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Índia reforça segurança em Forte Vermelho após protestos contra novas leis agrícolas


Manifestantes chegaram a invadir complexo histórico na terça (26) contra as novas leis agrícolas do país que, segundo eles, ameaçam seus meios de subsistência. Policiais colocaram barricadas com a ajuda de guindastes no local onde fazendeiros protestaram contra as leis agrícolas, na fronteira de Singhu, em Nova Delhi, Índia (27 de janeiro de 2021)
Anushree Fadnavis/Reuters
A segurança foi reforçada no Forte Vermelho nesta quarta-feira (27) e centenas de policiais estão protegendo o complexo histórico situado em Nova Délhi, Índia, após confrontos violentos entre agricultores e autoridades do país na terça (26). Na ocasião, uma pessoa morreu e ao menos 80 ficaram feridas.
Os manifestantes estão acampados nos arredores da cidade há dois meses. Eles protestam contra as novas leis agrícolas do país que, segundo eles, ameaçam seus meios de subsistência.
Durante a manifestação na terça, os agricultores chegaram a invadir o Forte Vermelho e entraram em confronto com as forças de segurança, que usaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. O protesto aconteceu no mesmo dia do feriado da República na Índia.
Agricultores protestam em Nova Délhi, Índia, contra novas leis impostas sobre o setor em foto de 26 de janeiro de 2021
Adnan Abidi/Reuters
Até a noite de terça-feira, a polícia havia retirado os manifestantes do Forte.
A agricultura é responsável por empregar quase a metade da população do país que tem mais de 1,3 bilhão de pessoas. Estima-se que 150 milhões de agricultores participam dos protestos.
Novas leis agrícolas
De acordo com a BBC, as novas leis do setor afrouxam as regras sobre a venda, preço e armazenamento de produtos agrícolas, que protegeram os agricultores indianos do mercado livre por décadas.
Os agricultores temem que as novas leis ameacem concessões de décadas, como preços garantidos, e enfraqueçam seu poder de barganha, deixando-os vulneráveis à exploração por empresas privadas.
Embora o primeiro-ministro do país Narendra Modi as tenha defendido, as leis foram comparadas a uma “sentença de morte” por grupos de agricultores.
A maioria dos economistas e especialistas concorda que a agricultura indiana precisa desesperadamente de reformas. Mas os críticos do governo dizem que ele falhou em consultar os agricultores antes de aprovar as leis.
Os especialistas também apontam que as reformas não levam em conta que a agricultura ainda continua sendo um esteio da economia indiana.
Negociações
O governo da Índia tenta novas negociações com os líderes dos protestos. O ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Produtores, Narendra Singh Tomar, disse que o governo deve negociar com os agricultores com uma mente aberta.
Até o momento, rodadas anteriores de conversas fracassaram em apaziguar os ânimos dos agricultores acampados.
Os protestos representam um dos maiores desafios para Modi desde que ele assumiu o poder em 2014, e as nove rodadas de negociações com sindicatos de agricultores não conseguiram terminar com um acordo.
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Fonte:

G1 > AGRO

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