A Secretaria de Estado de Saúde e o Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande iniciaram nesta terça-feira (17), tratativas para a viabilidade da implantação do serviço de transplante renal e hepático em Mato Grosso do Sul. Objetivo é tornar o Estado referência em transplante de fígado e no tratamento a pacientes com doenças hepáticas. Nos últimos cinco anos, o Estado ofertou 116 fígados para outras unidades federativas.
Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, o próximo passo é estruturar o projeto de forma a atender pacientes dos 79 municípios do Estado. “Ainda será preciso fazer ajustes necessários no Hospital do Pênfigo para receber os transplantes. Esse projeto recebe todo o nosso apoio, nós precisamos construir isto juntos. Sou entusiasta para qualquer tipo de transplante que seja realizado em nosso Estado, sou extremamente parceiro, pois sei o quão difícil é para a nossa gente que aguarda por um transplante”.
Segundo o médico-cirurgião do aparelho digestivo, especialista em transplante de fígado, Gustavo Alves Rapassi – que estará à frente do projeto em Mato Grosso do Sul – o principal desafio será a criação de um Centro Especializado em Hepatologia para o cuidado com o paciente portador de doença crônica do fígado. “O principal desafio será implantar a cultura que o paciente hepatopata crônico pode ser tratado de forma curativa e retornar às suas atividades de rotina”.
Parceiro no projeto, o diretor do Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande, Everton Martim, explica que a unidade hospitalar do centro está preparada para atender os transplantes. “A Unidade Centro atende a todas as condições necessárias para fazer a retirada e extração de órgãos”.
Para a coordenadora da Central Estadual de Transplantes da SES, Claire Carmem Miozzo, a possibilidade de realização do transplante de fígado se tornar realidade representa um grande avanço para o Mato Grosso do Sul. “Será um grande benefício para os pacientes que aguardam por este tipo de transplante. O nosso Estado, atualmente, não realiza este serviço e o paciente infelizmente precisa se deslocar para outros centros do país. Com a possibilidade de transplante aqui, o paciente conseguirá fazer todo o tratamento e ainda permanecer perto da família”.
Atualmente, Mato Grosso do Sul realiza transplante de rim, coração, córneas e tecido musculoesquelético. “A pandemia da Covid19 afetou o processo de doação e transplante em todo o país. No Estado não foi diferente, pois tivemos uma queda no número de doadores de órgãos e tecidos e, consequentemente no número de transplantes realizados”, conclui Claire.
A implantação do serviço de transplante renal e hepático em Mato Grosso do Sul contará com financiamento do Ministério da Saúde e apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Saúde e pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande.
Rodson Lima, SES
Foto: Rodson Lima
Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul