Maria Geralda de Souza Silva, é a primeira produtora de queijo do município a conseguir o ‘Selo Arte’, que autoriza o comércio em todos os estados brasileiros. Maria Geralda é a primeira produtora de queijo em Tapira a conseguir o selo para vendas em todo país
Emater/Divulgação
Maria Geralda de Souza Silva foi a primeira produtora de queijo artesanal de Tapira a conseguir o “Selo Arte” que permite a venda do queijo em todo país. A informação foi divulgada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), nesta terça-feira (9).
O processo para obtenção do selo durou quase quatro anos. Maria Geralda fabrica, em média, de oito a dez quilos de queijo diariamente. Segundo a produtora, a conquista do selo foi algo muito desejado.
“A técnica da Emater vinha todo dia e falava: ‘tenha paciência, você vai conseguir’. É assim mesmo. Então fomos pelejando. Finalmente chegou o Selo Arte. Graças a Deus! Já vendo queijo para Brasília, Uberlândia, São Paulo, Curitiba, Ribeirão Preto e agora vou poder vender para mais Estados e cidade. O país todo”, comemora.
De acordo com a Emater, atualmente, quatro produtores de Queijo Minas Artesanal de Tapira estão em processo de regularização dos estabelecimentos. Mas, por enquanto, só Maria Geralda concluiu o registro e conquistou o selo.
Produção
Os queijos são fabricados com leite produzido na própria fazenda onde funciona a queijaria. É um produto 100% artesanal, garantiu a produtora. Ainda, conforme Maria Geralda, as modificações implementadas em todo o processo de produção agregaram mais valor ao queijo.
“Tem queijeiros aqui que estão pagando R$ 15 o quilo. Eu vendo a R$ 40. Olha pra você ver a diferença! Mas o meu queijo tem qualidade. Só vendo queijo de primeira. Faço com amor esse queijo”, comentou.
O queijo produzido por Maria Geralda foi batizado de “Pingo da Serra”. Nome que, segundo ela, é em homenagem ao soro usado na fabricação do queijo que se chama “Pingo”.
Processo de registro
A Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), orientou e monitorou, por meio de seus técnicos, todo o processo de registro e a conclusão do requerimento do Selo Arte.
A técnica de Bem-estar Social da unidade regional da Emater-MG de Araxá, Gisele Maria Santos, explicou que a produtora tapirense atendeu todos os requisitos necessários para chegar ao Selo Arte.
“Ela teve capacitação em boas práticas agropecuárias; estruturou a queijaria de forma adequada. Também fez o exame do gado e os exames físico químicos e microbiológicos do queijo e da água. Todo o processo foi acompanhado pela Emater-MG, do começo ao fim”, afirma.
Sobre a duração do período de tramitação do processo no IMA para conseguir o Selo Arte, a técnica Gisele Santos esclareceu que tudo depende muito do produtor. “Cada produtor tem o seu tempo de construção, de adequação, de equipar a queijaria”, afirmou.
Tempo de regularização
O gerente de Inspeção de Produto de Origem Animal do IMA, André Duch, afirmou também que o tempo de regularização de uma queijaria no órgão depende de vários fatores e que pode estar relacionado ao histórico de pendências do produtor.
“Depende de qual estágio a pessoa está. Por exemplo, tem produtor que chega aqui pra gente registrar e não tem nada. Outro já tem uma queijaria muito bem encaminhada e só falta a documentação. Tem alguns que dependem de crédito ou financiamento”, disse.
O gerente do IMA esclarece que o Selo Arte não é automaticamente concedido no ato de registro da queijaria no órgão.
“Não é automático, porque o produtor tem de solicitar em requerimento. A gente tem de ter um documento demonstrando o interesse dele. Agora, se no momento de registrar, ele cumprir tudo e fizer a solicitação, a gente analisa e automaticamente ele vai sair com o Selo Arte. Se não pleitear, o produtor ou produtora vai ter o registro, sem o Selo Arte”, finalizou.
G1 > AGRO
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