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Conab estima produção menor de arroz na safra atual e queda nos preços


Colheita de 10,9 milhões de toneladas estimada para a temporada 2020/2021 será suficiente para abastecer mercado interno. Estoques devem aumentar com redução do consumo e aumento das exportações. Arroz em casca antes de passar pelo beneficiamento, ou seja, ser descascado e limpo antes de ser embalado
Paulo Lanzetta/Embrapa
O Brasil deve produzir 10,935 milhões de toneladas de arroz na safra 2020/21, uma queda de 2,22% em relação à temporada passada, mas 0,28% maior do que a projeção realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em janeiro. A estatal é responsável por gerir políticas agrícolas e garantir o abastecimento de alimentos à população do Brasil.
Este volume deve ser suficiente para abastecer o consumo interno, estimado em 10,8 milhões de toneladas de arroz. A atualização das estimativas foi divulgada nesta quinta-feira (11) pela estatal, em seu 5º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21.
Apesar da diminuição da colheita do arroz, a expectativa é de queda de preços ao consumidor, após a forte disparada em 2020. Já os estoques do cereal devem crescer 8,46% e atingir 1,731 milhão de toneladas em dezembro de 2021, diante da queda das exportações e redução do consumo, segundo a Conab.
O relatório informou ainda que a produção total de todos os grãos e cereais do país deve atingir 268,3 milhões de toneladas, um volume recorde e 4,4% superior ao obtido em 2019/20.
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Preços do arroz
Em janeiro, o preço pago ao produtor do Rio Grande do Sul pela saca arroz recuou 6,58%, para R$ 89,46. O estado colhe a maior safra do país.
Segundo o superintendente de gestão da oferta da Conab, Allan Silveira dos Santos, esse processo de queda de preços já ocorre há três meses e pode chegar ao consumidor.
“Esse reflexo de preço tem a questão sazonal (…) a gente sabe que agora vai se intensificar a colheita de arroz. Então nesse período do ano, normalmente se tem um preço de arroz um pouco menos elevado”, comenta Allan .
Ele diz ainda que as fortes importações do cereal entre outubro e dezembro também colaboraram para o recuo dos preços, já que, com isso, as indústrias foram abastecidas.
“A variação de preços em janeiro é sazonal e sinaliza para o consumidor que essa diminuição de preço pago ao produtor pode se refletir em um menor preço no mercado”, diz Allan.
Estoques
Segundo a Conab, a expectativa de crescimento dos estoques de arroz para este ano deve ser impulsionada por uma diminuição do consumo interno e das exportações.
“Isto é resultado, principalmente, de uma projeção de retração do consumo em razão da perspectiva de recuperação econômica”, afirma a estatal em relatório.
Além disso, a projeção é de queda de 39,3% das exportações brasileiras de arroz nesta safra em relação à temporada passada, para 1,1 milhão de toneladas. “Isso já se apresenta em janeiro. Neste mês já nós já exportamos menos”, diz Allan.
Feijão
Já a expectativa para a produção de feijão na safra 2020/2021 avançou 3,32% em fevereiro em relação à janeiro, para 3,250 milhões de toneladas. Este volume também é 0,87% maior do que a colheita da temporada passada.
O consumo, por sua vez, deve recuar 3,17%, para 3,050 milhões de toneladas. Já os estoques podem avançar 57,8%, a 320 mil toneladas.
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Fonte:

G1 > AGRO

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