo o trabalho formal com carteira assinada, mostrando uma leve recuperação das perdas provocadas pela pandemia de covid-19.

“Até então vínhamos observando aumentos no trabalho por conta própria e no emprego sem carteira assinada, mas pouca movimentação do emprego com carteira. No segundo trimestre, porém, houve um movimento positivo, com crescimento de 618 mil pessoas a mais no contingente de empregados com carteira.”

O emprego com carteira no setor privado subiu 2,1% no período, totalizando 30,2 milhões de pessoas no segundo trimestre. Na comparação anual, o número ficou estável, interrompendo quatro trimestres sucessivos de quedas, segundo o IBGE.

Informalidade

Os trabalhadores informais somaram 35,6 milhões de pessoas, com uma taxa de 40,6%. Houve aumento tanto em relação ao primeiro trimestre do ano (39,6%, com 34 milhões de pessoas), quanto com o mesmo período do ano passado (36,9%, com 30,8 milhões de pessoas).

A categoria inclui aqueles sem carteira assinada no setor privado e doméstico, empregadores ou empregados por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores sem remuneração.

O trabalho no setor privado sem carteira teve um aumento de 3,4% no trimestre, para 10 milhões. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o número subiu 16% ou 1,4 milhão de pessoas.

Já o trabalho por conta própria atingiu o patamar recorde de 24,8 milhões de pessoas. O número representa um crescimento de 4,2% na comparação trimestral. Em relação ao mesmo trimestre de 2020, o avanço foi de 3,2 milhões de pessoas, uma alta de 14,7%.

Segundo o IBGE, 52,2% da alta da ocupação total na comparação mensal e 62,7% na anual se devem ao crescimento dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ, categoria que somou 19 milhões de pessoas. Isso representa um crescimento de 6,2% na comparação trimestral.

Os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas atingiram o recorde de 7,5 milhões de pessoas, alta de 7,3%. Na comparação anual, o crescimento é de 34,4%. Os desalentados, que são as pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, somaram 5,6 milhões, uma redução de 6,5% em relação ao primeiro trimestre do ano e estável na comparação anual.

O contingente de pessoas subutilizadas, que inclui as desocupadas, as subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, foi de 32,2 milhões. Isso representa queda de 3% em relação ao primeiro trimestre.

Atividades

Por ramo de atividade, o aumento da ocupação no trimestre foi puxado por alojamento e alimentação (9,1%), construção (5,7%), serviços domésticos (4,0%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%). A analista da pesquisa explica que restaurantes e hotéis avançaram 7,7% na comparação anual, o primeiro crescimento depois de quatro trimestres de quedas.

“Esse avanço, porém, não faz a atividade voltar ao patamar pré-pandemia, mas é um movimento de leve recuperação, depois de registrar a segunda maior perda de trabalhadores em 2020, atrás do serviço doméstico”, disse Beringuy.

O trabalho doméstico somou 5,1 milhões de pessoas no segundo trimestre do ano, sem variação significativa frente ao primeiro. Na comparação anual, o crescimento registrado foi de 8,4%.

Os empregadores ficaram estáveis nas duas comparações, com 3,8 milhões de pessoas nessa categoria. O setor público somou 11,8 milhões de trabalhadores, uma queda de 4,4% na comparação anual.

O IBGE calcula que o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 2.515 no segundo trimestre de 2021, uma redução de 3% frente ao trimestre de janeiro a março deste ano e queda de 6,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020. A soma de todos os rendimentos dos trabalhadores ficou estável em R$ 215,5 bilhões.

Fonte: Agência Brasil

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