Flexibilização passa a valer neste fim de semana e inclui quem tomou as duas doses da CoronaVac, da AstraZeneca, da Pfizer ou a dose única da Janssen. País tenta retomar o turismo com a queda nos casos de coronavírus e avanço da vacinação. Pessoas assistem a homem que brinca com bolhas de sabão em Zurique, na Suíça, em 1 de junho de 2020
Arnd Wiegmann/Reuters
O Parlamento da Suíça aprovou nesta quarta-feira (23) a permissão de entrada no país de viajantes do Brasil que tenham completado a vacinação contra o coronavírus com todas as doses necessárias. Essas pessoas não precisarão passar por testes de Covid-19 nem cumprir quarentena no país europeu. A medida entra em vigor no sábado (26).
Em comunicado, o governo suíço reforça que a permissão vale apenas para quem se vacinou com imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso inclui todas as vacinas adotadas no Plano Nacional de Imunização: Pfizer/BioNTech, AstraZeneca, Sinovac e Janssen.
Não estão incluídas na lista as vacinas Sputnik V e Covaxin, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação provisoriamente de alguns lotes e que devem ser aplicados em quantidades reduzidas e restritas a alguns públicos.
O governo da Suíça também adverte que será permitida a entrada sem exigência de testes ou quarentena somente de quem tomou as duas doses das vacinas — a exceção é para quem se vacinou com o imunizante da Janssen, o único aprovado em dose única. Uma vez com a vacinação completada, o passageiro pode entrar em território suíço no mesmo dia, a partir de sábado.
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As autoridades suíças ainda avaliam um protocolo para validar os certificados de vacinação. Isso porque em alguns casos os nomes anotados nos cartões divergem da nomenclatura padrão adotada no país europeu — por exemplo, Oxford para falar da vacina AstraZeneca, ou CoronaVac no lugar de Sinovac. No entanto, informou uma porta-voz ao G1, não deve alterar os planos de abertura.
Outra flexibilização é a permissão de entrada de pessoas que tiveram Covid-19 e se recuperaram. Porém, elas terão de apresentar teste positivo para a doença datado de, no mínimo, 11 dias antes da chegada à Suíça. Esse teste terá de ser aprovado pela Anvisa e com validade de até seis meses.
Para as demais pessoas — que não contraíram coronavírus nem se vacinaram — ainda será preciso fazer quarentena de 10 dias ao chegar na Suíça e apresentar teste PCR negativo.
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Um avião sobrevoa um campo de futebol antes de pousar no aeroporto de Zurique, na cidade de Kloten, Suíça, em 2014
Arnd Wiegmann/Reuters
Essas medidas valem para viajantes do Brasil e de outros países com variantes de preocupação do SARS-CoV-2: Reino Unido, Índia, Canadá, África do Sul e Nepal. Para moradores do resto do mundo, só há necessidade de teste negativo para quem chegar ao país de avião e não tiver recebido a vacina.
O governo suíço detalha que tem flexibilizado as medidas com base na diminuição de casos de Covid-19 e no avanço da vacinação contra o país: a média móvel de novos casos está em cerca de 160 por dia. É uma enorme redução, se comparado ao pico da pandemia no país, em novembro, quando eram mais de 8 mil diagnósticos diariamente, em média.
A vacinação também está em ritmo mais rápido: mais de 30% da população recebeu todas as doses necessárias para a imunização completa. No Brasil, esse percentual ainda está em torno de 11%.
G1 > Turismo e Viagem
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