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Pecuaristas estimam produção de leite 20% menor após queda na temperatura e queima de pastos em Santo Antônio da Alegria, SP


Produtores têm investido em suplementos alimentares para remediar prejuízos na pastagem. Gastos maiores com silagem, porém, podem elevar preço final do produto. Com os pastos queimados e temperaturas cada vez mais baixas, pecuaristas estimam uma produção até 20% menor de leite em Santo Antônio da Alegria (SP). Segundo os produtores, os prejuízos trazidos pela geada podem causar, ainda, alterações no preço do produto.
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O produtor rural Gilson Abrahão possui 40 vacas que, por dia, produzem cerca de 150 litros de leite. Além de ter que manter os animais nos cochos de tratamento por causa do frio, Gilson afirma que tem investido em suplementos alimentares para remediar a falta de capim.
“As vacas quebram o leite e produzem menos, tendo em vista esse frio que elas também sentem. […] Nós tivemos o nosso capim todo queimado. O que nós tivemos que fazer foi aumentar o trato em cocho, e nós estamos usando 100% da silagem de milho”, diz.
Há 40 anos no mercado, o produtor rural conta que foi surpreendido pela intensidade do frio e acredita que o clima irá interferir diretamente na criação das vacas e na produção de leite e derivados. Com o aumento no custo para cuidar dos bichos, o valor final dos produtos também deve subir.
“Esse frio prejudica tudo, prejudica as pastagens, prejudica o animal. Nós sentimos o mesmo frio e elas não estão acostumadas com isso. Elas foram climatizadas de um jeito, agora vem um frio desse, uma geada dessas e prejudicou bastante”, relata Gilson.
Geada queimou pastos e deixou vacas sem alimento em Santo Antônio da Alegria, SP
Reprodução/EPTV
Recuperação
Já na fazenda do produtor rural e médico veterinário Felipe Toteli, predominam as vacas holandesas, espécie mais resistente ao tempo frio. No entanto, o pasto da propriedade também foi afetado pela geada, o que trouxe reflexos financeiros para o pecuarista.
“Queimou toda a pastagem e eu tive que investir em silagem, gastei mais com essa parte de alimentação. [Meu gasto] aumentou de 15% a 20%. A margem do leite é muito baixa, então se aumentar o custo mensal, impacta bastante”, conta.
Com foco em comercialização de leite para produção de laticínios, a fazenda de Felipe produz, por dia, cerca de 1.100 litros. Depois dos estragos causados pela frente fria, o produtor estima que a recuperação será lenta.
“Agora é só esperar a chuva em setembro, outubro… fazer uma adubação, uma correção de solo para conseguir recuperar o capim. Vai ter que esperar até o começo da chuva, para aumentar muito a umidade da terra e recuperar”, prevê.
Capim deve voltar a crescer após chegada da chuva, dizem produtores
Reprodução/EPTV
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Fonte:

G1 > AGRO

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