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México vai eliminar uso do agrotóxico glifosato e milho transgênico até 2024


Decisão prevê que herbicida mais vendido no mundo não será usado em nenhum programa do governo mexicano. E suspende novas licenças de milho geneticamente modificado para consumo humano. O glifosato é um dos herbicidas mais usados no mundo
Benoit Tessier/File Photo/Reuters
O governo do México vai eliminar o uso do agrotóxico glifosato e do milho transgênico para consumo humano até 2024. A decisão consta em decreto publicado no Diário Oficial do país, em 31 de dezembro.
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O documento estabelece que o uso glifosato, herbicida mais vendido no mundo, será substituído por uma alternativa “sustentável e culturalmente apropriada”. E que, durante o período de transição, ele não será usado em nenhum programa do governo mexicano.
O documento exige ainda a revogação das licenças de cultivo de milho transgênico que já existem e também as futuras. Além de suspender todas as novas autorizações do produto para consumo humano.
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O que é o glifosato e para que serve?
Trata-se de um princípio ativo, isto é, uma molécula desenvolvida na fabricação de produtos químicos e que surgiu nos anos 1950. Porém, ele ficou conhecido somente nos anos 1970, quando a Monsanto desenvolveu um poderoso herbicida. Suas vendas estouraram quando a companhia lançou sua linha de sementes transgênicas Roundup, resistentes ao glifosato, nos anos 1990.
O herbicida à base de glifosato é aplicado nas folhas de plantas daninhas, aquelas que nascem espontaneamente no meio das lavouras e prejudicam a produção agrícola. Ele bloqueia a capacidade da planta de absorver alguns nutrientes. Ou seja, é um produto usado para matar planta.
O glifosato também pode ser usado como dessecante. Ou seja, se o produtor quiser colher a soja e por algum motivo ela ainda estiver verde, o herbicida uniformiza a lavoura e permite antecipar a colheita.
Faz mal para a saúde?
Há muitas controvérsias sobre isso. Em 2015, por exemplo, uma avaliação da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015, descreveu o produto como um “provável causador” de câncer, posição que mantém até hoje.
Já a agência reguladora europeia, EFSA, reavaliou o glifosato em 2016 e o considerou seguro para a saúde humana, desde que os resíduos nos alimentos sejam baixos. No mesmo ano, uma reunião de representantes da OMS e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) deu parecer positivo ao glifosato.
No Brasil, por sua vez, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez, em março de 2019, uma reavaliação sobre o glifosato, iniciada em 2008, e afirmou que ele “não apresenta características mutagênicas e carcinogênicas”.
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Fonte:

G1 > AGRO

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