Nos 122 anos de Campo Grande, o Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo é um daqueles lugares que está na memória e faz parte da história do campo-grandense. Além de receber grandes eventos, shows e musicais, o local também guarda lembranças de formaturas, festas e importantes congressos voltados ao turismo de negócio.
No espaço em que os grandes artistas do País já se apresentaram, o governo do Estado vai promover uma reforma no valor de R$ 5 milhões, para deixar o local mais moderno e acessível. Inaugurado em 1994, o Centro de Convenções quer continuar sendo destaque nacional e receber mais prêmios por sua excelência.
Marlise Gasparetto, gerente do Centro de Convenções, revela que o local faz parte da sua história. Foi lá que ela realizou sua formatura, um ano depois da inauguração, e ainda viveu grandes emoções no show de Gilberto Gil e deu muitas risadas nas apresentações de Jô Soares e Tom Cavalcanti.
“Eu me formei aqui em 2015, tirei fotos com os meus colegas no espelho d’água e como frequentadora assisti grandes shows. Ainda trabalhei em feiras que ocorreram no espaço. Se trata de um lugar especial na minha vida”, ponderou.
Ela destaca que o espaço já recebeu peças teatrais de grandes artistas, assim como cantores como Gal Costa e Caetano Veloso. “Ele foi inaugurado com um musical de Bibi Ferreira, para já começar com o pé direito. Além dos grandes eventos, o Centro faz parte da história do campo-grandense, se alguém não tiver algo para contar daqui é porque não é daqui”.
Um lugar especial
Um dos grandes artistas regionais, o cantor Geraldo Espíndola diz que tem muita “história para contar” sobre o Centro de Convenções. Lembra que foi lá que realizou seu show “Espíndola Canta”, que considera um dos mais importantes da carreira. “É um lugar especial, que me apresentei muitas vezes. É uma referência para toda classe artística”, destacou.
Geraldo tem boas lembranças também como expectador, onde lembra de grandes shows de Ney Matogrosso, Herbert Vianna e Almir Sater. “Já teve muita coisa boa aqui, sempre foi um local importante, de boas lembranças, que deve ser mantido em atividade e cada vez melhor”.
Ainda contou que a construção do Centro foi uma grande conquista para classe. “Foi uma luta muito grande, para ter mais espaço para cultura e eventos. Sempre queremos melhorar o cenário no Estado, até digo que agora só falta o Teatro Municipal”, descreveu.
Marcelo Loureiro, compositor e instrumentista, revelou que tem uma ligação especial com o espaço. “Foi lá que fiz minha primeira apresentação com grande público na Capital, em 1996, durante um Congresso de Educação. Depois fiz muitos shows no local, entre eles tive o privilégio de abrir um show do Almir Sater, que foi uma honra e muito importante para minha carreira”.
Ele lembra que foi no Centro de Convenções que conheceu sua esposa, há 10 anos atrás. “Ela era da área de eventos e naquele dia fiz a abertura de um congresso que ela estava realizando”, descreveu. Loureiro também recorda da última apresentação de Helena Meirelles, ao seu lado, no auditório principal do espaço. “Foi um dia inesquecível, que sempre vou guardar na minha lembrança”.
Planos para o futuro
Após ficar praticamente fechado durante a pandemia, com apenas duas peças teatrais no ano passado, a expectativa da direção é retornar com seu ritmo normal do espaço a partir de 2022, quando a obra de reforma estiver pronta e o local preparado para receber os grandes eventos.
“A reforma vai tornar o espaço mais moderno, totalmente acessível, funcional e seguro. Um local que todos têm carinho e vai ficar muito melhor. Esta obra é uma grande conquista. Já vínhamos buscando estas adequações e o governo foi extremamente sensível em nos atender”, disse Gasparetto.
Ela destaca que quando assumiu o local eram eventos de segunda a segunda, com agenda lotada. “O Centro de Convenções sempre foi muito requisitado e também se caracterizou por ser multiuso, intercalando congressos, palestras, eventos de turismo de negócio, assim como shows, teatro, feiras, convenções e formaturas”.
Para Marlise a expectativa para o futuro é positiva com as adequações dos espaços, reforma na parte de iluminação, sonorização, instalação de câmeras de segurança, e foco no auditório principal. “É triste ver aquele palco vazio, por isso esperamos o retorno em breve deste espaço tão importante”.
Leonardo Rocha, Subcom
Foto Capa: Divulgação
Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul