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Geadas atingem cana, café e laranja, diz especialista em clima


Prejuízos dos produtores não podem ser contabilizados ainda. As temperaturas devem subir a partir de quarta-feira, à medida que uma frente fria se distancia. Morador registra geada em Clementina (SP)
Arquivo Pessoal
Geadas atingiram plantações de cana-de-açúcar, café e laranja na região centro-sul do Brasil nesta terça-feira, de acordo com um boletim da Rural Clima.
Marco Antonio dos Santos, que é sócio e diretor da consultoria de serviços meteorológicos, disse que recebeu vários vídeos mostrando geadas, mas pontuou que é muito cedo para determinar os danos causados às lavouras.
As temperaturas devem subir a partir de quarta-feira, à medida que uma frente fria se distancia, disse ele.
Corretores de café disseram que a geada foi mais forte do que a última, atingindo fazendas no estado de Minas Gerais, o maior produtor desta commodity.
Vaca com orelha congelada por conta de frio em propriedade rural em Patrocínio, Minas Gerais.
Clener Roberto Alves/ Arquivo Pessoal
As geadas foram documentadas até ao sul de Goiás, no coração da produção agrícola nacional, disse Santos, referindo-se à região centro-oeste, onde as temperaturas médias tendem a ser mais elevadas do que no sul do Brasil.
Goiás tem a menor temperatura dos últimos 33 anos
Santos também previu que geadas “tão fortes” quanto as de terça-feira podem voltar no final do mês na região centro-sul, onde alguns agricultores ainda não terminaram de colher sua segunda safra de milho.
A partir de sábado, uma nova frente fria atingirá o Rio Grande do Sul, segundo Santos.
A expectativa é que esse sistema se desloque para o norte e traga chuvas para importantes regiões agrícolas, chegando até o estado de São Paulo, afirmou. Com a persistência das chuvas na primeira quinzena de agosto, as safras de inverno como o trigo no sul do Brasil serão beneficiadas, comentou.
Alface ficou congelada em plantão no Distrito de Jundiapeba em Mogi das Cruzes, São Paulo.
Maria Fernanda Vieira Faria/Arquivo Pessoal
O Brasil, maior produtor mundial de soja, começará a plantar sua próxima safra da oleaginosa em setembro nos Estados do Centro-Oeste como Mato Grosso.
Até lá, o Brasil deverá ter retornado a um regime de chuvas “normal”, acrescentou Santos.
No primeiro semestre de 2021, os agricultores enfrentaram a pior seca em 91 anos, prejudicando parte de sua segunda safra de milho e reduzindo as perspectivas de exportação do Brasil.
Até o momento, os modelos indicam um padrão normal de chuvas para a segunda quinzena de setembro na região centro-oeste. Em outubro, no entanto, um curto período de seca deve ser causado por uma leve La Niña, observou Santos, referindo-se à mesma região.
VÍDEO: Geada muda paisagem de Rodovia dos Imigrantes, em São Bernardo do Campo
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Fonte:

G1 > AGRO

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